MARADONA


Maradona (30/10/1960-) nasceu em Lanús, Argentina. Já aos 9 anos era a criança mais popular da favela onde morava, no subúrbio de Buenos Aires. Fazia misérias com a bola, um verdadeiro malabarista. Seu pai foi convencido a procurar o Argentinos Juniors, clube famoso pelo bom trabalho que fazia nas categorias de base. Assim começa a história de um dos maiores craques do futebol mundial de todos os tempos.Maradona, com 15 anos, leva multidões às preliminares. Já era a hora de estrear entre os adultos na Primeira Divisão. A partir daí, ele não sai mais do time, faz de tudo: lança, passa, dribla curto, curtíssimo, chuta de longe, de perto, bate faltas, escanteios... enfim, tudo. Sua canhota era mágica!Aos 17 anos, El Pibe de Oro é convocado por Cesar Menotti para a Seleção que se preparava para a Copa de 1978, mas acaba cortado da lista final de jogadores que acabaram vencendo a competição. Antes do título, Menotti teve de dar muita explicação: "Ele ainda é um garoto e precisa amadurecer. Mas sem dúvida ele pode mais que os outros e ainda vai brilhar muito no futebol. No ano seguinte, no primeiro Campeonato Mundial de Juniores, no Japão. Maradona é disparado o melhor jogador da competição e leva os argentinos ao título. Nesse ano, ainda foi o artilheiro do Campeonato Argentino e escolhido o melhor jogador sul-americano. Em 1980, repete a dose (artilheiro, melhor da América) e ainda leva seu Argentinos Juniors a um inédito vice-campeonato nacional. Dieguito joga no Boca Juniors e dali parte para o Barcelona. Lá mostra seu talento, mas começam a aparecer os problemas de relacionamento e a dificuldade em manter a forma física. Depois de se recuperar de uma fratura na perna, é vendido para o Napoli, onde viveu seus melhores momentos. Na Itália, é amado, venerado e retribui com todo o esplendor de seu futebol. Essa veneração acaba virando contra os próprios italianos. Eles foram incapazes de torcer contra seu ídolo no jogo pelas semifinais da Copa de 1990, disputado justamente no estádio onde ele costumava dar seus shows. Os donos da casa acabam eliminados, mas o argentino não consegue o título daquele ano. Maradona disputou quatro Copas. Na primeira, em 1982, a Argentina passa com dificuldades pela primeira fase e é eliminada na seguinte. O craque faz apenas um gol e ainda é expulso ao tirar o brasileiro Batista do Mundial com uma solada. A segunda Copa foi gloriosa. O título vem com gol de mão, gol de placa (ambos contra os ingleses). Maradona foi o vice-artilheiro da competição. Na terceira Copa, com um time limitado, os argentinos perdem o título. A quarta Copa é a pior. Maradona já saíra do Napoli depois de uma suspensão por consumo de cocaína, brigava com a balança e parecia que ia abandonar a carreira antes do Mundial, quando conhece um fisiculturista de Buenos Aires que promete deixá-lo em forma. A promessa é cumprida e Maradona surpreende o mundo nos Estados Unidos magro, musculoso, jogando o velho e maravilhoso futebol. E o melhor: ao contrário das outras três Copas, quando a Seleção não passava de um Maradona Futebol Clube, agora os argentinos têm um time com Redondo, Batistuta e Caniggia. Sorteado para o exame antidoping após o jogo contra a Grécia, descobre-se o nome do milagre: efedrina, uma droga usada para emagrecer. Ele é expulso da Copa, suspenso do futebol e não se encontrou mais. É preso na Argentina, novamente por consumo de cocaína. Briga com a imprensa, com os amigos e, após um exame positivo para cocaína no Campeonato Argentino, briga também com o futebol. Um melancólico fim de carreira.



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publicado por LUCIANO às 17:51