mais sobre mim

subscrever feeds

tags

todas as tags

Sexta-feira, 29 DE Fevereiro DE 2008

CATARINA II, A GRANDE


Imperatriz da Rússia (2/5/1729-17/11/1796). Ao lado de Frederico II, da Prússia, e de Maria Teresa e José II, da Áustria, compõe o grupo dos déspotas esclarecidos, monarcas que governam de acordo com os princípios do iluminismo, mas mantêm o poder absoluto. Nasce em Stettin, na Alemanha, filha do duque de Anhalt-Zerbst. Aos 14 anos, é destinada para o casamento com o grão-duque Pedro, herdeiro do trono russo. Chega à Rússia em 1744 e se casa no ano seguinte. Na época, quem reinava era a imperatriz Elisabeth. Quando ela morre, em 1762, o marido de Catarina assume o trono como Pedro III. Violento e alcoólatra, é odiado pelos súditos, ao passo que Catarina tem o apoio da corte e do povo. Poucos meses depois da posse, um golpe de estado obriga Pedro III a abdicar e, oito dias depois, ele é assassinado. Embora suspeita de tramar a morte do marido, Catarina é coroada imperatriz. Durante seu reinado, de 34 anos, a Rússia conquista parte da Polônia em 1764, ganha territórios da Turquia em 1774 e anexa o oeste da Ucrânia em 1792. A imperatriz funda escolas, desenvolve as comunicações e desapropria as terras do clero, que na época possuía um terço do total de propriedades e servos da Rússia. Corresponde-se com filósofos, principalmente com os enciclopedistas franceses Diderot e Voltaire, e procura governar segundo os ideais deles. Funda a Universidade de Moscou, tolera todas as seitas religiosas e inibe a tortura e a pena de morte. Morre em São Petersburg.



publicado por LUCIANO às 20:38
Sexta-feira, 29 DE Fevereiro DE 2008

CAZUZA


Cantor e compositor fluminense. Um dos principais ídolos da geração do rock dos anos 80, considerado um poeta da canção. Agenor de Miranda Araújo Neto (4/4/1958 - 7/7/1990) nasce no Rio de Janeiro e é criado em Ipanema. Ganha o apelido de Cazuza, que significa moleque no Nordeste, ainda antes de nascer. O pai, João Araújo, é de origem pernambucana e usa o nome como brincadeira ao comentar a gravidez. Cazuza estuda no Colégio Santo Inácio, de padres jesuítas – de onde é expulso em 1972 –, e no Anglo-Americano. Atua como cantor pela primeira vez na peça Pára-Quedas do Coração, montagem de conclusão do curso de teatro que apresenta com Perfeito Fortuna, do grupo Asdrúbal Trouxe o Trombone. Torna-se vocalista da banda Barão Vermelho no ano seguinte e chega ao sucesso em 1983, com a música Bete Balanço, da trilha do filme homônimo dirigido por Lael Rodrigues e estrelado por Débora Bloch. Suas composições começam a chamar a atenção pela qualidade das letras, que mesclam poesia e crítica social e refletem os conflitos e valores de uma geração pós-Guerra Fria. Em 1984 lança seu último sucesso com o Barão Vermelho, Maior Abandonado, e começa a carreira-solo no ano seguinte. Em 1985, apesar de ter tido resultado negativo no exame de HIV, apresenta a primeira infecção oportunista em decorrência da Aids. Em 1987 confirma ser soropositivo e passa dois meses hospitalizado em Boston, nos Estados Unidos, submetendo-se a tratamento com AZT. Em 1988 grava Ideologia e recebe o Prêmio Sharp de Música. Em 1989 admite publicamente a doença e lança seu último trabalho, o álbum duplo Burguesia. Morre aos 32 anos, no Rio de Janeiro.



tags:
publicado por LUCIANO às 20:35
Sexta-feira, 29 DE Fevereiro DE 2008

CECÍLIA MEIRELES


Escritora fluminense. É uma das maiores poetisas da língua portuguesa. Cecília Meireles (7/11/1901 - 9/11/1964) nasce na cidade do Rio de Janeiro. Fica órfã ainda criança e é educada pela avó materna. Forma-se professora primária em 1917 e dedica-se ao magistério. Em 1919 publica seu primeiro livro de poesias, Espectros, de tendência parnasiana. Já em Nunca Mais e Poema dos Poemas (1923) e Baladas para El-Rei (1925) manifesta elementos do simbolismo. A partir de 1922 aproxima-se da corrente espiritualista, a ala católica do modernismo. Leciona na Universidade do Distrito Federal (1936-1938) e na Universidade do Texas (1940). Viaja por Europa, Estados Unidos e Oriente. Em 1953 lança Romanceiro da Inconfidência, um dos marcos da literatura social brasileira, no qual recria poeticamente a saga de Tiradentes e dos demais inconfidentes nas Minas Gerais do século XVIII. Lírica, intimista e mística, aborda os temas da precariedade da vida, do amor, da morte e da fugacidade do tempo. Seu estilo é extremamente pessoal e não permite classificar sua obra em uma escola literária específica. Traduz autores importantes, como García Lorca e Virginia Woolf. Morre no Rio de Janeiro.



publicado por LUCIANO às 20:33
Sexta-feira, 29 DE Fevereiro DE 2008

CELSO FURTADO

Economista paraibano. Criador da Sudene, membro da Academia Brasileira de Letras, é um dos mais influentes pensadores brasileiros. Celso Monteiro Furtado (26/7/1920-) nasce em Pombal e forma-se em direito no Rio de Janeiro em 1944. Durante a II Guerra Mundial integra a Força Expedicionária Brasileira (FEB) e luta na Itália. Forma-se em economia e doutora-se na França (1948). Em 1949, passa a integrar a Comissão Econômica para a América Latina (Cepal, órgão da ONU) e preside o Grupo Misto de Estudos BNDE-Cepal (1953-1957), cujo trabalho embasou o Plano de Metas de Juscelino Kubitschek. Em 1958, integra a diretoria do Banco Nacional para o Desenvolvimento Econômico, propõe a criação da Superintendência para o Desenvolvimento do Nordeste (Sudene) e torna-se seu primeiro superintendente. Ministro extraordinário do Planejamento no governo João Goulart, elabora o Plano Trienal, que propõe as reformas de base. Após o golpe de 1964, tem os direitos políticos cassados e exila-se. É professor nas universidades de Cambridge (Inglaterra), Sorbonne (França) e Washington (EUA). Volta ao Brasil em 1974 e é nomeado ministro da Cultura do governo José Sarney. Sua obra inclui cerca de 20 livros de análise de questões e problemas do desenvolvimento econômico no Brasil. Defende a industrialização do país, a diversificação de sua estrutura produtiva, medidas que melhorem a distribuição de renda, reforma agrária, reorganização administrativa e fiscal. É autor do livro Formação Econômica do Brasil (1959, considerado um clássico), O Brasil Pós-Milagre (1981), A Fantasia Desfeita (memórias, 1989), entre outros. Em 1997, é eleito membro da Academia Brasileira de Letras. No mesmo ano é organizado em Paris, pela Maison des Sciences de l'Homme e pela UNESCO, o congresso internacional "A contribuição de Celso Furtado para os estudos do desenvolvimento", reunindo especialistas do Brasil, dos Estados Unidos, da França, da Itália, do México, da Polônia e da Suíça. No mesmo ano é criado pela Academia de Ciências do Terceiro Mundo, com sede em Trieste, na Itália, o Prêmio Internacional Celso Furtado, conferido a cada dois anos ao melhor trabalho de um cientista do Terceiro Mundo no campo da economia política. É doutor honoris causa pelas universidades Técnica de Lisboa, Estadual de Campinas (Unicamp), Federal de Brasília, Federal do Rio Grande do Sul, Federal da Paraíba e pela Université Pierre Mendès-France, de Grenoble, França. Em 2000 a Galeria Manuel Bandeira, no Rio de Janeiro, é sede da exposição Celso Furtado: Vocação Brasil, que apresenta uma síntese de sua produção intelectual em 32 livros, com 53 traduções, um painel fotográfico, diários e documentos. Em 2002 lança Em Busca de Novo Modelo - Reflexões sobre a Crise Contemporânea. Furtado sofre de artrose e vive com a mulher, a jornalista Rosa Freire d’Aguiar, em Copacabana, Rio de Janeiro.



publicado por LUCIANO às 20:31
Sexta-feira, 29 DE Fevereiro DE 2008

CÉSAR GUERRA-PEIXE

Compositor, arranjador, violinista e regente fluminense. Um dos mais representativos músicos da corrente nacionalista, alia o dodecafonismo a temas folclóricos. César Guerra-Peixe (18/3/1914 - 26/11/1993) nasce em Petrópolis e começa a estudar teoria musical aos 9 anos. Aos 13 compõe sua primeira música, o tango Otília. Aos 30 escreve sua primeira obra dodecafônica. Em 1947 recusa convite para estudar na Suíça. Prefere trabalhar em uma rádio de Pernambuco, o que lhe dá oportunidade para coletar material folclórico da região, como maracatus e catimbós. Autor de duas sinfonias, uma das quais dodecafônica, duas suítes sinfônicas e várias peças para orquestra de câmara, faz também diversos arranjos de música popular. Presença importante do cinema no Brasil, participa de 28 filmes, dos clássicos do diretor Alberto Cavalcanti às chanchadas da Atlântida, cuidando da direção musical ou escrevendo a trilha sonora. Professor de composição, escreve alguns trabalhos sobre música, como Maracatus do Recife (1956). A partir dos anos 70 se apresenta em concertos em inúmeras cidades do Brasil. Morre em novembro de 1993, no Rio de Janeiro.



publicado por LUCIANO às 20:28
Sexta-feira, 29 DE Fevereiro DE 2008

CÉSAR LATTES


Físico paranaense. Descobridor do méson pesado, a quinta partícula elementar de matéria, que mantém unidos os prótons e nêutrons do núcleo do átomo e explica sua estabilidade. Cesare Mansueto Giulio Lattes (11/7/1924-) nasce em Curitiba, onde passa a maior parte da infância. Em 1943, forma-se pela Faculdade de Filosofia Ciências e Letras de São Paulo. No ano seguinte viaja para a Inglaterra acompanhado de seu professor, o físico italiano Giuseppe Occhialini. Em 1947, vai para os Andes bolivianos, onde realiza experiências em que expõe chapas fotográficas à ação dos raios cósmicos. Ao examinar o material juntamente com Occhialini e o físico inglês Cecil Power, consegue comprovar a existência do méson pesado, também chamado méson pi. No ano seguinte, na Universidade de Berkeley (EUA), obtém a produção artificial da partícula. As descobertas provocam grande repercussão nos meios científicos, e Lattes é convidado pelo secretário da Academia Sueca a se candidatar ao Prêmio Nobel de Física. Concorre em 1951 e perde por apenas dois votos. Em 1969, dirigindo uma equipe de físicos brasileiros e japoneses, determina a massa das chamadas bolas de fogo, fenômeno decorrente do choque de partículas subatômicas com energia muito alta. As bolas de fogo são consideradas a sexta partícula da matéria. Recebe, em 1978, da Organização dos Estados Americanos (OEA), o Prêmio Bernardo Houssay pela sua contribuição ao progresso da física na América Latina. Com os 30 mil dólares recebidos, financia duas bolsas de estudo, uma em engenharia de alimentos, outra em engenharia agrícola. Leciona na Universidade de São Paulo (USP) e na Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Em janeiro de 1994, aposenta-se da Universidade de Campinas (Unicamp), onde ministrava um curso sobre a estrutura da matéria e das radiações. Ícone para a Física brasileira, suas experiências ainda exercem forte influência na física contemporânea.




publicado por LUCIANO às 19:25
Sexta-feira, 29 DE Fevereiro DE 2008

CHACRINHA


Comunicador de rádio e televisão pernambucano. Apresentador de programas de auditório, sucesso na TV dos anos 50 aos 80. José Abelardo Barbosa de Medeiros (20/1/1916-30/7/1988) nasce na cidade de Surubim e, aos 10 anos, muda-se com a família para Campina Grande, na Paraíba. Aos 17 anos vai estudar no Recife. Começa a cursar faculdade de medicina em 1936 e, no 3º ano, tem seu primeiro contato com o rádio ao dar uma palestra sobre alcoolismo. Interrompe os estudos e vai para o Rio de Janeiro, onde se torna locutor na Rádio Tupi. Em 1943 lança na Rádio Fluminense um programa de músicas de Carnaval chamado Rei Momo na Chacrinha, que faz muito sucesso. Passa então a ser conhecido como Abelardo Chacrinha Barbosa. Em 1956 estréia na televisão com o programa Rancho Alegre, na TV Tupi, na qual começa a fazer também a Discoteca do Chacrinha. Em seguida vai para a TV Rio e, em 1970, é contratado pela Rede Globo. Dois anos depois volta para a Tupi. Em 1978 transfere-se para a TV Bandeirantes e, em 1982, retorna à Globo. Alcança grande popularidade com seus programas de calouro, nos quais apresenta-se com roupas engraçadas e espalhafatosas, aciona uma buzina de mão para desclassificar os calouros e emprega um humor debochado, utilizando bordões e expressões que se tornariam populares, como "Terezinha!", "Vocês querem bacalhau?" e "Quem não se comunica, se trumbica!". Anualmente, lança em seu programa uma marchinha para o Carnaval. Conhecido como Velho Guerreiro, em 1987 é homenageado pela escola de samba carioca Império Serrano. Morre de infarto aos 72 anos, no Rio de Janeiro.



tags:
publicado por LUCIANO às 19:22
Sexta-feira, 29 DE Fevereiro DE 2008

CHAMPOLLION


Historiador e orientalista francês (23/12/1790-4/3/1832). Criador da egiptologia, decifra a escrita hieroglífica do Egito antigo. Nasce na cidade francesa de Figeac e cedo mostra aptidão para o estudo de escritas antigas. Aos 16 anos, domina vários idiomas, entre eles latim, grego e árabe. Com 19, continua os estudos em Paris e torna-se professor de história no Liceu de Grenoble. Buscando decifrar os hieroglifos egípcios, durante anos analisa a Pedra da Rosetta, bloco de basalto encontrado na cidade egípcia de mesmo nome em 1799. Verifica que o achado contém um texto em grego e símbolos hieroglíficos. Em 1821 e em 1822 publica ensaios sobre os elementos descobertos na peça estudada. É o primeiro pesquisador a reconhecer que alguns sinais da escrita egípcia são alfabéticos; outros, silábicos; e os demais, determinativos (um único símbolo representa o objeto que se quer expressar). Em 1831 assume a cadeira de egiptologia no Collège de France, criada especialmente para ele. De sua obra se destacam a Gramática Egípcia e o Dicionário de Egípcio, publicados postumamente. Morre em Paris.



publicado por LUCIANO às 19:20
Sexta-feira, 29 DE Fevereiro DE 2008

CHARLES A. LINDBERGH


Aviador norte-americano (4/2/1902-26/8/1974). O primeiro a atravessar o Atlântico sem escala. Nasce em Detroit, Michigan. Em 1920 começa o curso de engenharia na Universidade de Wincosin, em Madison, mas pouco depois se transfere para a escola de aviação de Lincoln, Nebraska. Em 1924 torna-se cadete da reserva. Trabalha como piloto do correio aéreo do grupo financeiro St. Louis, que o financia para a compra do avião monomotor Spirit of St. Louis. Com ele, voa de Nova York a Paris, em 33,5 horas, em 20 e 21 de maio de 1927, o que o torna herói do dia para a noite e lhe vale um prêmio de 25 mil dólares. Casa-se com Anne Morrow em 1929, co-piloto e navegadora do marido em muitos vôos. Em 1932, o filho de 2 anos, Charles Augustus Jr., é seqüestrado e morto. Desgostoso, o piloto muda-se para a Europa. Volta para os Estados Unidos (EUA) em 1939 e defende a neutralidade do país na II Guerra Mundial. Com a entrada dos EUA no conflito, realiza vôos de combate no Pacífico. Terminada a guerra, participa de uma comissão norte-americana que vai à Europa estudar os progressos da aviação alemã. É nomeado general-de-brigada da reserva em 1954. Publica cinco livros, entre eles The Spirit of St. Louis, de 1954, que descreve o vôo a Paris, pelo qual recebe o prêmio literário Pulitzer. É consultor da Pan-American Airways e do departamento de defesa norte-americano para assuntos de aeronáutica. Morre em Maui, no Havaí.



publicado por LUCIANO às 19:18
Sexta-feira, 29 DE Fevereiro DE 2008

CHARLES BABBAGE


Matemático britânico (26/12/1791-18/10/1871). Inventor de uma máquina de calcular considerada precursora do computador. Nasce em Teignmouth, no condado de Devon, e estuda em Cambridge, onde, depois de formado, leciona matemática e realiza pesquisas. Em 1811 decide desenvolver um aparelho de calcular capaz de eliminar os freqüentes erros produzidos pelo método manual, usado nas tabelas astronômicas e de navegação feitas com a supervisão de matemáticos. Pronto em 1822, o equipamento protótipo de Babbage trabalha com oito posições decimais e calcula diferenças finitas. Em 1833 cria o projeto da máquina analítica, capaz de somar, subtrair, dividir e multiplicar, efetuar operações em seqüência e armazenar os resultados intermediários de até mil números de 50 dígitos, antecipando o futuro computador. Depois de executar o processamento dos dados, a máquina reproduz os resultados em cartões perfurados ou em relatório impresso. O governo inglês considera a invenção – muito avançada para a época – de utilidade duvidosa, e o projeto não sai do papel. Morre em Londres.


publicado por LUCIANO às 19:16
Sexta-feira, 29 DE Fevereiro DE 2008

CHARLES BAUDELAIRE


Poeta e crítico francês (9/4/1821-31/8/1867). A obra do parisiense Charles Pierre Baudelaire, pertencente ao simbolismo, questiona o excesso de moral e sentimentalismo e se opõe à vida burguesa e às convenções da época. De família rica, consome parte de sua fortuna com bebidas e mulheres. Para impedir que termine sem dinheiro, a família nomeia um tutor para supervisionar seus gastos. Em 1857 publica As Flores do Mal, obra que incorpora o grotesco à linguagem do romantismo e que o imortaliza. Condenado por ultraje à moral e aos bons costumes, é obrigado a retirar seis poemas do original. Apenas em 1911 o livro é publicado sem cortes. Como crítico de arte, reinterpreta a poesia de Victor Hugo, traz ao conhecimento do público artistas como Wagner, Goya e Manet e escreve para revistas e jornais. Suas críticas foram reunidas nos livros A Arte Romântica e Curiosidades Estéticas, ambos de 1868. Escreve Os Paraísos Artificiais, Ópio e Haxixe (1860), sobre suas experiências com drogas. Portador de sífilis, morre em Paris, em decorrência de paralisia geral.



publicado por LUCIANO às 19:13
Sexta-feira, 29 DE Fevereiro DE 2008

CHARLES CHAPLIN


Cineasta e ator inglês, um dos maiores comediantes do cinema. Charles Spencer Chaplin (6/4/1889-25/12/1977) nasce em Londres. Filho de atores, fica órfão de pai cedo e passa a infância em orfanatos. Em 1908 emprega-se em teatros de variedades e faz sucesso como mímico. Vai para os Estados Unidos (EUA) em 1913 e, um ano depois, começa a trabalhar em Hollywood. Em 1915 cria na comédia O Vagabundo seu mais famoso personagem: o vagabundo Carlitos, de bengala, chapéu-de-coco e calças largas. Tem uma vida sentimental intensa – casa-se quatro vezes, as três primeiras com estrelas do cinema. Com 54 anos, conhece a filha do teatrólogo irlandês Eugene O''Neill, Oona, de 18 anos, que se torna sua quarta mulher e com quem vive até o fim da vida, tendo seis filhos. Perseguido pelo macarthismo, muda-se em 1952 para Corsier-sur-Vevey, na Suíça. Durante a carreira, envolve-se em mais de 60 filmes, como diretor e ator. A obra que marca seu apogeu é Em Busca do Ouro (1925), em que aparece a conhecida dança dos pães. Alguns de seus filmes são considerados obras-primas da cinematografia mundial, como O Garoto (1921), ainda no tempo do cinema mudo. Depois do advento do cinema sonoro, realiza obras-primas como Luzes da Cidade (1931), em que Carlitos se apaixona por uma florista cega; Tempos Modernos (1936), que satiriza a mecanização da modernidade; e O Grande Ditador (1940), em que toma partido contra Hitler e contra as perseguições raciais na Europa.



publicado por LUCIANO às 19:11
Sexta-feira, 29 DE Fevereiro DE 2008

CHARLES DARWIN


Naturalista inglês (12/2/1809-19/4/1882). Nasce em Shrewsbury, no condado de Shrospshire, região oeste da Inglaterra. Aos 16 anos, começa a faculdade de medicina, onde se interessa pelo estudo da história natural. Interrompe o curso para estudar teologia em Cambridge, a pedido do pai. Mas não desiste da ciência. Graças à amizade com cientistas conceituados, participa como naturalista, em 1831, de uma expedição de volta ao mundo no navio Beagle. A viagem, promovida pela Marinha inglesa para completar dados cartográficos de seu interesse, dura cerca de cinco anos. No decorrer da viagem, obtém informações fundamentais para formular a Teoria da Evolução das Espécies. Publicada em 1859 no livro A Origem das Espécies, ela defende a tese de que o meio ambiente seleciona os seres mais aptos e elimina os menos dotados. Seguindo a própria teoria, provoca polêmica com a Igreja ao lançar a obra A Descendência do Homem, em que expõe a idéia de que o ser humano descende do macaco. Os conservadores são os que mais protestam contra ela, por não admitirem que os ancestrais da espécie humana sejam animais. Morre em Down e, por solicitação do Parlamento britânico, é enterrado na Abadia de Westminste.



publicado por LUCIANO às 19:09
Sexta-feira, 29 DE Fevereiro DE 2008

CHARLES DE GAULLE


Militar e político francês (22/11/1890-9/11/1970). Nascido em Lille, forma-se em 1912 na Escola Militar de Saint-Cyr e liga-se ao regimento da infantaria francesa. Na I Guerra Mundial, é feito prisioneiro pelos alemães. Em 1924 trabalha como assistente do Conselho Superior de Guerra. Na época, De Gaulle escreve vários livros recomendando o reforço militar da França. Em 1940 torna-se Secretário de Estado para a Defesa. No mesmo ano, quando as tropas alemãs entram na França, De Gaulle foge para a Inglaterra. De lá, conclama os franceses a resistir aos nazistas e articula a Resistência Francesa. Julgado à revelia, é condenado à morte. Em 1944, quando a França é libertada, transforma-se no chefe do governo provisório. Introduz importantes reformas, como leis sociais e direito de voto para mulheres. É eleito presidente em 1945. Hostil ao novo projeto de Constituição, que subordina os poderes do Executivo ao Legislativo, deixa a Presidência em 1946. Afasta-se da política em 1953, mas volta em 1958, durante a Guerra da Argélia. Elege-se presidente e reconhece a independência argelina em 1962. Reelege-se três anos depois. Em maio de 1968, em protesto contra o governo, estudantes e operários organizam a maior greve da história da França. Para acalmar os ânimos, De Gaulle faz concessões econômicas aos operários e liberaliza o sistema de educação superior. Em 1969 renuncia à Presidência. Morre no ano seguinte, em Colombey-les-Deux-Église.



publicado por LUCIANO às 19:07
Sexta-feira, 29 DE Fevereiro DE 2008

CHARLES DICKENS


Escritor inglês (7/2/1812-9/6/1870). Influenciado pelo romance gótico, produz obras que descrevem os horrores de asilos, orfanatos, escolas e prisões, porém com toques de humor. Charles John Huffam Dickens nasce em Portsmouth. Seu pai é preso por dívidas e, aos 12 anos, ele começa a trabalhar para ajudar a família. Retoma os estudos quando o pai salda as dívidas com uma herança. Aos 20 anos é estenógrafo do jornal True Sun e passa a escrever em 1833, lançando crônicas humorísticas em jornais com o pseudônimo de Boz. De 1836 a 1837 compõe, por encomenda, o romance de folhetim As Aventuras do sr.Pickwick. Publica Oliver Twist (1837), Nicholas Nickleby (1839), Loja de Antiguidades (1840) e Barnaby Rudge (1841), todos de cunho sentimental, exigência da publicação seriada. Viaja para diversos países, entre eles os Estados Unidos, a Itália e a França. No retorno a Londres, redige, em 1849, o autobiográfico David Copperfield. Na década seguinte, rico e admirado, publica vários livros de sucesso. Grandes Esperanças, de 1861, é considerado seu romance mais equilibrado e menos sentimental. Morre em Gad''s Hill, deixando inacabado o policial O Mistério de Erwin Drood.



publicado por LUCIANO às 19:05
Sexta-feira, 29 DE Fevereiro DE 2008

CHARLES FOURIER


Filósofo e economista francês (7/4/1772-10/10/1837). Um dos teóricos do socialismo utópico do século XIX. Nasce em Besançon, filho de um rico comerciante de tecidos. Trabalha no comércio, mas acaba falindo em 1793 e decide então alistar-se no Exército. Vive algum tempo na instituição até ser obrigado a afastar-se por problemas de saúde. Volta a trabalhar no comércio e começa a escrever sobre as questões econômicas e sociais dos franceses. Para tanto, lança o jornal O Falanstério, em 1822, depois denominado A Falange, por meio do qual passa a defender a proposta de reconstrução social baseada no idealismo de Jean-Jacques Rousseau. Sugere a criação de falanstérios para organizar a vida em comunidade. Os falanstérios, espécie de comunas de produção e moradia, deveriam abrigar cerca de 1,6 mil pessoas e não só dedicar-se à produção agrícola e industrial local, mas também dar conta das atividades lúdicas e de aprendizado intelectual. Seu projeto pregava o fim da separação entre trabalho e lazer e a adaptação da educação às inclinações e habilidades de cada criança. Também preconizava que os bens fossem distribuídos de acordo com a necessidade de cada morador e que o sexo fosse liberado de restrições morais.



publicado por LUCIANO às 19:03
Sexta-feira, 29 DE Fevereiro DE 2008

CHARLES GARNIER


Arquiteto francês responsável pelo projeto da Ópera de Paris, e de outras obras de estilo neobarroco, influencia o desenho arquitetônico de sua época. Jean-Louis Charles Garnier (6/11/1825-3/8/1898) nasce na capital francesa e ingressa na Escola de Belas-Artes em 1842. Seis anos depois ganha o Grande Prêmio de Roma e vai estudar na Itália. Vence o concurso para construir o novo teatro da Ópera de Paris em 1861. O teatro torna-se o prédio mais famoso do século XIX, na França, e seu estilo, o neobarroco, uma característica da arquitetura francesa da época a partir de então. Outro projeto do arquiteto é o Cassino de Monte Carlo (1878), também referência para os profissionais daquele tempo. Garnier projeta, ainda, um observatório em Nice e o L’Hôtel du Cercle de la Librairie, em Paris. Em 1889 apresenta a Exposição das Habitações Humanas, em Paris, na qual se baseia para escrever o livro L''Habitation Humaine, de 1892. De 1876 a 1881, publica Le Nouvel Opéra de Paris, obra que descreve seu trabalho. Morre na capital francesa.



publicado por LUCIANO às 19:00
Sexta-feira, 29 DE Fevereiro DE 2008

CHARLES MILLER

Jogador de futebol paulista. Tem papel fundamental na introdução do esporte no Brasil. Charles William Miller (24/11/1874-30/6/1953) nasce em São Paulo, filho de um escocês, ferroviário da São Paulo Railway, e de uma brasileira, dona de casa. Aos 10 anos é enviado à Inglaterra, para estudar no Banister Court School, em Southampton. Lá, começa a jogar football, e em que se destaca como centroavante. Volta ao Brasil em 1894 e traz consigo duas bolas e um uniforme completo. Trabalha na seção de almoxarifado da São Paulo Railway e nas folgas ensina futebol aos funcionários da ferrovia e de outras empresas. Em 18/11/1894 realiza a primeira partida registrada no país: um jogo entre ingleses e brasileiros da Companhia de Gás, do London Bank e da São Paulo Railway, no bairro paulistano Várzea do Carmo. Como sócio do clube dos ingleses, o São Paulo Athletic Club (Spac), consegue criar o primeiro time de clube do país. Estimula a criação de outras agremiações até que em 1902 é acontece o primeiro campeonato paulista de futebol, o mais antigo do país. O Spac é campeão e Miller, o artilheiro do torneio, com dez gols. Conquista mais dois títulos locais pelo São Paulo Athletic (1903 e 1904) e outra artilharia (1904), com nove gols. Encerra a carreira em 1910, aos 36 anos, e torna-se árbitro. Em 1927, com Victor Goddard, funda uma agência de viagens. Em 1935, com mais dez pessoas, constrói as primeiras casas no Jardim Europa, em São Paulo. Em 1944 passa a presidir o conselho deliberativo do São Paulo Athletic. Morre aos 79 anos, em São Paulo, após um infarto, sem ter realizado o sonho de ver o Brasil campeão mundial.



publicado por LUCIANO às 18:58
Sexta-feira, 29 DE Fevereiro DE 2008

CHARLES SCHULZ


Cartunista norte-americano, criador do personagem de história em quadrinhos Charlie Brown. Charles Monroe Schulz (26/11/1922-12/2/2000) nasce em Minneapolis, filho de um barbeiro, e estuda desenho por correspondência. É fã das aventuras do personagem Popeye, do desenhista E.C. Segar. As primeiras tentativas de vender a história em quadrinhos Li Folks (de little folks, gente miúda) fracassam, mas quando altera o nome para Peanuts (Minduim, no Brasil) consegue distribuí-las para o país todo por meio do United Features Syndicate. Baseada em crianças e animais que desempenham papéis de adultos, a tira aborda todos os tipos de emoção e fraquezas humanas, e a solidão é um dos temas recorrentes. O inseguro e fracassado Charlie Brown, personagem principal, e sua turma passam a aparecer em centenas de jornais e revistas do mundo inteiro. Em 1955, Schulz recebe o Prêmio Reuben Award por seus desenhos. Dois anos depois, os personagens são publicados em livros. Em 1964 ganha novamente a premiação Reuben Award. Seus desenhos viram série de TV (1965), longa-metragem e musical da Broadway (1967) e entram para a história dos quadrinhos como uma das tiras de humor mais bem-sucedidas de todos os tempos. Atualmente, são produzidos no estúdio de Schulz em Santa Rosa, Califórnia.



publicado por LUCIANO às 18:56
Sexta-feira, 29 DE Fevereiro DE 2008

CHARLIE PARKER


Saxofonista norte-americano (29/8/1920-12/3/1955). Um dos maiores improvisadores da história do jazz. Filho único de Charles e Addie Parker, nasce em Kansas City. É batizado como Charles Christopher Parker Jr. e conhecido pelos apelidos Bird ou Yardbird. Aos 13 anos, já toca o sax alto em grupos amadores. Muda-se de Kansas para Nova York em 1939. Em dezembro de 1942, entra para a big band de Earl Hines, onde conhece o trompetista Dizzy Gillespie. Lidera seu próprio grupo pela primeira vez em 1945. Em dezembro, ele e Gillespie levam seu estilo, o bebop, para Hollywood. Sobre harmonias de peças conhecidas, cria melodias totalmente novas. Um exemplo é Ornithology, baseada em How High the Moon; I''ve Got Rhythm, de George Gershwin, inspira Anthropology e Scrapple from the Apple. Alcoólatra e dependente de heroína, interna-se em um hospital de Los Angeles em 29 de junho de 1946. Volta a Nova York em abril de 1947. Começa a fase mais fértil da carreira, que vai até 1951. Tenta o suícidio por duas vezes em 1954. Apresenta-se no Birdland, uma casa nova-iorquina batizada em sua homenagem, no dia 5 de março de 1955, uma semana antes de morrer, em Nova York.



publicado por LUCIANO às 18:54
Sexta-feira, 29 DE Fevereiro DE 2008

CHIANG CHING

Líder revolucionária chinesa (1914-14/5/1991). Terceira mulher do comunista Mao Tsé-tung, uma das principais dirigentes da Revolução Cultural chinesa e organizadora da Guarda Vermelha, grupo paramilitar da juventude maoísta. Antiga atriz, trabalha como instrutora de teatro na Academia de Arte Lu Hsün, quando encontra Mao pela primeira vez. A união do casal é criticada por membros do partido, que só consentem no casamento desde que Chiang se mantenha afastada da política pelos 30 anos seguintes. Casam-se em 1939. Depois do estabelecimento da República Popular da China, em 1949, participa de comitês culturais. Em 1963 torna-se mais ativa politicamente e funde as formas tradicionais de arte chinesa com temas proletários, numa reforma que termina com a Revolução Cultural, imposta a todo o país a partir de 1966. Uma das poucas pessoas da confiança de Mao, adquire enormes poderes. Após a morte do marido, tenta assumir o governo, em 1976, para o que conta com a ajuda de três membros radicais do comitê central do Partido Comunista, Zhang Chunqiao, Wang Hongwen e Yao Wenyan. O plano fracassa e a Gangue dos Quatro, como o grupo passa a ser chamado, é afastada, presa e processada. Em 1981, Ching é condenada à morte, acusada de mandar matar milhares de oposicionistas. Em 1983, a pena é comutada para prisão perpétua. Sua morte na prisão é oficialmente noticiada como suicídio.



publicado por LUCIANO às 18:51
Sexta-feira, 29 DE Fevereiro DE 2008

CHIANG KAI-SHEK


Estadista e líder militar chinês (31/10/1887-5/4/1975). Nascido na província de Zhejiang, vem de uma família de comerciantes. Em 1906 recebe treinamento na Academia Militar Nacional. No ano seguinte vai para Tóquio, no Japão, onde conhece Sun Yat-sen, líder revolucionário e fundador do Partido Nacionalista (Kuomintang), que se opõe à decadente dinastia Manchu chinesa. Chiang une-se ao grupo revolucionário e, em 1911, participa da derrubada do governo e da proclamação da República da China, sob o comando de Sun Yat-sen. Apesar do apoio de militares nacionalistas, a república tem de combater os senhores feudais que ainda dominam o norte do país. Para ser capaz de organizar um exército unificado, Chiang vai a Moscou em 1923, onde estuda estratégia militar. De volta à China, torna-se diretor da Academia Militar de Huangpu e, com a morte de Sun Yat-sen, assume a direção do país. Derrota os senhores feudais do norte, unificando o território chinês. Inicia então duros ataques aos comunistas liderados por Mao Tsé-tung e Chu En-lai. Ao fim da II Guerra Mundial, recrudescem as lutas entre nacionalistas e comunistas. Apesar da ajuda que recebe dos Estados Unidos, Chiang não consegue deter a ofensiva de Mao, que em 1949 proclama a República Popular da China. Chiang refugia-se em Taiwan (Formosa) e funda a República da China, da qual é presidente até a morte. Adota medidas como educação em massa, reforma agrária e desenvolvimento da indústria.



publicado por LUCIANO às 18:49
Sexta-feira, 29 DE Fevereiro DE 2008

CHICO ANYSIO


Humorista cearense. Um dos principais nomes do humor brasileiro, criador e intérprete de mais de 200 personagens. Francisco Anysio de Oliveira Paula Filho (12/4/1931-) nasce em Maranguape. Aos 6 anos, muda-se para o Rio de Janeiro com a mãe e os irmãos. Começa a carreira aos 17 anos como locutor da Rádio Guanabara, na qual chega a apresentar três programas semanais. Em 1957, ingressa na televisão atuando no humorístico Aí Vem Dona Isaura, da TV Rio. Na mesma emissora, participa do Domingo Alegre, Noite de Gala e Praça da Alegria, entre outros. Na década de 60, integra o elenco de Espetáculos Tonelux, na TV Tupi, e cria o Chico Anysio Show, apresentado na TV Rio e na TV Record. Nessa época, contratado pela TV Excelsior, grava outro programa semanal, O Homem e o Riso, paralelamente ao Chico Anysio Show. Em 1968, estréia na Rede Globo com Chico Especial, que sai do ar cinco meses depois por problemas financeiros. De volta à Globo, em 1971, estrela um programa feito especialmente para ele, o Chico City. Cria mais de 200 personagens que conquistam grande popularidade, como o contador de "causos" Pantaleão, o pai-de-santo Painho e o galã de televisão Alberto Roberto. Na emissora protagoniza ainda os programas Chico Total, Chico Anysio Show e Escolinha do Professor Raimundo. Seus shows no teatro, dos quais se destacam Uma Noite com Chico Anysio (1972) e Olha Eu Aí Outra Vez (1998), atraem grande público. Também escreve livros, entre eles O Batizado da Vaca (1972) e A Curva do Calombo (1974). Compõe mais de 300 músicas, algumas gravadas por Dalva de Oliveira e Dolores Duran. No cinema, atua em diversas chanchadas e, em 1996, interpreta o personagem Zé Esteves em Tieta do Agreste, de Cacá Diegues. Casado pela sexta vez, tem sete filhos, dos quais seis homens. A única menina é filha da ex-ministra da Fazenda Zélia Cardoso de Mello, com quem viveu por sete anos. Em 1997, fratura a mandíbula na borda da piscina de sua casa e sofre uma paralisia parcial no lábio inferior. Faz tratamento para correção dos movimentos nos Estados Unidos e afasta-se da televisão. Após a recuperação, realiza o programa Zorra Total, na Globo. Em 2000 realiza a turnê nacional do espetáculo O Fofo, o 16º da carreira. No mesmo ano, em Brasília, recebe o título de um dos 20 brasileiros vivos mais importantes do século, ao lado de personalidades como Pelé, Emerson Fittipaldi, Roberto Carlos e Rachel de Queiroz. É casado com Malga Dallagnol. Em 2001 é internado no Rio de Janeiro com pneumonia e embolia pulmonar – obstrução dos vasos sanguíneos do pulmão. Em 2002, sem programas de humor na TV, interpreta o personagem Agostino na novela Esperança, de Benedito Ruy Barbosa, exibida pela Rede Globo. Em 2003 estréia um quadro humorístico no dominical Fantástico, mas a atração dura pouco tempo.




publicado por LUCIANO às 18:46
Sexta-feira, 29 DE Fevereiro DE 2008

CHICO BUARQUE DE HOLANDA

Compositor popular e escritor fluminense. Um dos mais celebrados autores da música popular brasileira, que une qualidade literária e musical em canções e peças teatrais. Francisco Buarque de Holanda (19/6/1944-) nasce no Rio de Janeiro e é criado em São Paulo. Filho do historiador Sérgio Buarque de Holanda, entra para a Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de São Paulo (USP) em 1963, mas não conclui o curso. Vence o 2º Festival de MPB da TV Record, em 1966, com a marchinha A Banda. No mesmo ano lança o primeiro disco, Chico Buarque de Holanda. Sua peça Roda Viva, escrita em 1967, é proibida pela censura após uma temporada teatral tumultuada em 1968. Perseguido pelo regime militar, exila-se em Roma entre 1969 e 1970. Retorna ao Brasil e volta a ter problemas com a censura, que proíbe a venda e execução da canção Apesar de Você (1970). Seu álbum de 1971 Construção, é um marco estético e político da MPB, traduzindo um tenso discurso social em arranjos de grande sofisticação e inovação – e isso sem perder sua vertente delicada. Em 1973, a censura proíbe, em parte ou totalmente, a maioria das canções da peça Calabar, o Elogio da Traição. Para fugir aos censores, ele lança em 1974 um disco apenas com músicas de outros autores, mas consegue incluir uma canção sua, Acorda Amor, com o pseudônimo Julinho da Adelaide. Nos anos seguintes, monta com sucesso sua peça Gota d’Água (1975), uma versão urbana para a tragédia Medéia, de Eurípedes, e sua versão para o musical infantil italiano Os Saltimbancos (de Enriquez e Bardotti, 1977), fábula política que narra uma rebelião dos animais contra a exploração dos humanos. Chico Buarque é conhecido também por trilhas sonoras para filmes, entre elas a de Dona Flor e Seus Dois Maridos, Quando o Carnaval Chegar, Vai Trabalhar Vagabundo, Bye Bye Brasil. Depois de escrever o romance Fazenda Modelo, na década de 70, volta à literatura nos anos 90 com os livors Estorvo, traduzido para várias línguas, e Benjamin. Em 2000, o filme baseado no livro Estorvo é selecionado para o Festival Internacional de Cinema de Cannes. Em 2001, estréia em São Paulo o espetáculo Cambaio com canções de sua autoria e de Edu Lobo sob direção musical de Lenine. Com 18 integrantes entre bailarinos, artistas e cantores, o espetáculo, chamado de ópera-pop, tem direção de João Falcão e é escrito por Adriana Falcão, mulher do diretor. Em 2003 lança um novo romance, Budapeste, e no mesmo ano a adaptação de Benjamin chega às telas. Separado, tem três filhas com a atriz Marieta Severo.






publicado por LUCIANO às 18:43
Sexta-feira, 29 DE Fevereiro DE 2008

CHICO MENDES


Líder seringueiro e sindicalista acreano. Militante da defesa dos seringueiros e da floresta Amazônica, ganhador do Prêmio Global 500 das Nações Unidas. Francisco Alves Mendes Filho (1944-22/12/1988) nasce na colocação Bom Futuro, no seringal Porto Rico em Xapuri.. Entra para a política sindical nos anos 60 e, na década de 70, cria os "empates", estratégia não violenta de defesa contra o desmatamento na Amazônia. Em 1977 ajuda a fundar o Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Xapuri, do qual é presidente de 1982 até sua morte. Elege-se vereador pelo Movimento Democrático Brasileiro (MDB) em 1978. Quatro anos depois se candidata a deputado estadual pelo Partido dos Trabalhadores (PT), mas é derrotado. Torna-se mundialmente conhecido por suas denúncias de destruição da floresta Amazônica. Em 1985 participa da fundação do Conselho Nacional dos Seringueiros. Ganha o Prêmio Global 500, do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (Unep), em 1987. Depois de receber várias ameaças de morte, em 1988 é assassinado em sua casa por pistoleiros a mando do fazendeiro Darli Alves da Silva. Em 1990, Darli e seu filho Darci Alves Pereira são condenados a 19 anos de prisão pelo crime. Foragidos do presídio de Rio Branco três anos depois, voltam a ser presos em 1996.



publicado por LUCIANO às 14:05
Sexta-feira, 29 DE Fevereiro DE 2008

CHICO XAVIER


Religioso mineiro. O mais importante médium psicográfico do Brasil, conhecido por dar assistência a pessoas carentes. Francisco Cândido Xavier (2/4/1910- 0/6/2002) nasce em Pedro Leopoldo, filho de um operário e de uma lavadeira. Órfão de mãe aos 5 anos, é entregue pelo pai a uma madrinha, que se encarrega de criá-lo. De origem humilde, aos 9 anos começa a trabalhar em uma fábrica de tecidos para ajudar no sustento da família. Segundo relata, é acometido por visões de espíritos, especialmente de sua mãe, que o tranqüiliza nas horas mais difíceis de sua vida. Recorda-se de que, desde julho de 1927, recebe as primeiras páginas psicografadas em uma reunião do Centro Espírita Luiz Gonzaga, sediado na casa de um de seus irmãos. O espírito conselheiro, Emmanuel, é recebido pela primeira vez em 1931 e passa a guiar a realização de suas obras mediúnicas. No ano seguinte, publica seu primeiro livro, Parnaso de Além-Túmulo, uma coletânea de poesias de "autores brasileiros e portugueses desencarnados". Por psicografar textos de Humberto de Campos, morto em 1934, Chico chega a ser processado pela família do escritor maranhense, mas a justiça dá ganho de causa ao médium. Em 1935, torna-se funcionário do Ministério da Agicultura. A partir da década de 1940, começa a padecer de doenças que debilitam cada vez sua saúde. Em 1959, muda-se para Uberaba, obedecendo à orientação de seus benfeitores espirituais Sua casa se torna centro de peregrinação para pessoas de todo o Brasil – incluindo artistas e políticos –, que vão em busca de orientação espiritual ou notícias de parentes desencarnados. Suas obras psicografadas – 412 livros ao todo – se espalham pelo mundo, traduzidas para o inglês, o francês, o castelhano e o japonês, entre outras línguas. Todos os direitos autorais de seus livros são cedidos a editoras espíritas e entidades beneficentes. Em 1981 é indicado para o Prêmio Nobel da Paz. Aos 90 anos, enfrentando algumas doenças, como a cegueira do olho esquerdo e a paralisia das pernas, ainda recebe em sua casa fiéis de todas as partes do Brasil. Em 2001, é internado com pneumonia dupla. Em 2002, no dia em que o Brasil se sagrou pentacampeão mundial de futebol, Chico Xavier falece durante o sono.





publicado por LUCIANO às 14:03
Sexta-feira, 29 DE Fevereiro DE 2008

CHIQUINHA GONZAGA


Compositora e pianista fluminense. Primeira compositora importante da música popular, autora de 2 mil composições e mulher de intensa projeção pública no século passado. Francisca Edwiges Neves Gonzaga (17/10/1847 - 28/2/1935) nasce na cidade do Rio de Janeiro. Aos 11 anos compõe a música natalina Canção dos Pastores. É forçada pelos pais a se casar, aos 16 anos, com Jacinto Ribeiro do Amaral, um oficial da Marinha mercante. Juntos têm três filhos: João Gualberto, Maria do Patrocínio e Hilário. Por volta de 1877 abandona o marido, com quem não tinha afinidade, e cuida apenas do filho mais velho, João. Maria é criada pelos avós e Hilário, por uma tia. Em 1877 estréia como compositora com a polca Atraente. Tem uma filha, Alice Maria, da união com o engenheiro João Batista de Carvalho, de quem se separa ao flagrá-lo com outra. Mesmo assim, continua apaixonada por ele, que se encarrega de educar a menina. Em 1877 profissionaliza-se como pianeira, termo da época utilizado para designar o pianista profissional, e atua com o flautista Joaquim Antonio da Silva Calado, numa dupla precursora daquilo que depois é chamado de choro ou chorinho. Em 1885 estréia como maestrina, a primeira do Brasil, com a opereta A Corte na Roça, e dirige a banda da Polícia Militar. Participa ativamente das campanhas abolicionista e republicana. É autora da primeira marcha carnavalesca do país, Ô Abre-Alas (1899). Viaja pela Europa entre 1902 e 1909, tornando-se conhecida em Portugal. Escreve 77 peças teatrais e cerca de 2 mil composições. Passa seus últimos anos na companhia de um homem 36 anos mais jovem e morre aos 87.



publicado por LUCIANO às 14:00
Sexta-feira, 29 DE Fevereiro DE 2008

CILDO MEIRELES


Pintor, desenhista e escultor fluminense. Um dos mais conceituados nomes da arte contemporânea brasileira no exterior. Cildo Campos Meireles (9/2/1948-) nasce no Rio de Janeiro. Passa a infância em Goiânia, Belém e Brasília, onde, aos 15 anos, começa a desenhar. De volta ao Rio de Janeiro, em 1967, entra para a Escola de Belas-Artes. Aos poucos, seu trabalho se distancia do expressionismo inicial e adere ao construtivismo. Torna-se professor e diretor da Unidade Experimental do Museu de Arte Moderna (MAM) do Rio em 1969. Seu trabalho tem forte caráter social e contestador. Ativista de movimentos contra a ditadura, tem obras vetadas pelo governo militar. Em 1970, aos 22 anos, faz sua estréia internacional com Inserções no Circuito Ideológico, apresentada no Museu de Arte Moderna (MoMA) de Nova York , numa exposição histórica que lança a chamada arte conceitual. Em Inserções, grava opiniões em garrafas de Coca-Cola e devolve-as à circulação para que outras pessoas façam o mesmo. Na polêmica performance Tiradentes: Totem-Monumento ao Preso Político, também de 1970, realiza um ritual em que queima dez galinhas vivas em Belo Horizonte. "Todos os trabalhos que fiz foram uma maneira de me expressar politicamente", declara. Vive em Nova York entre 1971 e 1973. É homenageado nos mais importantes eventos e centros de arte do exterior, como a Bienal de Veneza (1976), a Documenta de Kassel (Alemanha, 1992), o Museu Georges Pompidou (Paris, 1989) e o MoMA (1990 e 1993). Ao final de 1999, é o primeiro artista a realizar uma mostra individual no New Museum of Contemporary Art de Nova York. Em 2002, marca presença na Documenta de Kassel com uma instalação de carrinhos de sorvete – o objetivo é chamar a atenção para a escassez de água no planeta. Em 2003, Meireles é um destaques da Bienal de Veneza.






publicado por LUCIANO às 13:58
Sexta-feira, 29 DE Fevereiro DE 2008

CIPRIANO BARATA

Jornalista baiano. Um dos mais combativos militantes pela independência do país. José Cipriano Barata de Almeida (26/9/1762 - 7/6/1838) nasce em Salvador. Participa da Conjuração Baiana de 1798 e da Revolta Pernambucana de 1817. Deputado pela Bahia às Cortes Constitucionais, em Lisboa, em 1821 defende publicamente a separação do Brasil de Portugal. No ano seguinte volta ao Brasil e inicia carreira de jornalista na Gazeta de Pernambuco. Em 1822 cria o jornal Sentinela da Liberdade na Guarita de Pernambuco, no qual acusa o imperador dom Pedro I de se comportar de maneira absolutista. Integra a Assembléia Constituinte e Legislativa após a independência do Brasil. Defensor de idéias republicanas e federativas, é preso e levado para a fortaleza de Santa Cruz, no Rio de Janeiro, onde continua editando o jornal, cujo título é modificado para Sentinela da Liberdade na Guarita de Pernambuco Atacada e Presa na Fortaleza do Brum por Ordem da Força Armada e Reunida. A ousadia é punida com sucessivas transferências de prisão, o que sempre causa mudança no título da publicação. É libertado em 1830. Vai para a Bahia e publica A Sentinela da Liberdade na Guarita do Quartel-General de Pirajá. No jornal, continua divulgando sua idéias, sendo preso várias vezes. Em 1836 abandona o jornalismo e a política.



publicado por LUCIANO às 13:56
Sexta-feira, 29 DE Fevereiro DE 2008

CIRO GOMES


Político e advogado paulista (6/11/1957-). Ciro Ferreira Gomes nasce em Pindamonhangaba, no Vale do Paraíba, filho de um advogado de Sobral, Ceará. Vive até os 5 anos em Adamantina, interior paulista, e então se muda com a família para Sobral. Forma-se em direito na Universidade Federal do Ceará em 1979 e ingressa no Partido Democrático Social (PDS). Elege-se deputado estadual em 1982. Em 1984, deixa o PDS e filia-se ao Partido do Movimento Democrático Brasileiro (PMDB), participando da mobilização por eleições diretas. Em 1986, reelege-se deputado estadual. Dois anos depois é eleito prefeito de Fortaleza, cargo que ocupa até 1990, quando vence as eleições para o governo do estado do Ceará pelo Partido da Social Democracia Brasileira (PSDB), ao qual se filiara no ano anterior. Exerce dois mandatos e obtém altos índices de aprovação popular. Recebe, em nome do estado do Ceará, o Prêmio Maurice Pate, da Organização das Nações Unidas para a Infância (UNICEF), como reconhecimento pelo programa de saúde implantado por seu antecessor, Tasso Jereissati, responsável por diminuir em um terço a mortalidade infantil no Estado. Em setembro de 1994, torna-se ministro da Fazenda no governo Itamar Franco, permanecendo na função por apenas três meses. Em janeiro de 1995, vai para os Estados Unidos estudar economia na Harvard Law School por um ano e meio. Em 1997, deixa o PSDB e entra para o Partido Popular Socialista (PPS). Concorre às eleições presidenciais de 1998 e fica em terceiro lugar. Em 2002, concorre à Presidência pela coligação PPS - PTB – PDT. Inicia a campanha como um dos favoritos à sucessão, mas, prejudicado pela má repercussão de suas polêmicas declarações, termina como quarto colocado no primeiro turno, com 10% dos votos. Derrotado, adere ao governo Lula, tornando-se Ministro da Integração Nacional.





publicado por LUCIANO às 13:53
Sexta-feira, 29 DE Fevereiro DE 2008

CIRO, O GRANDE


Rei da Pérsia (590/580? a.C.-529 a.C.). Iniciador da dinastia dos aquemênidas. Educado na infância por pastores e na juventude por um guerreiro, torna-se chefe das tribos da Pérsia (atual Irã), em 548 a.C., ao submeter o povo dos medas, que viviam na mesma região. Busca terras férteis para instalar seu povo, em rápido crescimento populacional. Funda o Império Persa em 539 a.C., quando conquista o vizinho Império Babilônio, na região que hoje é o Iraque. Considerado mestre da estratégia militar, organiza um exército eficiente, que utiliza a tática de assalto, com arqueiros montados e maciço combate de soldados. Conquista depois o reino da Lídia, as colônias gregas da Ásia Menor e chega até as margens do rio Indo, na Índia. Respeita os costumes e a religião dos vencidos e com isso garante a estabilidade do império. Sua política de tolerância religiosa com os povos conquistados é mencionada na Bíblia, em que aparece como o soberano que libertou os judeus ao conquistar a Babilônia. É sucedido pelo filho Cambises I, que expande o império ao conquistar o Egito.



tags: ,
publicado por LUCIANO às 13:51
Sexta-feira, 29 DE Fevereiro DE 2008

CLARICE LISPECTOR


Escritora brasileira de origem ucraniana. Uma das mais importantes da segunda geração modernista, autora de narrativa intimista e psicológica. Clarice Lispector (10/12/1920 - 9/12/1977) nasce na cidade de Tchetchelnik. Vem para o Brasil recém-nascida e sua família estabelece-se no Recife, Pernambuco, onde passa toda a infância. Em 1937 muda-se para o Rio de Janeiro. Estréia na literatura com o romance Perto do Coração Selvagem, com apenas 17 anos. Na época, o crítico Álvaro Lins identifica seu trabalho como dentro "do espírito e da técnica de Joyce e Virginia Woolf". Casa-se com o diplomata Maury Gurgel Valente em 1943 e vive fora do país, entre a Europa e os Estados Unidos, até 1959. Nesse ano se separa do marido e volta a morar no Rio com os filhos Pedro e Paulo. Para sustentá-los, escreve contos para a revista Senhor e colabora em jornais. Nos livros A Maçã no Escuro (1961), A Paixão Segundo G.H. (1964), Uma Aprendizagem ou o Livro dos Prazeres (1969) e A Hora da Estrela (1977) encontra-se seu estilo mais marcante, como o uso da metáfora insólita e uma subjetividade que rompe com o enredo factual. A narrativa revolucionária faz dela um dos nomes mais importantes da segunda fase do modernismo. É autora também de A Legião Estrangeira (1964), de contos e crônicas. Tem dois romances, Um Sopro de Vida e Pulsações, publicados postumamente, em 1978. Morre no Rio de Janeiro.



publicado por LUCIANO às 13:49
Sexta-feira, 29 DE Fevereiro DE 2008

CLAUDE DEBUSSY


Compositor francês (22/8/1862-25/3/1918). Achille-Claude-Debussy desenvolve um sistema de harmonias e estruturas musicais que busca expressar a estética a que os pintores e escritores impressionistas de sua época aspiravam. Para criar efeitos tão fugidios e originais, desenvolve novas escalas, novos meios de arranjar a orquestra e, acima de tudo, novos modos de tocar o piano. Nasce de uma família pobre em Saint-Germain-en-Laye e se mostra talentoso como pianista aos 9 anos. Estuda no Conservatório de Paris de 1873 a 1880. Aos 18 torna-se pianista profissional a serviço da milionária russa Nadezhda von Meck, que também patrocina Tchaikovsky. Vence o Grande Prêmio de Música de Roma, em 1884, considerado um dos mais importantes concursos europeus, com a cantata L''Enfant Prodigue, e graças a isso vai estudar por três anos na Itália. Começa as experiências com seu impressionismo musical em peças para piano, como Images e os Préludes. Casa-se em 1899 com a costureira Rosalie Texier, mas separam-se depois que ela tenta se matar com um tiro em 1904. Casa-se então com Emma Bardac e em 1905 nasce sua filha, Claude-Emma. No mesmo ano lança La Mer, em que procura estender seu estilo impressionista à música orquestral. Suas últimas obras, como En Blanc et Noir (1915), para dois pianos, rompem com os padrões musicais da época. Morre de câncer em Paris.



publicado por LUCIANO às 13:47
Sexta-feira, 29 DE Fevereiro DE 2008

CLAUDE LÉVI-STRAUSS


Etnólogo belga radicado na França (28/11/1908-). Nasce em Bruxelas e estuda direito e filosofia na Universidade de Paris entre 1927 e 1932. Em 1934, aceita o convite para dar aulas de sociologia na recém-criada Universidade de São Paulo (USP), onde permanece por três anos. Visita vários grupos indígenas do Brasil central e publica um artigo sobre a organização social dos bororos. Em 1938, volta a excursionar pelo interior do país numa expedição patrocinada pelo governo francês. Leciona nos Estados Unidos (EUA) entre 1941 e 1945, fugindo da guerra na Europa. Em 1950, assume a direção do Laboratório de Antropologia Social da Universidade de Paris. Com base no estudo de mitos e rituais, identifica pontos comuns a diversas culturas e busca semelhanças estruturais entre elas. Torna-se um dos maiores nomes da linha estruturalista da antropologia social. De suas viagens pelo Brasil e, em particular, de sua experiência pessoal com tribos indígenas, extrai material para a obra Tristes Trópicos (1955). Em 1994, lança Saudades do Brasil, uma espécie de livro de memórias com fotografias feitas por ele no período em que morou no país e textos curtos sobre lembranças da época. Em 1996, publica na França Antropologia Estrutural, obra em dois volumes. Em 1997, sai no Brasil seu livro Olhar, Escutar, Ler, escrito em 1993. Em 2003 começam a ser publicados no Brasil os volumes de Mitológicas, escritos entre 1964 e 1971. Vive em Paris



publicado por LUCIANO às 13:10
Sexta-feira, 29 DE Fevereiro DE 2008

CLAUDE MONET


Pintor francês (14/11/1840-5/12/1926). Um dos principais representantes do impressionismo, movimento que revoluciona a pintura moderna. Nasce em Paris e com 5 anos muda-se com a família para o interior da França. Começa a pintar retratos de personalidades da cidade aos 15 anos. Em 1856 expõe as primeiras gravuras na cidade francesa de Rouen, incentivado pelo pintor Eugène Boudin. No ano seguinte, estuda no Ateliê Suíço, em Paris, onde conhece Pissarro e Cézanne. Interrompe os estudos para prestar serviço militar na Argélia e lá descobre os efeitos de luminosidade e cores do norte da África. O quadro Impressão: o Nascer do Sol (1872) é o primeiro a receber o nome de impressionista. Na série A Catedral de Rouen (1892-1894), pinta a fachada da igreja em vários horários do dia, examinando as mudanças de cores decorrentes da luminosidade. Trabalha de 1900 a 1926 na série Nymphéas, cujas figuras são decompostas em pinceladas livres, prenunciando o expressionismo. Morre em Giverny, lugarejo próximo de Paris.


publicado por LUCIANO às 13:08
Sexta-feira, 29 DE Fevereiro DE 2008

CLAUDE SIMON


Escritor francês (10/10/1913-). Ganhador do Prêmio Nobel de Literatura de 1985, é um dos mais importantes representantes da corrente literária conhecida como nouveau roman. Claude-Eugène-Henri Simon nasce na cidade de Tananarive, Madagáscar. Filho de um oficial da cavalaria francesa morto durante a I Guerra Mundial, é criado pela mãe em Perpignan, na França. Estuda em Paris, Oxford e Cambridge. Luta na II Guerra Mundial e é capturado pelo Exército alemão em maio de 1940. Foge, integra a Resistência Francesa e, nos últimos anos do conflito, escreve o primeiro romance, Le Tricheur (O Vigarista, 1945). Algum tempo depois publica La Corde Raide (A Corda Esticada, 1947) e Le Sacre du Printemps (A Sagração da Primavera, 1954), ambos com o tema da Guerra Civil Espanhola. Os objetivos de sua obra, no entanto, são definidos apenas em 1957, em Le Vent (O Vento): desafiar a fragmentação de sua época, redescobrir a permanência dos objetos e manter o ser humano em evidência. No ano seguinte, Simon inicia o ciclo de romances considerado pelos críticos como seus trabalhos mais importantes: L''Herbe (A Grama, 1958), La Route des Flandres (A Estrada de Flandres, 1960), Le Palace (O Palácio, 1962) e Histoire (História, 1967). Entre seus livros mais recentes estão La Bataille de Pharsale (A Batalha de Farsala, 1969), Triptyque (Tríptico, 1973), Leçon de Choses (Lição de Coisas, 1975) e Les Géorgiques (As Geórgicas, 1981). Le Tramway, (O Bonde, 2001) tem sua tradução lançada no Brasil em 2003.



publicado por LUCIANO às 13:06
Sexta-feira, 29 DE Fevereiro DE 2008

CLAUDE-HENRI SAINT-SIMON

Pensador e economista francês (17/10/1760-19/5/1825), um dos precursores do socialismo utópico. De família nobre, Claude-Henri de Rouvroy, conde de Saint-Simon, nasce em Paris e entra para o Exército aos 17 anos. Luta como voluntário na Guerra de Independência dos Estados Unidos. De volta à França, abandona o título de nobreza e adere à Revolução Francesa. Durante o Período do Terror, torna-se adversário da violência revolucionária e fica preso por um ano. Aos 40 anos, resolve retomar os estudos. Entra para a escola de medicina e para a escola politécnica. Escreve, então, vários livros, e suas idéias conquistam um grupo de adeptos formado por políticos, banqueiros e engenheiros. Projeta-se como teórico do socialismo com o livro Cartas de um Habitante de Genebra a Seus Contemporâneos (1802), em que defende uma religião baseada na ciência e a organização da sociedade fundamentada no trabalho industrial planificado. Em sua segunda obra, Introdução aos Trabalhos Científicos do Século XIX (1807), identifica o germe do positivismo. Com dificuldades financeiras, entre 1805 e 1810, é sustentado por um antigo empregado. Auxiliado por banqueiros e industriais, passa os dois últimos anos de vida numa situação economicamente estável. Morre em Paris.



publicado por LUCIANO às 12:39
Sexta-feira, 29 DE Fevereiro DE 2008

CLÁUDIO ABRAMO

Jornalista paulista. Uma das figuras de maior relevo para a modernização do jornalismo diário brasileiro. Cláudio Abramo (6/4/1923-14/8/1987) nasce em São Paulo, filho de imigrantes italianos e completa apenas o curso primário. Aos 22 anos ingressa no jornalismo, ao participar da criação do Jornal de São Paulo. Passa pelos Diários Associados e em 1948 torna-se repórter de O Estado de S. Paulo. Defensor do estilo da imprensa anglo-saxã, em que a informação é transmitida de maneira simples, concisa e direta, destaca-se dentre os repórteres da época, acostumados a textos longos e opinativos. Em 1951 recebe uma bolsa para cursar a escola de Altos Estudos Sociais e Políticos de Paris. Dois anos mais tarde, aos 30 anos, assume a secretaria de redação de O Estado como o mais jovem jornalista a ocupar o cargo. Em 1963 é contratado pela Folha de S.Paulo como chefe de reportagem. Autodidata, aos 46 anos obtém o diploma de ginásio ao prestar o exame de supletivo. Ocupa na Folha as posições de secretário-geral, diretor de redação e do conselho editorial. No final da década de 70 introduz no jornal importantes reformas editoriais que vão influenciar o jornalismo escrito brasileiro. Cria novas sessões, impõe rapidez na cobertura do noticiário e traz de volta as páginas de opinião. Nesse período é perseguido pelo regime militar e chega a ser preso com sua segunda mulher e prima, a crítica Radhá Abramo. Em 1979 deixa a Folha para fundar o jornal República, junto com Mino Carta. Entre 1980 e 1984 é correspondente da Folha em Londres e Paris. De volta ao Brasil, torna-se um dos principais articulistas políticos do país com sua coluna na Folha. Leciona na pós-graduação da Escola de Comunicação e Artes da USP em 1985. Casado duas vezes (seu primeiro casamento é com a chargista Hilde Weber), é pai de duas filhas e um filho. Vítima de ataque cardíaco, morre em São Paulo. Em 1988 é publicado o livro A Regra do Jogo, reunindo artigos e texto autobiográfico, em que detalha sua carreira e as reformas que fez nos jornais O Estado de S. Paulo e Folha de S.Paulo.



publicado por LUCIANO às 12:36
Sexta-feira, 29 DE Fevereiro DE 2008

CLAUDIO GALENO


Médico grego (129-199). Um dos mais importantes da Antiguidade, considerado o criador da fisiologia experimental. Nasce em Pérgamo, Ásia Menor, onde, desde os 16 anos, estuda filosofia e medicina. Aos 28 anos, torna-se cirurgião oficial dos gladiadores de Mísia. Entre 162 e 164, vai para Roma, onde obtém sucesso ao cuidar do jovem Cômodo, herdeiro do trono imperial. É na corte imperial que escreve a maior parte de sua obra: cerca de 400 livros, dos quais 98 são conhecidos. Galeno faz várias descobertas, baseadas em experimentos com macacos. No interior do sistema nervoso cerebral, diferencia os nervos sensoriais dos motores; descreve o coração e o mecanismo da pequena circulação; demonstra que os rins processam a urina; e mostra que as artérias contêm sangue e não água, como se acreditava até então. Desenvolve a teoria de que as doenças do corpo humano ocorrem quando há um desequilíbrio entre quatro de seus componentes essenciais: o sangue, a bílis, a pituíta e a atrabílis. Modernamente, a pesquisa científica demonstra a incorreção de algumas de suas teoria.



publicado por LUCIANO às 12:33
Sexta-feira, 29 DE Fevereiro DE 2008

CLÁUDIO MANUEL DA COSTA

Jurista e poeta mineiro. Fundador do arcadismo na literatura brasileira e um dos líderes da Inconfidência Mineira. Cláudio Manuel da Costa (6/7/1729 - 4/7/1789) nasce em Mariana e é enviado ao Rio de Janeiro para estudar. Forma-se em direito na Universidade de Coimbra, Portugal, e volta em 1754 para Minas Gerais, onde exerce a advocacia. Instalado em Vila Rica, é juiz até 1773 e envolve-se com a Inconfidência Mineira, movimento que pretende libertar o Brasil do domínio português. Em 2 de julho de 1789 é preso e interrogado sobre seu envolvimento na conspiração. Dois dias depois é encontrado enforcado na cela. As autoridades alegam suicídio, versão contestada por alguns historiadores. Segundo os Autos da Devassa, caberia a ele redigir as leis do Brasil independente tão logo o movimento fosse vitorioso. Sonetista e poeta lírico, escreve sob o nome árcade de Glauceste Satúrnio. Os motivos bucólicos e neoclássicos e o idealismo platônico são características de sua poesia. Toda a sua criação literária está no livro Obras Poéticas (1768).
publicado por LUCIANO às 11:20
Sexta-feira, 29 DE Fevereiro DE 2008

CLAUDIO MONTEVERDI


Compositor e violista italiano (15/5/1567-29/11/1643). Pioneiro da ópera moderna. Nasce em Cremona e estuda música com Marc-Antoine Ingegneri, mestre-de-capela da cidade. Em 1590 vai para Mântua, onde passa doze anos como violista, organista e mestre de música da corte, servindo ao duque de Mântua. Em 1613 muda-se para Veneza a fim de assumir o cargo de regente do coro da Basílica de San Marco. Compõe diversas óperas, entre elas Orfeu (1607), a primeira a ter ampla participação de orquestra, e Il Combattimento di Tancredo e Clorinda (1624), além de livros de madrigais (músicas para coral criadas na Itália no século XIV). As partituras de sua segunda ópera, Arianna (1608), se perdem, exceto pela ária conhecida como Lamento, uma das melodias mais cantadas na Itália do século XVII. A principal inovação de Monteverdi é o stile concitato, que, por meio da repetição de notas, confere à música estilo marcial. Em 1642 escreve A Coroação do Papa, considerada obra-prima da música barroca. Reeditada em 1961, durante o Festival de Aix-en-Provance, faz sucesso com o público atual. Morre em Veneza.
publicado por LUCIANO às 11:17
Sexta-feira, 29 DE Fevereiro DE 2008

CLÁUDIO SANTORO


Compositor amazonense. Sua obra oscila entre as influências do folclore e as experiências musicais de vanguarda.Cláudio Franco de Sá Santoro (23/11/1919 - 27/3/1989) nasce em Manaus e, ainda criança, aprende a tocar violino. Aos 12 anos ganha bolsa do governo amazonense para estudar no Rio de Janeiro. Em 1933 começa a freqüentar o Conservatório de Música do Distrito Federal, no Rio, formando-se em 1936. Em 1937 o conservatório o contrata como professor de violino. Começa a compor em 1938 e, em 1940, entra como aluno no Conservatório Brasileiro de Música e tem aulas com o músico alemão Hans-Joachim Koellreuter, autor de música serial aleatória. Sob a influência do mestre, começa a compor música dodecafônica. Ganha uma bolsa de estudos do governo francês em 1947 e muda-se para Paris. Passa a ter aulas com Nadia Boulanger, afasta-se do dodecafonismo e incorpora elementos da música folclórica brasileira. Deixa o estilo nacionalista em 1960 e volta a compor música dodecafônica. Retorna ao Brasil e, entre 1962 e 1965, organiza e dirige o departamento de música da Universidade de Brasília. Compõe Agrupamento em 10 (1966) e Tele Tonus Visione (1967), peças de música aleatória. Nos anos 80 dedica-se a experiências de vanguarda, como os "quadros aleatórios", telas que ele mesmo pinta. Para cada uma, compõe uma música de conteúdo compatível com a imagem. Morre em Brasília.
publicado por LUCIANO às 11:15
Sexta-feira, 29 DE Fevereiro DE 2008

CLEMENTINA DE JESUS


Cantora fluminense. Tem papel de destaque na música popular brasileira ao resgatar suas raízes negras e divulgar ritmos de origem africana.Clementina de Jesus da Silva (7/2/1902-19/7/1987) nasce em Valença, filha de escravos libertos pela Lei do Ventre Livre. Muda-se ainda pequena para o Rio de Janeiro, onde estuda numa escola de freiras. Nessa mesma época, acompanha a mãe no trabalho de lavadeira, entoando lundus, toadas e outros gêneros em dialeto provavelmente ioruba. Começa a freqüentar o Bloco Carnavalesco Moreninhas das Campinas, que mais tarde muda o nome para Quem Fala de Nós Come Mosca e, depois, para Escola de Samba da Portela. Também ensaia blocos de pastoras e dirige duas pequenas escolas de samba até que, em 1940, casa-se com o famoso mangueirense Albino "Pé Grande" e troca sua escola pela Mangueira. Continua cantando como amadora e trabalhando como empregada doméstica por mais de 20 anos, até 1963, quando, aos 62 anos, é descoberta pelo jornalista, poeta e pesquisador de música Hermínio Bello de Carvalho, que a apresenta um ano depois nos shows O Menestrel e Rosas de Ouro. Na época predominam a bossa-nova e as escolas de canto européias, que contrastam com seu timbre de voz grave. Descoberta tardiamente, apesar de contemporânea de artistas das primeiras fases do samba, é uma unanimidade de crítica. Grava apenas 12 discos, três deles compactos, sozinha ou com outros artistas. Em 1966 é uma das representantes brasileiras no Festival de Arte Negra de Dacar, no Senegal, e no Festival de Cinema de Cannes, na França. Dedica-se à pesquisa e ao resgate de ritmos e temas africanos e da escravidão. Chega a gravar um disco com músicas que coletou. Em 1982 é homenageada pela Escola de Samba Lins Imperial. No ano seguinte, faz parte do enredo da Beija-Flor, campeã do Carnaval. Morre no Rio de Janeiro, vítima de insuficiência cardíaca, em conseqüência do seu quinto derrame cerebral.
publicado por LUCIANO às 11:12
Sexta-feira, 29 DE Fevereiro DE 2008

CLEÓPATRA


Rainha do Egito (69 a.C.-30 a.C.). Última de sua linhagem, de origem macedônica, Cleópatra VII Thea Philopator perde o pai, o faraó Ptolomeu XII, em 51 a.C., e com o irmão de 15 anos, Ptolomeu XIII, passa a reinar no Egito, já um protetorado romano desde 168 a.C. Em 58 a.C., os dois são derrubados por uma guerra civil e só retornam ao poder três anos depois, com a ajuda dos exércitos romanos. Em 48 a.C., o general Júlio César, então um dos governantes de Roma, decide ir ao Egito para interferir mais diretamente nos assuntos do reino. Ali, é seduzido por Cleópatra e a ajuda a derrubar o irmão do poder. César leva a rainha para Roma, onde ela permanece até o assassinato dele, em 44 a.C. Três anos depois, já de volta a seu trono no Egito, Cleópatra conhece Marco Antônio, general romano que lutara ao lado de César e, depois da morte dele, tornara-se um dos três governantes da República de Roma, que é dividida em três partes. Cabe a Marco Antônio a região onde está o Egito. O general apaixona-se por Cleópatra e casa-se com ela em 37 a.C. A união fere as leis romanas, pois Marco Antônio já é casado com a irmã de Otávio Augusto, sobrinho-neto de Júlio César, que mais tarde se tornaria o primeiro imperador de Roma. O Senado romano declara guerra ao casal em 31 a.C. Depois da derrota na batalha naval de Actium, Cleópatra e Marco Antônio se suicidaram.
publicado por LUCIANO às 11:10
Sexta-feira, 29 DE Fevereiro DE 2008

CONDE DE CAVOUR


Estadista italiano (10/8/1810-6/6/1861). Camilo Benso, conde de Cavour, nasce em Turim, filho de um marquês piemontês. Aos 10 anos, entra para a academia militar de sua cidade. Em 1831 é expulso do Exército por suas idéias liberais. Funda, em 1847, o jornal Il Risorgimento (O Ressurgimento), em que defende a tese de uma Itália unificada sob uma monarquia constitucional de tendência liberal. Na época, a península Itálica estava dividida em vários estados absolutistas controlados pelos austríacos (Veneza e Lombardia), pelos franceses (Parma, Nápoles e Sicília) e pelo papado (Roma e Vaticano). Cavour defende a unificação de todos esses estados sob domínio de Piemonte-Sardenha. Elege-se deputado em Turim (1848) e é nomeado ministro da Agricultura e do Comércio (1850) e, depois, das Finanças (1851) pelo rei de Piemonte-Sardenha, Vittòrio Emanuèle II. Torna-se primeiro-ministro em 1852 e dedica-se à unificação italiana. Em 1958 consegue o apoio militar de Napoleão III, rei da França, para expulsar os austríacos do norte da Itália. Em troca, entrega Nice e Savóia aos franceses. Em 1860 utiliza a expedição de Giuseppe Garibaldi à Sicília e a Nápoles para agregar esses estados à Itália unificada. Em 1861, como o Piemonte já domina quase toda a península, Vittòrio Emanuèle II proclama o reino da Itália. No mesmo ano, há eleições para o novo Parlamento, e Cavour ocupa o cargo de primeiro-ministro. Quatro meses depois morre em Turim.
publicado por LUCIANO às 11:07
Sexta-feira, 29 DE Fevereiro DE 2008

CONFÚCIO


Filósofo chinês (551 a.C.-479 a.C.). Considerado o pensador mais importante da China. Dedica a vida ao ensino e à elaboração de sua filosofia, conhecida como confucionismo. Ch’iu K’ung nasce no estado feudal de Lu, hoje pertencente à província de Shantung. Apesar de incerta, a data de seu nascimento é comemorada pelos chineses em 28 de setembro, dia dos professores e feriado oficial em Taiwan (Formosa). Órfão de pai aos 3 anos de idade, aprende com a mãe as letras e cresce autodidata. Casa-se aos 19 anos, em 532 a. C., época em que inicia a carreira de professor. É idolatrado ao pregar a reforma social pela educação. Fica conhecido como Mestre K’ung-fu-tzu, de onde vem o termo latino Confucius. Em 501 a.C. é nomeado governador de Chung-tu, ocupando depois os cargos de ministro do Trabalho e da Justiça. Apesar de não ser líder religioso, prega a observância de cinco virtudes: o amor aos outros; a justiça; a retidão de conduta; a sabedoria; e a sinceridade. Escreve livros clássicos, posteriormente compilados nas obras do I Ching (Livro das Mutações), Shih Ching (dos Poemas), Shu Ching (da História), Li Chi (da Etiqueta) e Ch’un Ch’iu (Anais da Primavera e do Outono.
tags:
publicado por LUCIANO às 11:05
Sexta-feira, 29 DE Fevereiro DE 2008

CONSELHEIRO LAFAIETE

Jurista mineiro. Um dos nomes mais importantes da história da jurisprudência no Brasil. Autor de Direitos de Família e Direito das Cousas.Lafaiete Rodrigues Pereira (28/3/1834-29/1/1917) nasce no distrito de Nossa Senhora da Conceição (atual Conselheiro Lafaiete), no estado de Minas Gerais, filho do barão de Pouso Alegre (Antônio Rodrigues Pereira). Forma-se em direito em 1857, em São Paulo, e vai para o Rio de Janeiro exercer a profissão. Começa a carreira no escritório de Teixeira Mendes, respeitado jurista da época, e chega a atuar também como jornalista do Diário do Povo, entre outros órgãos, nesse período. Passa na cidade a maior parte de sua vida, deixando-a apenas para governar o Ceará, em 1864, e o Maranhão, em 1865. Faz carreira na política ao lado dos liberais, como deputado por Minas Gerais (legislatura de 1878 a 1881), ministro da Justiça (1878) e Senador (1879), mas abandona o movimento republicano, apesar de figurar entre os signatários do manifesto de 1870 a favor da República. É autor de O Direito das Cousas (1877), obra que organiza a confusa jurisprudência brasileira e os textos jurídicos de origem portuguesa, dando consistência ao exercício do direito brasileiro. Além de lidar com textos jurídicos, envolve-se também em polêmica literária, ao defender a obra de Machado de Assis das críticas de Silvio Romero (Machado de Assis: Estudo Comparativo de Literatura Brasileira, de 1897). Sob o pseudônimo de Labieno, escreve uma série de artigos na imprensa, posteriormente publicados no livro Vindiciae (1899). É eleito em 1909 à vaga de Machado de Assis na Academia Brasileira de Letras. Morre no Rio de Janeiro.
publicado por LUCIANO às 11:01
Sexta-feira, 29 DE Fevereiro DE 2008

CONSTANTINO I, O GRANDE

Imperador romano (27/2/280-22/5/337). Primeiro soberano da Roma Antiga a professar o cristianismo. Flavius Valerius Constantinus nasce em Naísso (atual Nis, na Iugoslávia), filho de Flavius Valerius Constantinus, um oficial do Exército, e de sua mulher, ou concubina, Helena. Passa a juventude na corte do imperador Diocleciano e, em 305, junta-se ao pai, que havia sido nomeado césar do Ocidente, ou vice-imperador. Após sua morte, em 306, é aclamado imperador pelas legiões sob comando do pai. Em 313 converte-se ao cristianismo e exorta os súditos a se converter. Extingue as lutas de gladiadores e proíbe a morte dos escravos, o adultério e o concubinato. O título de imperador não é reconhecido em Roma, governada na época pelo sistema de tetrarquia, que não admite a sucessão hereditária. Constantino disputa o título com Maxêncio, Maximino e Licínio, com quem se alia para vencer os adversários. Os dois dividem o Império até 324, mas as perseguições movidas por Licínio aos cristãos levam os antigos aliados à guerra. Constantino vence e torna-se, a partir de 325, o único mandatário romano. Transforma Bizâncio (hoje Istambul, na Turquia) na capital do Império, mudando seu nome para Constantinopla em 330. Em virtude de suas convicções religiosas, defende que uma igreja dividida ofenderia o Deus cristão, o que atrairia a vingança divina sobre o Império Romano e sobre ele mesmo.

publicado por LUCIANO às 10:58
Sexta-feira, 29 DE Fevereiro DE 2008

CORA CORALINA


Pseudônimo da poeta goiana Ana Lins dos Guimarães Peixoto Bretas (9/1889-10/4/1985). Longe das grandes cidades e dos modismos literários, é responsável por uma obra poética rica em motivos autênticos do cotidiano do interior do Brasil. Nasce na cidade de Goiás. De família humilde, recebe apenas instrução primária, mas desde a infância mostra inclinação para a leitura e para a escrita, o que não é bem-visto pela família. Doceira de profissão, em 1911 casa-se com um advogado paulista. O escândalo causado pelo fato de ele ser separado faz com que o casal se mude para Jaboticabal, interior de São Paulo. Mãe de quatro filhos, Cora escreve suas poesias em cadernos que ficam guardados em casa até que, aos 77 anos, publica o primeiro livro, Poemas dos Becos de Goiás e Estórias Mais. Onze anos depois compõe Meu Livro de Cordel. Em sua poesia se misturam a natureza, as pessoas do povo, as histórias da família e a religião, resultando em versos de imagens e ritmo fortes. Em 1983 lança Vintém de Cobre–Meias Confissões de Aninha, recebendo em seguida o Prêmio Juca Pato, da União Brasileira de Escritores. Morre em Goiânia.
publicado por LUCIANO às 10:54
Sexta-feira, 29 DE Fevereiro DE 2008

CORDEIRO DE FARIAS

Militar e político gaúcho. Marechal-de-exército, personagem de destaque na vida militar e política brasileira entre 1920 e 1970.Oswaldo Cordeiro de Farias (16/8/1901 - 17/2/1981) nasce em Jaguarão. Participa ativamente da vida institucional do país a partir das Revoltas Tenentistas (1922). Atua na Revolução Paulista de 1924 e na Coluna Prestes (1926). Um dos articuladores da Revolução de 1930, é nomeado por Getúlio Vargas chefe de polícia de São Paulo, de 1931 a 1932, cargo no qual combate a Revolução Constitucionalista de 1932. Entre 1938 e 1943 é interventor no Rio Grande do Sul. Na II Guerra comanda a Artilharia da Força Expedicionária Brasileira na Itália. Em 1945 opõe-se a Vargas e articula sua deposição. Organiza em 1949 a Escola Superior de Guerra (ESG), para unir civis e militares no estudo da realidade brasileira. É eleito governador de Pernambuco em 1954. No governo Jânio Quadros, em 1961, chefia o Estado-Maior das Forças Armadas. Participa do golpe militar de 1964 e, no governo Castello Branco, é ministro extraordinário da Coordenação dos Organismos Regionais, de 1964 a 1966, quando se demite por discordar da candidatura de Costa e Silva. Opõe-se ao Ato Institucional N.º 5 (AI-5) e defende ativamente a distensão política no governo do general Ernesto Geisel. Morre no Rio de Janeiro.
publicado por LUCIANO às 10:50
Sexta-feira, 29 DE Fevereiro DE 2008

CORNÉLIO PENA

Escritor fluminense. Autor inserido na corrente do realismo psicológico, sua obra é marcada pela introspecção e pelo espírito atormentado dos personagens.Cornélio de Oliveira Pena (20/2/1896-12/2/1958) nasce em Petrópolis e, em 1919, forma-se em direito em São Paulo. No ano seguinte fixa residência na cidade do Rio de Janeiro, iniciando carreira de pintor, gravador e desenhista. Nessa mesma época realiza sua primeira exposição individual. Trabalha também como redator e ilustrador de vários jornais. Em meados da década de 30 abandona as artes plásticas e passa a dedicar-se exclusivamente à literatura. Suas histórias são caracterizadas pelos capítulos curtos e pela criação de uma atmosfera de estranheza. Em Fronteira, um de seus livros mais importantes, publicado em 1935, escreve: A confusão e o mal estão em mim, mas possuem vida independente e voluntária, longe de meu raciocínio e de minha vontade, e é preciso que estranhos me auxiliem e libertem. Mas quem me libertará? Entre seus principais livros estão Dois Romances de Nico Horta (1939), Repouso (1948) e A Menina Morta (1954). Morre no Rio de Janeiro, deixando inacabado o romance Alma Branca.
publicado por LUCIANO às 10:45
Sexta-feira, 29 DE Fevereiro DE 2008

CRISTÓVÃO COLOMBO

Navegador italiano (1451-21/5/1506). Nasce em Gênova e, desde cedo, decide dedicar-se à navegação. Em 1476, seu navio naufraga na costa portuguesa e ele se salva a nado, estabelecendo-se em Lisboa, onde se casa com a filha de um navegador. Na biblioteca do sogro, estuda rotas marítimas. Convencido da esfericidade da Terra, propõe à Coroa portuguesa chegar às Índias viajando rumo ao Ocidente. Como a proposta é recusada, em 1485 dirige-se à Espanha e oferece seu projeto aos reis Fernando e Isabel, que aceitam patrocinar a viagem. Parte em 3 de agosto de 1492 com as caravelas Santa Maria, Pinta e Niña e em 12 de outubro chega ao arquipélago das Bahamas. Sem se dar conta de haver aportado em um novo continente, depois chamado de América, acredita ter alcançado as Índias. Atinge, a seguir, as ilhas de Cuba e de Hispaniola (local em que ficam atualmente o Haiti e a República Dominicana). Um ano depois retorna à Espanha, onde é acolhido triunfalmente e nomeado vice-rei da nova colônia. Faz mais três viagens à América, em 1493, 1496 e 1498, nas quais descobre outras ilhas do mar do Caribe. Não mostra talento como administrador. Impõe às populações indígenas taxas pesadas e enfrenta inúmeras rebeliões, que reprime com enforcamentos. Destituído do cargo em 1497, resiste às ordens reais e é mandado de volta à Espanha sob ferros. Morre pobre, lutando para reaver o antigo posto. Em 1542, seu corpo é exumado e levado para Hispaniola. Em 1899, seus restos voltam para a Espanha e são depositados na Catedral de Sevillha.
publicado por LUCIANO às 10:41
Sexta-feira, 29 DE Fevereiro DE 2008

CRISTÓVÃO JACQUES

EXPEDIÇÃO DE CRISTÓVÃO JACQUES
Navegador português. Comandante das expedições iniciais de vigilância da costa brasileira, é o primeiro a propor o povoamento do país por Portugal.Cristóvão Jacques (1480-c. 1530) nasce no Algarve. Filho bastardo do nobre Pero Jacques, é legitimado por dom João II e, depois, recebe de dom Manuel o título de fidalgo da Casa Real. Vem pela primeira vez ao Brasil, em 1503, na frota do explorador Gonçalo Coelho. Entre 1516 e 1519 percorre a costa brasileira no comando de duas caravelas para proteger o território contra as investidas dos franceses que, desde 1504, contrabandeavam pau-brasil. Em 1521 funda a feitoria de Itamaracá, em Pernambuco, e segue para o sul, até o rio da Prata, retornando em seguida a Portugal. Após receber denúncias de que navios corsários franceses estavam a caminho do Brasil, dom João III convoca Cristóvão Jacques, que viaja em 1526 com outra expedição de defesa da colônia. Antes de partir, recebe o título de governador das partes do Brasil - responsável pelos diversos aldeamentos que se espalham pelo litoral brasileiro e quase não mantêm comunicação entre si. Localiza os corsários na Bahia, onde travam um sangrento combate. Informado das brutalidades cometidas pelas tropas de Jacques, que matam todos os franceses, dom João III o destitui e determina seu imediato regresso a Portugal. O navegador tenta convencer o rei de que a única maneira de garantir a posse da terra e acabar com o contrabando é iniciar efetivamente a colonização. Oferece-se para começar a ocupação, mas sua proposta não é aceita. As repercussões negativas da batalha no Brasil fazem-no perder prestígio em Portugal, onde morre no esquecimento.
publicado por LUCIANO às 10:39
Sexta-feira, 29 DE Fevereiro DE 2008

CRODOWALDO PAVAN

Geneticista paulista, autor de pesquisas pioneiras sobre ecologia e o funcionamento dos genes que revelam como eles se comportam ao produzir proteínas nas células. Crodowaldo Pavan (1º./12/1919-) nasce em Campinas e passa a infância em Moji das Cruzes. Filho de um fabricante de porcelana, muda-se para São Paulo aos 11 anos para estudar, residindo na casa da avó paterna. Ingressa, em 1937, na Universidade de São Paulo, onde se forma em biologia pelo Instituto de Biociências e, mais tarde, doutoura-se em sua especialidade, a genética de populações. Essencial para entender a evolução, esse ramo da ciência combina a investigação dos genes de uma espécie com sua adaptação na natureza. Em 1945, faz pós-doutorado na Universidade de Columbia, nos Estados Unidos, trabalhando no laboratório do célebre geneticista Theodosius Dobzhansky. Nas duas décadas seguintes, volta diversas vezes aos Estados Unidos, onde colabora em pesquisas de diversas instituições. Passa um longo período na Universidade do Texas, entre 1968 e 1974. Já é então internacionalmente conhecido. Seus estudos sobre a mosca brasileira Rhynchosciara angelae - descoberta por ele em 1951 - são considerados a maior contribuição de um brasileiro para as operações dos genes dentro das células. A pesquisa reorientou a genética mundial, ao provar que os cromossomos não são constantes, ou seja, modificam-se. Pavan complementa esse esforço com a análise de genes e cromossomos de uma grande variedade de espécies exóticas, como os bagres cegos, habitantes de rios subterrâneos. Com isso, coloca-se entre os pioneiros da ecologia, contribuindo para a consolidação dessa área de pesquisa como uma nova ciência. A partir dos anos 80, recebe inúmeras condecorações. Dedica-se a pesquisas no Instituto de Ciências Biomédicasda USP, e estuda as bactérias fixadoras de nitrogênio com o intuito de purificar e selecionar, no mínimo, 40 tipos de bactérias. Atualmente, preside a Associação Brasileira de Divulgação Científica.
publicado por LUCIANO às 10:33
Sexta-feira, 29 DE Fevereiro DE 2008

JOHAN CRUYFF

Ninguém mudou tanto a forma de jogar futebol como Cruyff, o homem que transformou a então modesta Holanda numa potência mundial. Cruyff ( 25/4/1947-) nasce em Amsterdã, Holanda. A mãe o colocou para jogar no Ajax de Amsterdã aos 13 anos e aos 16 já assinava seu primeiro contrato profissional. No jogo de estréia entre os adultos, fez um gol e não saiu mais do time. Aos 19, debutava na Seleção num jogo contra a Hungria, fazendo o gol de empate holandês aos 48 minutos do segundo tempo. Ele foi um revolucionário, um homem que não acreditava no futebol de funções específicas, o único que se conhecia até então. Ele tinha fome de jogo, queria mais do que ficar no centro do ataque esperando a bola chegar. Ia lá atrás, queria marcar o adversário e tirar-lhe a bola e tinha todas as condições de fazer isso: sabia marcar, tinha um fôlego invejável, era exímio no controle de bola em velocidade. Num instante ele alterava o ritmo, cortava para um lado ou para outro, passava a bola e já estava lá na frente para receber. Capaz de chutes longos e certeiros, giros em pequenos espaços, driblava com facilidade, sempre para a frente. Conseguia chegar à área adversária e mostrava ser bom cabeceador e artilheiro. Ninguém via o jogo como ele. Não pensava duas vezes em orientar os companheiros. Coube a Rinus Michels, técnico do Ajax, fazer com que todos começassem a entrar no espírito, exercendo variadas funções em rodízio dentro de campo. Essa tática revolucionária transforma o time holandês no maior da Europa e quando transposta para a Seleção transforma o mundo do futebol. Está criado o Carrossel Holandês. Em 1973, Cruyff deixa o Ajax para jogar no Barcelona, na mais cara negociação da história até então. Paga o investimento sendo o melhor jogador do Campeonato Espanhol de 1974 e seu time catalão como campeão, colocando fim em um jejum de 14 anos. No mesmo ano, leva a Seleção à Copa do Mundo, depois de 20 anos de ausência, e termina vice-campeão mundial. Ganha a Bola de Ouro de melhor jogador da Europa em 1971, repete o feito em 1973 e 1974, ficando em terceiro lugar em 1975. Foi o Esportista da Holanda em 1971, 1973 e 1974.O capitão holandês tinha um gênio difícil. "Nunca na minha vida aceitei uma ordem", garante ele até hoje, com indisfarçável orgulho. Brigou várias vezes com os dirigentes de seu país e acabou abandonando a Seleção pouco antes da Copa de 1978. Cansado de ser perseguido com violência nos gramados espanhóis, onde chegou a ter uma perna quebrada, Cruyff deixa o Barcelona para duas temporadas nos Estados Unidos. Acaba voltando para a Holanda, onde joga até os 37 anos, sendo apontado como o melhor jogador do país em 1983 e 1984. Encerrada a carreira, Cruyff se torna um técnico de sucesso em dois de seus principais ex-times. Ganha um título holandês pelo Ajax e vai para o Barcelona. Com a equipe catalã, ganha dois títulos espanhóis, uma Copa do Rei e uma Copa dos Campeões, quebrando ainda o recorde de permanência de um técnico no clube: nove anos. Sua personalidade forte provocou inúmeros atritos com jogadores como Romário e Stoichkov, que acabou afastado do clube por ordem de Cruyff. Teve ainda um infarto, que lhe custou uma cirurgia para a implantação de pontes de safena no coração. Hoje o holandês leva uma vida mais tranqüila. Não está dirigindo equipe alguma, apenas cuida de seus negócios e trabalha esporadicamente como comentarista.
publicado por LUCIANO às 10:30
Sexta-feira, 29 DE Fevereiro DE 2008

CZESLAW MILOSZ


Escritor, tradutor e crítico polonês, naturalizado norte-americano (30/6/1911). Prêmio Nobel de Literatura de 1980. Nasce na cidade de Sateiniai, Lituânia. Filho de um engenheiro civil, completa os estudos em Wilno (atual Vilnius, Lituânia), então território polonês. Aos 21 anos publica o primeiro livro de poesias, Poemat o Czasie Zastyglym (Poemas do Tempo Congelado). De tendências socialistas, integra o grupo de poetas "catastrofistas", assim conhecidos por suas previsões de iminentes desastres mundiais. Participa ativamente da Resistência durante a ocupação nazista na Polônia, época na qual edita, escreve e traduz diversos textos clandestinos, dos quais o mais conhecido é Pieshn Niepodlegla (Canção Invencível, 1942). Com o final da II Guerra Mundial, sua coletânea de poesias Ocalenie (Resgate, 1945) é um dos primeiros livros publicados na Polônia comunista. Pelos serviços prestados é recompensado pelo novo governo com os cargos de adido cultural em Washington e, logo em seguida, primeiro-secretário para assuntos culturais, em Paris. Descontente com os rumos da política em seu país, em 1951, Milosz solicita asilo na França e, nove anos mais tarde, emigra para os Estados Unidos. Ingressa na Universidade da Califórnia, em Berkeley, e naturaliza-se em 1970. Entre suas obras estão Prywatne Obowiazki (Obrigações Privadas, 1972), The Collected Poems 1931-1987 (Poemas Reunidos, 1988) e Provinces (Províncias, 1993). Publica também A Book of Luminous Things (1996) e Captive Mind (1997).
publicado por LUCIANO às 10:21
Sexta-feira, 29 DE Fevereiro DE 2008

DALAI LAMA TENZIN GYATSO


Líder espiritual do Tibet. Autoridade máxima do budismo tibetano. Os dalai-lamas são tidos como reencarnações do príncipe Cherezig – o Avalokitesvara, portador do lótus branco, que representa a compaixão. Nasce em uma família de agricultores na aldeia de Takster, no leste do Tibet, com o nome de Lhamo Thondup. É reconhecido como dalai-lama Tenzin Gyatso aos 2 anos. De acordo com os monges tibetanos, é a 14ª reencarnação do príncipe Cherezig. Separado da família aos 4 anos, muda-se para o Palácio de Potala, em Lhasa, e é nomeado líder espiritual do Tibet. Com o nome de Jampel Ngawang Lobsang Yeshe Tenzin Gyatso, começa desde então a rigorosa preparação para dalai-lama, que inclui o estudo do budismo, de história e de filosofia. Assume o poder político em 1950, ano em que o Tibet é ocupado pela China. Em 1959, depois de liderar uma rebelião nacionalista contra o governo chinês sem sucesso, exila-se na Índia, onde permanece até hoje. É o pai espiritual de milhares de tibetanos e Prêmio Nobel da Paz de 1989, por sua campanha pacifista contra a dominação chinesa no Tibete. Conferencista e escritor, o Dalai Lama faz freqüentes viagens pelo mundo e tem mais de 30 livros publicados em diversos idiomas. A Arte da Felicidade, Contos Populares do Tibete, A Arte de Lidar com a Raiva e Amor, Verdade, Felicidade: Reflexões para Transformar a Mente são alguns dos 19 títulos disponíveis em português no Brasil, onde já vendeu 400 mil livros.



publicado por LUCIANO às 07:22
Sexta-feira, 29 DE Fevereiro DE 2008

D'ALAMBERT


Matemático, filósofo e escritor francês (17/11/1717-29/10/1783). Famoso pela edição da Encyclopédie francesa, com Denis Diderot. Nasce em Paris, Jean Le Rond d’Alembert e estuda direito. Conclui o curso em 1738, mas não exerce a profissão, preferindo dedicar-se aos estudos de matemática. Estuda também hidrodinâmica, mecânica dos corpos rígidos e astronomia. Publica Tratado de Dinâmica, em 1743, para explicar o princípio de que "a toda ação corresponde uma reação proporcional", desenvolvendo a teoria da dinâmica newtoniana. Torna-se membro da Academia de Ciências francesa em 1741 e entra para a Academia de Ciências de Berlim três anos depois. Em 1752 lança o ensaio Nova Teoria sobre a Resistência dos Fluidos, no qual considera o ar um fluido composto de pequenas partículas. Transforma-se em importante colaborador da Encyclopédie a partir do mesmo ano, com artigos em diversos volumes da obra. Participa ativamente do meio social integrado por filósofos, escritores e pensadores. Defende perante eles a crítica dos velhos dogmas em nome da ciência, na sua opinião a verdadeira fonte de conhecimento para o homem. Morre em Paris.


publicado por LUCIANO às 07:20
Sexta-feira, 29 DE Fevereiro DE 2008

DALTON TREVISAN

Contista paranaense. Seus contos revelam personagens que compõem o lado humano e o grotesco da vida urbana. Dalton Trevisan (14/6/1925-) nasce em Curitiba, cidade que ambienta a maioria de suas histórias. Formado pela Faculdade de Direito do Paraná, lança em 1945 sua primeira coletânea de contos, Sonata ao Luar. Lidera o grupo literário que funda a revista Joaquim (1946-1948), cujo título pretende homenagear todos os Joaquins do Brasil. A publicação, que representa a segunda fase do modernismo no Paraná, veicula alguns de seus primeiros trabalhos de ficção. O segundo livro, Sete Anos de Pastor, é editado em 1948 sob a forma de folhetos populares. A partir dos anos 50, o escritor não pára de ampliar sua galeria de personagens urbanos, com os quais retrata, em linguagem popular, as tramas psicológicas e os costumes de Curitiba. Vive até hoje na cidade, onde atua também como advogado e na administração de sua fábrica de objetos de vidro. Entre seus trabalhos se destacam Cemitério de Elefantes (1964), O Vampiro de Curitiba (1965), A Guerra Conjugal (1966), Crimes da Paixão (1978) e Lincha Tarado (1980). Seu livro Ah É? (1994) é recebido pela crítica como obra-prima do estilo minimalista. Recluso em sua casa em Curitiba, avesso a entrevistas e aparições públicas, lança em 2002 o livro Pico na Veia, uma coletânea de 205 contos, premiado em 2003, junto com Nove Noites, de Bernardo Carvalho, com o prêmio Portugal Telecom de Literatura Brasileira. Em 2003 publica Capitu Sou Eu, e, em 2004, Arara Bêbada.




publicado por LUCIANO às 07:18
Sexta-feira, 29 DE Fevereiro DE 2008

DANTE ALIGHIERI


Poeta italiano (entre 15/5 e 15/6/1265-14/9/1321). Considerado o precursor da literatura de seu país por ter sido o primeiro autor a escrever uma obra – A Divina Comédia – em italiano e não em latim. Nasce em Florença e, por motivos políticos, com pouco mais de 30 anos de idade é banido e condenado à morte. Vive exilado em várias cidades italianas até morrer, em Ravena. Ainda jovem, escreve Vita Nuova, experiência literária e filosófica dedicada a Beatrice Portinari, paixão platônica da mocidade que marcaria toda sua vida. O idealismo presente nessa obra influencia sua produção literária posterior. Entre 1305 e 1306 defende no tratado Sobre a Língua do Povo o uso do idioma italiano na poesia. É como escreve a A Divina Comédia, obra-prima da literatura italiana. O livro relata uma viagem imaginária pelo inferno e purgatório, guiada por Virgílio, e pelo paraíso, guiada por Beatrice, na qual Dante discute política, filosofia e teologia com amigos, inimigos e adversários, vivos ou mortos, numa alegoria do percurso do homem em busca de si mesmo.



publicado por LUCIANO às 07:16
Sexta-feira, 29 DE Fevereiro DE 2008

DARCY RIBEIRO


Antropólogo, romancista e político mineiro. Um dos principais intelectuais brasileiros, é o fundador da Universidade de Brasília. Darcy Ribeiro (26/10/1922 - 17/2/1997) nasce em Montes Claros. Forma-se pela Escola de Sociologia e Política da Universidade de São Paulo (USP) em 1946. No ano seguinte, como etnólogo do Serviço de Proteção ao Índio, passa períodos com várias tribos indígenas. Publica os livros Religião e Mitologia Kadiwéu (1950), Línguas e Culturas Indígenas do Brasil (1957), Arte Plumária dos Índios Kaapor (1957), este em colaboração com sua mulher, Berta Ribeiro, e A Política Indigenista Brasileira (1962). É chefe da Casa Civil da Presidência da República entre 1963 e 1964. Com o golpe militar, foge para o Uruguai, onde vive por quatro anos. Volta definitivamente ao Brasil em 1974 e passa a participar da política carioca. Em 1982 elege-se vice-governador do Rio de Janeiro na chapa liderada por Leonel Brizola pelo Partido Democrático Trabalhista (PDT). Concorre ao governo estadual em 1986, mas é derrotado. Em 1990 elege-se senador pelo Rio. Escreve também romances como Maíra (1977), O Mulo (1981), Utopia Selvagem (1982) e Migo (1988). Morre em Brasília.



publicado por LUCIANO às 07:14
Sexta-feira, 29 DE Fevereiro DE 2008

D'AREZZO


Músico medieval italiano (990-1050). Sua teoria dá origem à moderna notação na música erudita ocidental. Nascido provavelmente em Arezzo, é educado na abadia beneditina de Pomposa, onde faz uso do tratado musical de Odo de Saint-Maur-des-Fossés. Por volta de 1025, deixa Pomposa porque seus colegas, monges, resistem às suas inovações musicais. É nomeado professor na escola da catedral pelo bispo de Arezzo e autorizado a escrever o Micrologus de Disciplina Artis Musicae, seu trabalho mais conhecido. Muda-se, provavelmente por volta de 1029, para o monastério de Camaldolese, em Avellana, onde ganha fama por seu método de ensino. Os fundamentos de sua teoria consistem na construção de um sistema de linhas, as pautas musicais, e no uso de letras como claves. Antes dele, a notação musical utilizava neumas, sinais que não indicavam a altura exata dos sons nem sua duração, mas apenas o movimento linear da melodia. Depois da notação de Guido, não é mais preciso decorar uma música para tocá-la. É creditada a ele a autoria de um hino em latim a São João Batista, Ut queant laxis, no qual a primeira sílaba de cada linha cai num tom diferente. Essas sílabas, ut, re, mi, fa, sol, la, si, são usadas hoje como o nome das notas musicais (o ut é substituído pelo dó).



tags:
publicado por LUCIANO às 07:12
Sexta-feira, 29 DE Fevereiro DE 2008

DARIO FO


Escritor italiano (24/3/1926-) Prêmio Nobel de Literatura de 1997, é um dos mais importantes autores de peças teatrais de seu país. Atua também como produtor, diretor, mímico, clown e caricaturista. Nasce na cidade de San Giano, na província de Varese, filho de um maquinista de trem e de uma camponesa. De família proletária, cresce cercado por tradições libertárias e antifascistas. Ainda adolescente, vai estudar em Milão e ingressa no curso de arquitetura da Escola Politécnica. Inicia-se no teatro e utiliza-se da farsa e da sátira para improvisar suas histórias em palcos de cabarés e pequenos teatros. Casa-se com a atriz Franca Rame e, em 1959, funda a Companhia Dario Fo-Franca Rame. Juntos, fazem pequenos quadros humorísticos no programa de TV Canzonissima e logo se tornam populares. Aos poucos, desenvolvem um teatro político que abusa da blasfêmia e da escatologia e se baseia na tradição da commedia dell''arte. Em 1968, o casal cria um novo grupo, o Nuova Scena, formado por integrantes do Partido Comunista italiano. No começo da década de 70, esse grupo origina o Collettivo Teatrale la Comune, realizando apresentações teatrais em fábricas, parques, ginásios esportivos e outros locais pouco convencionais. Dario Fo é autor de mais de 40 peças teatrais, entre as quais Morte Accidentale di un Anarchico (Morte Acidental de um Anarquista, 1974), Non Si Paga, Non Si Paga! (Não Pagamos? Não Pagamos, 1974), Tutta Casa, Letto e Chiesa (Toda Casa, Leito e Igreja, 1978), L'Uomo Nudo e L'Uomo in Frak (Um Estava Nu, o Outro, de Fraque, 1985) e Female Parts (Partes Femininas, 1981). Manual Mínimo do Ator (1998) é sua primeira obra depois da premiação com o Nobel. Mesmo sem ter sido escrito para o teatro, Manual Mínimo é adaptado pelo brasileiro Carlos Dimuro e apresentado ao próprio Dario Fo, em 1999, no Rio de Janeiro. No final de 2003, Dario Fo estréia L'anomalo bicefalo, corrosiva sátira política ao governo do primeiro-ministro Sílvio Berlusconi. A peça sofre várias tentativas de censura na Itália, e Fo é processado no início de 2004 por um senador partidário de Berlusconi, também satirizado na peça.



tags:
publicado por LUCIANO às 07:10
Sexta-feira, 29 DE Fevereiro DE 2008

DÁRIO, O GRANDE


Imperador persa (550 a.C.-486 a.C.). Um dos principais governantes do Império Persa, fundado por Ciro, o Grande. Assume o trono em 521 a.C., após derrotar a casta de sacerdotes que assumira o poder. Dá continuidade aos planos de hegemonia universal de Ciro. Em seu governo, o Império Persa atinge a extensão máxima, chegando até a Índia. Conquista a Trácia e a Macedônia, regiões contíguas à Grécia, mas fracassa na tentativa de submeter os gregos e é derrotado na Batalha de Maratona. Também como Ciro, procura respeitar a liberdade de culto religioso e os costumes dos povos dominados. Considerado um gênio administrativo, reestrutura o império, dividindo-o em 20 regiões denominadas satrapias, com relativa autonomia mas subordinadas ao poder central. Constrói estradas que ligam essas unidades administrativas a Susa, capital do reino, onde reside o soberano. A "estrada real" entre Sardes e Susa, por exemplo, tem 2,5 mil quilômetros de extensão. Realiza importantes obras arquitetônicas em Susa: restaura fortificações, constrói um enorme salão de audiências e um palácio residencial.



publicado por LUCIANO às 07:07
Sexta-feira, 29 DE Fevereiro DE 2008

DAVI YANOMAMI


Líder indígena ianomâmi. Conhecido por sua luta a favor da preservação do meio ambiente e da demarcação das terras ianomâmi. Davi Kopenawa Ianomâmi (1956-) nasce na área do rio Toototobi, em Roraima. Recebe o nome de Kopenawa, vespa na sua língua nativa, por ser um homem bravo. O prenome bíblico Davi lhe é dado, anos mais tarde, por um missionário que trabalha entre os ianomâmi e o ensina a falar o português e a escrever também em português. Na infância, perde quase todos os familiares em razão de sucessivas epidemias e invasões de terras por garimpeiros. A chacina de seu povo desperta sua desconfiança em relação aos homens brancos. Na década de 80 casa-se com a filha do chefe de sua aldeia, um respeitado líder espiritual que o inicia como xaperi, pajé que encarna os espíritos curadores. Em 1985 é convidado pela Fundação Nacional do Índio (Funai) para trabalhar como intérprete, função que exerce por dez anos. Desempenha papel importante nos primeiros contatos entre as equipes médicas e os ianomâmi. Com o assassinato de quatro índios da tribo, em 1987, sua luta pela preservação de seu povo e pela expulsão dos garimpeiros adquire projeção nacional e internacional. Em 1988 ganha o Prêmio Global 500, da Organização das Nações Unidas (ONU). No ano seguinte recebe na Suécia o Right Livelihood, considerado o Prêmio Nobel alternativo. Em 1991, os ianomâmi conseguem a demarcação de uma região com cerca de 9,4 milhões de hectares, onde vive uma população estimada de 10 mil índios. Em 1992 participa da ECO-92, no Rio de Janeiro, e representa os índios da Amazônia na ONU durante as comemorações do Ano Internacional dos Povos Indígenas. Na Europa, em 1996, divulga as dificuldades de sobrevivência dos ianomâmi e tenta arrecadar fundos para a implantação de projetos de combate à destruição de seu povo. Em 1999 é condecorado com a Ordem do Rio Branco, uma das mais importantes comendas nacionais.



publicado por LUCIANO às 07:05
Sexta-feira, 29 DE Fevereiro DE 2008

DAVID GRIFFITH


Cineasta norte-americano (22/1/1875-23/7/1948), realizador do primeiro longa-metragem produzido nos Estados Unidos (EUA), Nascimento de uma Nação (1915). David Wark Griffith nasce em La Grange, Kentucky, filho de um coronel sulista arruinado pela Guerra Civil Americana. Trabalha como balconista e jornalista antes de ingressar no cinema. Admirador do escritor Edgar Allan Poe, também escreve poesias. Começa a dirigir filmes em 1908. Realiza os dois clássicos iniciais do cinema norte-americano. O primeiro, Nascimento de uma Nação, inventa a linguagem cinematográfica com o uso do close dramático, do suspense e dos movimentos de câmera. O filme mostra a Guerra Civil Americana de um ponto de vista favorável ao sul. Griffith exalta a Ku Klux Klan e condena as manobras de negros aliados a políticos brancos. O filme é tão criticado pelo público que, em algumas cidades, há conflitos durante a projeção. O segundo trabalho mais importante, Intolerância (1916), é uma ousada experiência de montagem de histórias paralelas. Com um custo de 2 milhões de dólares, anormal para a época, transforma-se em um desastre financeiro do qual Griffith leva vários anos para se recuperar. Em 1919, o cineasta funda a United Artists, produtora e distribuidora de filmes, com os atores Charles Chaplin, Mary Pickford e Douglas Fairbanks. Dirige mais de 300 filmes, mas apenas alguns fazem sucesso.



publicado por LUCIANO às 06:59
Sexta-feira, 29 DE Fevereiro DE 2008

DAVID HUME


Filósofo e historiador escocês (7/5/1711-25/8/1776). Pensador do empirismo, desaconselha a adoção pelas ciências humanas de hipóteses que não possam ser comprovadas pela experiência. Nasce em Edimburgo, de família nobre, mas modesta. Estuda direito na universidade local, porém não segue a carreira tradicional entre os homens de sua família tanto do lado materno quanto do paterno. Prefere dedicar-se às letras. Entre 1734 e 1737, vive na França e escreve as duas partes de seu primeiro trabalho importante: Tratado sobre a Natureza Humana. Concluído dois anos depois em Londres, o ensaio não obtém a repercussão esperada. Continua a escrever e publica Ensaios de Moral e Política em 1741. Candidata-se, em seguida, à cátedra de ética na Universidade de Edimburgo. Recusado, passa a exercer cargos diplomáticos e volta à França, indo a seguir para a Alemanha, a Holanda e a Itália. Nesse percurso, entra em contato com os principais intelectuais da época e escreve mais duas obras: Discursos Políticos e Diálogos sobre a Religião Natural, publicado após sua morte, e A História da Inglaterra (1754-1762). É grande sua influência sobre Immanuel Kant e os positivistas, bem como na formação do pensamento liberal clássico. Morre em Edimburgo, para onde havia retornado em 1769.



publicado por LUCIANO às 06:57
Sexta-feira, 29 DE Fevereiro DE 2008

DAVID LIVINGSTONE


Missionário e explorador escocês (19/3/1813-1º/5/1873). Nasce na cidade de Lanarkshire, de família pobre. Em 1834, diante dos apelos da Igreja Presbiteriana, que quer mandar missionários para a China, decide preparar-se para assumir a função. Estuda grego, teologia e medicina. É aceito na Sociedade Missionária de Londres em 1838, mas a China está sacudida pelos conflitos da Guerra do Ópio, o que o impede de viajar. Em vez disso, é convencido a trabalhar na África. Em 1841 desembarca na Cidade do Cabo, na África do Sul. Passa os 15 anos seguintes percorrendo o interior africano, onde faz várias descobertas geográficas, entre elas o rio Zambezi, na Zâmbia (ex-Rodésia do Norte), e as cataratas Vitória, no atual Zimbábue (ex-Rodésia do Sul). Suas descobertas vão sendo incorporadas ao domínio britânico. Quando volta à Inglaterra, em 1856, é visto como herói nacional. Retorna à África dois anos depois, em nova expedição. Nessa terceira investida, chega ao lago Tanganica em 1869. Com a saúde debilitada por doenças tropicais, morre durante suas orações, em Chitambo (atual Zâmbia). O corpo é embalsamado e, quase um ano depois, enterrado na Abadia de Westminster, em 18 de abril de 1874.



publicado por LUCIANO às 06:55
Sexta-feira, 29 DE Fevereiro DE 2008

DAVID RICARDO


Economista inglês (4/1772-11/9/1823). Autor da teoria do trabalho como valor, é um dos fundadores da ciência econômica. Nasce em Londres, filho de judeus holandeses. Deixa a escola aos 14 anos para trabalhar com o pai como corretor na bolsa de valores, atividade que lhe rende prestígio profissional. Aos 21 anos, converte-se ao protestantismo e rompe com a família para casar-se com uma jovem quacker. Trabalha por conta na bolsa de valores e fica rico, o que lhe permite dedicar-se à leitura, principalmente de textos sobre matemática, química e geologia. Influenciado pelas idéias do economista inglês Adam Smith, aprofunda o estudo das questões monetárias. Em Princípios de Economia Política e Tributação (1817), expõe suas principais teses. Defende a livre competição no comércio internacional, com a especialização dos países na produção de determinados bens, o que beneficiaria compradores e vendedores. Sua teoria do trabalho, pela qual o valor de um bem é determinado de acordo com o trabalho necessário a sua produção, é considerada a contribuição mais importante para a ciência que criou. Elege-se em 1819 para o parlamento, no qual defende projetos liberais e reformistas. Morre em Londres.



publicado por LUCIANO às 06:53
Sexta-feira, 29 DE Fevereiro DE 2008

DAVID TRIMBLE

Político protestante norte-irlandês (15/10/1944-). Nascido em Bangor, ao sul de Belfast, filho de funcionário público, estuda em bons colégios e forma-se em direito. No final dos anos 60, a Irlanda do Norte (ou Ulster) sofre com a guerra civil entre a minoria católica – que deseja integrar-se à República da Irlanda, separada do Ulster em 1949 – e a maioria protestante, que prefere continuar parte do Reino Unido. O conflito é acirrado pela atuação do Exército Republicano Irlandês (IRA), grupo terrorista defensor do rompimento com Londres. O governo britânico intervém militarmente no Ulster em 1972. Na época, Trimble entra para o movimento Vanguarda Ulster, favorável à permanência da região como província britânica. Durante os anos 70 e 80, opõe-se às tentativas de pacificação entre católicos e protestantes. No início da década de 90, assume uma vaga no Parlamento irlandês. Surpreende a todos quando, em 1995, é eleito para liderar o Partido Unionista do Ulster (UUP) e passa a defender a divisão do poder com a minoria católica, com a qual inicia negociações. Em abril de 1998, assina com o líder católico John Hume um acordo de paz, referendado pelo Reino Unido e pela República da Irlanda e aprovado por 70% da população. Recebe o Prêmio Nobel da Paz junto com Hume. No mesmo ano, nas eleições parlamentares, elege-se primeiro-ministro da provícia, em um governo de coalizão entre unionistas e nacionalistas. O acordo, contudo, é atrapalhado em 1999 por diversos atentados do IRA. Em julho de 2001 Trimble pede demissão do cargo de chefe do Executivo provincial em protesto pela recusa de desarmamento do IRA. Quando o acordo está quase em colapso, o IRA retoma as negociações, e Trimble é reeleito premiê em novembro do mesmo ano. Em 2002, depois de nova crise envolvendo unionistas e o Sinn Féin, a representação política do IRA, os acordos são novamente congelados e o Reino Unido suspende a Assembléia da Irlanda do Norte, reassumindo o controle direto sobre a Irlanda do Norte.



publicado por LUCIANO às 06:51
Sexta-feira, 29 DE Fevereiro DE 2008

DE CHIRICO


Pintor italiano nascido na Grécia (10/7/1888-20/11/1978). Expoente da pintura surrealista. Giorgio de Chirico nasce em Vólos, na região grega da Tessália, onde seu pai trabalhava. Com a morte deste, vai para a Alemanha. Em 1906 começa a estudar na Academia de Arte de Munique, em que sofre influência da pintura de Arnold Böcklin e da filosofia de Nietzsche. Em 1910, em Florença, pinta O Enigma do Oráculo, tela que transmite a sensação de mistério, com longas sombras e praças vazias. Muda-se para Paris em 1911 e ganha a admiração de Pablo Picasso e do poeta Guillaume Apollinaire. Este último chama de pintura metafísica o estilo insólito de Giorgio de Chirico. Duas obras dessa fase são The Soothsayer''s Recompense (A Recompensa do Adivinho, 1913) e O Mistério e Melancolia de uma Rua (1914). A partir de 1915, em Ferrara, na Itália, o artista inicia um período de cores mais claras, como em Grande Metafísica Interior (1917). De volta a Paris, participa da primeira exposição do grupo surrealista, em 1925. Mas, a partir de 1930, rompe com o passado modernista e surrealista, desenvolvendo um estilo acadêmico e pintando auto-retratos de enormes dimensões. Morre em Roma.



publicado por LUCIANO às 06:49
Sexta-feira, 29 DE Fevereiro DE 2008

DÉCIO DE ALMEIDA PRADO


Crítico, professor e ensaísta paulista. Um dos mais importantes críticos de teatro brasileiro. Décio de Almeida Prado (14/8/1917-3/2/2000) nasce na cidade de São Paulo. Começa a freqüentar teatro aos 10 anos, levado pelo pai. Forma-se em filosofia, em 1938, e em direito, em 1941, ambos pela Universidade de São Paulo (USP). Ainda como estudante começa a fazer teatro amador. Viaja para a França em 1939, onde tem contato com a corrente denominada Renovação Teatral, que questiona a linguagem do teatro centrada na figura do ator. Dois anos depois colabora na recém-criada revista Clima como crítico de teatro ao lado de Antonio Cândido, Paulo Emílio Salles Gomes e Lourival Gomes Machado, com quem funda o Grupo Universitário de Teatro (GUT). Em 1947 é um dos fundadores do Teatro Brasileiro de Comédia e da Escola de Arte Dramática, em 1948, formada pela junção do GUT com o Grupo Experimental de Teatro. Em 1946 estréia como crítico de teatro no jornal O Estado de S. Paulo, no qual dirige o Suplemento de Teatro de 1956 a 1968. Com suas críticas influencia a renovação na arte dramática nacional e ajuda a firmar São Paulo como um novo pólo cultural. Nesse mesmo ano participa de um episódio polêmico em que ganhadores do Prêmio Saci, instituído pelo jornal, devolvem o troféu em repúdio a um editorial que defende a censura. Prado decide não mais colaborar com o jornal e abandona a atividade de crítico. Passa, então, a dedicar-se à carreira acadêmica na USP, onde é criador e titular da cadeira de Teatro Brasileiro. Na década de 90 deixa a atividade de ensaísta após a morte de Ruth, sua mulher desde 1941. Entre seus livros se destacam 00 (1956), Exercício Findo (1987) e História Concisa do Teatro Brasileiro (1999). Morre em São Paulo.



publicado por LUCIANO às 06:47
Sexta-feira, 29 DE Fevereiro DE 2008

DELFIM MOREIRA


Político mineiro. Presidente da República de novembro de 1918 a julho de 1919, em substituição a Rodrigues Alves. Delfim Moreira da Costa Ribeiro (7/11/1868 - 10/6/1920) nasce no município de Cristina e estuda no seminário de Mariana. Pertence à geração dos republicanos históricos, formados em 1890 na Faculdade de Direito de São Paulo. Começa a carreira como promotor público nas cidades mineiras de Santa Rita do Sapucaí e Pouso Alegre. Ingressa na política como vereador e, em seguida, elege-se deputado estadual (1894-1902). No governo de Francisco Antônio Sales, assume a secretaria do Interior de seu estado. Chega à Câmara Federal em 1908, mas renuncia no ano seguinte para voltar à secretaria. De 1914 a 1918 ocupa o cargo de presidente (o equivalente a governador) de Minas Gerais. Eleito vice-presidente da República para o mandato 1918-1922, chega à Presidência em novembro de 1918 no lugar do titular, Rodrigues Alves, vítima da gripe espanhola. Com a morte de Rodrigues Alves, em janeiro do ano seguinte, Delfim Moreira assume o cargo, mas, também com problemas de saúde, delega a maioria de suas funções ao titular da pasta da Viação, Francisco de Melo Franco. Em maio, Delfim Moreira preside as eleições para a escolha de um novo mandatário. Dois meses depois entrega o governo a Epitácio Pessoa, então chefe da delegação do Brasil na conferência de paz de Versalhes, que põe fim à I Guerra Mundial. Sua eleição para a Presidência dá continuidade à república do café-com-leite, pela qual São Paulo e Minas Gerais garantiam para seus políticos, alternadamente, o exercício da Presidência da República. Morre em Santa Rita do Sapucaí.



publicado por LUCIANO às 06:45
Sexta-feira, 29 DE Fevereiro DE 2008

DELFIM NETTO

Economista e político paulista. Condutor do chamado milagre brasileiro, política de desenvolvimento econômico no período de 1967 a 1974. Antônio Delfim Netto (1º/5/1928-) nasce em São Paulo, em uma família de origem italiana. Perde o pai ainda criança e começa a trabalhar aos 14 anos como contínuo. Entra no curso de economia da Universidade de São Paulo (USP) em 1948 e, logo depois de formado, inicia uma carreira acadêmica no cargo de professor assistente. Em 1958, torna-se professor catedrático da USP. Ingressa na vida pública em 1959, participando da equipe de planejamento do governador paulista Carvalho Pinto. Em 1967, assume o Ministério da Fazenda do governo Costa e Silva e dá início ao "milagre brasileiro", como é chamado o período até 1974, em que o PIB nacional salta de 4,8% para 14%. Para promover tal crescimento, reduz os gastos do governo, corta o crédito, congela os salários e aumenta as tarifas públicas, além de conceder incentivos às exportações e ao investimento estrangeiro no país. Deixa o ministério para dirigir a embaixada brasileira na França, de 1974 até 1978. Nesse ano, é acusado de falsificar o índice de inflação de 1973, reduzindo-o de 24,8% para 14%, por uma CPI que investiga a política salarial. Em março de 1979, torna-se ministro da Agricultura de João Figueiredo e, cinco meses depois, secretário de Planejamento da Presidência. Chefia esse órgão até 1985, ano em que renegocia a dívida externa do país com o Fundo Monetário Internacional e credores. Inicia a carreira parlamentar elegendo-se deputado federal pelo Partido Democrático Social em 1986. Reelege-se em 1990, 1994 e 1998. Em 2002, ganha novo mandato no Congresso nacional pelo PPB, atual PP.



publicado por LUCIANO às 06:42
Sexta-feira, 29 DE Fevereiro DE 2008

DELMIRO GOUVEIA

Industrial cearense. Pioneiro da industrialização do Nordeste brasileiro. Delmiro Augusto da Cruz Gouveia (5/6/1863-10/10/1917) nasce na fazenda Boa Vista, no município de Ipu. Aos 4 anos perde o pai, Delmiro Porfírio de Farias, que morre em luta na Guerra do Paraguai. Ainda criança se muda com a família para Goiana e depois para o Recife, em Pernambuco. Sem instrução nem dinheiro, começa a trabalhar aos 15 anos como bilheteiro na estação de trem de Olinda. Aos 18, emprega-se na alfândega e depois trabalha no comércio de couro. Em 1891, em sociedade com o amigo José Clemente Levy, funda sua primeira empresa, a Levy & Delmiro, especializada na comercialização de peles. Aos 35 anos já era considerado o rei dos couros do Nordeste. Em 1899 constrói o mercado Derby, primeiro estabelecimento comercial do Recife a ter energia elétrica. O mercado é incendiado um ano depois e Delmiro abre falência. Aos 39 anos e separado da primeira esposa, é acusado de seduzir uma afilhada do governador, de 16, e foge com ela para Água Branca, no sertão alagoano, onde reconstrói seu império. Em 1903 transfere-se para a Vila da Pedra (desde 1952 rebatizada Delmiro Gouveia) e decide construir a usina Hidrelétrica de Angi-quinhos, na Cachoeira de Paulo Afonso. Em 1914 inaugura a Companhia Agro Fabril Mercantil, desafiando o monopólio do setor de linhas de costura, em poder dos ingleses da Machine Cotton (Linhas Corrente). Morre assassinado com três tiros à queima-roupa. Após 12 anos de sua morte, seus herdeiros aceitam a proposta de compra da Machine Cotton.


publicado por LUCIANO às 06:40
Sexta-feira, 29 DE Fevereiro DE 2008

DEMÓCRITO


Filósofo grego (460 a.C.-370 a.C.). Autor da teoria de que o Universo é formado por partículas indivisíveis: os átomos. Nasce provavelmente em Abdera, cidade onde mora por vários anos e onde desfruta razoável prestígio. Embora sejam raros os registros sobre sua vida, é certo ter sido reconhecido como um dos pensadores mais cultos de seu tempo. Parece ter viajado muito e sabe-se que escreveu inúmeros trabalhos de física, matemática, ética e música, entre outros, dos quais só restam fragmentos esparsos. Sua doutrina física e cosmológica é elaborada com base em ensinamentos de seu mestre, Leucipo de Mileto. De acordo com Demócrito, os átomos, que em grego significa indivisível, são partículas bastante pequenas e homogêneas, diferindo entre si apenas na forma e na magnitude. Ele afirma ainda que os sentimentos, a percepção de cores e as sensações de sabores também são definidos pelo tamanho dos átomos. Os filósofos Epicuro e Lucrécio são seus principais seguidores.



publicado por LUCIANO às 06:38
Sexta-feira, 29 DE Fevereiro DE 2008

DENG XIAOPING


Líder comunista chinês (22/8/1904-19/2/1997). Nasce em Guangan e, aos 16 anos, vai estudar na França, onde adere ao Partido Comunista Chinês (PCCh). De 1925 a 1926, vive na União Soviética (URSS). De volta à China, organiza forças a favor de Mao Tsé-tung e participa, entre 1934 e 1935, da Longa Marcha, em que 90 mil comunistas se deslocam 9,6 mil quilômetros para o norte do país em protesto contra o governo de Chiang Kai-shek. Em 1949 é proclamada a República Popular da China, sob o comando de Mao Tsé-tung. Em 1954, Xiaoping torna-se secretário-geral do partido comunista e, no ano seguinte, passa a membro do Politburo – comitê central que define a política do partido. Em 1959, Mao é afastado do governo e Liu Shaoqi torna-se presidente do país, conservando Xiaoping na liderança do partido. Em 1966, quando Mao volta ao poder, Liu Shaoqi é destituído e Xiaoping é demitido e preso. Na década de 70, a ala moderada do PCCh reconquista posições e Deng Xiaoping volta ao Politburo. Torna-se a figura central do processo de implantação de uma economia socialista de mercado na China, introduzindo a abertura sem abandonar o regime de partido único. Realiza uma política de aproximação com o Japão e os Estados Unidos e, por isso, sofre a oposição dos membros da velha guarda. Em 1989 manda reprimir com violência as manifestações pró-democracia na praça da Paz Celestial, em Pequim, renunciando ao poder logo depois. Morre em 1997 em conseqüência de mal de Parkinson.



publicado por LUCIANO às 06:36
Sexta-feira, 29 DE Fevereiro DE 2008

DENIS DIDEROT


Filósofo francês (5/10/1713-30/6/1784). Idealizador da Encyclopédie francesa. Nasce em Langres, região leste da França, filho de um cuteleiro, e é educado por jesuítas. Estuda artes na Universidade de Paris e aprende direito com um mestre particular. Também se dedica ao estudo de línguas, filosofia e literatura até 1745, quando o editor André LeBreton lhe pede para traduzir a obra Cyclopaedia, de Ephraim Chambers. Diderot muda a natureza do projeto, criando a Encyclopédie, que significa enciclopédia. De 1551 a 1772, reúne o matemático francês D’Alembert e a nata da intelectualidade francesa para escrever sobre as tendências das artes e das ciências no século XVIII, sempre de um ponto de vista racional. Síntese do iluminismo, a Encyclopédie desenvolve o cenário necessário à eclosão dos ideais pregados na Revolução Francesa. Em 1746 publica Pensamentos Filosóficos, em que combate idéias cristãs. Dois anos depois, como outros autores da época, escreve As Jóias Indiscretas, livro carregado de erotismo. Em 1748 é preso por causa de Carta sobre os Cegos para Uso dos Que Vêem, em que nega a fé religiosa. Em 1755 conhece Sophie Volland, com quem se relaciona e se corresponde intensamente (1759-1774). Morre em Paris.



publicado por LUCIANO às 06:34
Sexta-feira, 29 DE Fevereiro DE 2008

DERCY GONÇALVES

Atriz fluminense. Uma das principais estrelas da era do teatro de revista, é a comediante brasileira com a mais longa carreira na mídia. Dolores Costa Bastos (23/6/1907-) nasce em Santa Maria Madalena, no Rio de Janeiro. Filha de alfaiate, vive uma infância muito pobre. Rebelde e apaixonada pelo teatro, não completa os estudos e decide sair de casa em 1929, acompanhada de Eugenio Pascoal, cantor da companhia de teatro Maria Castro. Com ele forma a dupla Os Pascoalinos e estréia com grande sucesso nos palcos de Niterói, com o espetáculo Minha Terra. Ao contrair tuberculose, passa seis meses internada em Santos Dumont (MG), onde conhece Ademar Martins, pai de sua única filha, Decimar. Em 1936, chega ao Rio de Janeiro, onde ingressa no elenco de um circo na Praça Afonso Pena. Ao cantar e fazer imitações dos grandes astros do rádio, descobre o talento para a comédia e aceita o convite do compositor Custódio Mesquita para ser vedete no teatro de revista, em que atua nos espetáculos As Filhas de Eva e Do Que Elas Gostam, que lotam durante meses o Teatro República. Casa-se em 1942 com Danilo Bastos, jornalista e publicitário, e, no ano seguinte, estréia no filme Samba em Berlim, de Luís Barros. Nessa época conhece o empresário Walter Pinto, que passa a gerenciar sua carreira. Nas décadas de 40 e 50, sua trajetória profissional chega ao auge, com participações em filmes, como Absolutamente Certo (1957), de Anselmo Duarte, e em peças, como Dorotéria (1956), de Nélson Rodrigues. A carreira na televisão começa em 1961, na TV Excelsior, marcada por seu jeito debochado de contar piadas e histórias. Assina contrato com a TV Globo em 1965 e, no ano seguinte, estréia o programa dominical Dercy de Verdade, que seria tirado do ar pela censura anos depois. A partir dos anos 70, trabalha no teatro, em São Paulo, e participa também de programas e novelas na televisão, como Cavalo Amarelo (1980) e Que Rei Sou Eu? (1989). Em 1999, assina contrato com o SBT para apresentar o programa humorístico Fala Dercy, que entra no ar em 2000. Em 2002, recebe do então presidente da República, Fernando Henrique Cardoso, uma placa comemorativa de seus 75 anos de carreira e 95 de vida.



publicado por LUCIANO às 06:32
Sexta-feira, 29 DE Fevereiro DE 2008

DEREK WALCOTT


Poeta e autor de peças teatrais santa-lucence (21/1/1930-). Prêmio Nobel de Literatura de 1992, sua obra é um retrato da cultura caribenha. Derek Alton Walcott nasce na cidade de Castries, na ilha de Santa Lúcia (Índias Ocidentais). Descendente de negros, alemães e ingleses, estuda na Universidade das Índias Ocidentais, na Jamaica. Começa a fazer poesia ainda na adolescência e, depois de formado, dá aula em colégios de Santa Lúcia e Granada. Também contribui com artigos para jornais de Trinidad e da Jamaica. Na década de 50, começa a escrever peças para o teatro, que são encenadas em Santa Lúcia. Entre 1958 e 1959, estuda teatro em Nova York. A partir dessa época divide o tempo entre Trinidad e Estados Unidos, tornando-se professor da Universidade de Boston. Seu primeiro livro de poesias, Green Night: Poems 1948-1960 (Noite Verde: Poemas 1948-1960), é publicado em 1962. Chama a atenção do público e da crítica pela maneira efusiva com a qual celebra a beleza natural das terras caribenhas. Nos livros seguintes, Selected Poems (Poemas Escolhidos, 1964), The Castaway (O Náufrago, 1965) e The Gulf (O Golfo, 1969), o poeta expressa a sensação de isolamento de alguém criado entre a orientação cultural européia e o folclore negro do Caribe. Escreve Sea Grapes (Uvas Marinhas, 1976), The Fortunate Traveler (O Viajante Afortunado, 1981), Midsummer (Meados de Verão, 1984) e Omeros (1990). Também é autor de mais de 30 peças, entre as quais se destacam Ti-Jean e Seus Irmãos (1958) e Pantomima (1978). Em setembro de 1994, lê algumas de suas histórias e lança essas gravações em CDs e fitas cassete pela internet. Seu trabalho mais recente é Tiepolo´s Hound, publicado em 2000. Em 2001, sua biografia é publicada por Bruce King com o título de Derek Walcott: a Caribbean Life.


publicado por LUCIANO às 06:29
Sexta-feira, 29 DE Fevereiro DE 2008

DESMOND TUTU


Religioso sul-africano (7/10/1931-). Nascido em Klerksdorp, no Transvaal, estuda na Escola Normal de Joahannesburgo e, em 1954, na Universidade da África do Sul. Depois de trabalhar como professor secundário, ordena-se sacerdote anglicano em 1960. De 1967 a 1972, estuda teologia na Inglaterra. Em 1975, é o primeiro negro a ser nomeado deão da catedral de Santa Maria, em Johannesburgo. Sagrado bispo, dirige a diocese de Lesoto de 1976 a 1978, ano em que se torna secretário-geral do Conselho das Igrejas da África do Sul. Sua proposta para a sociedade sul-africana inclui direitos civis iguais para todos; abolição das leis que limitam a circulação dos negros; um sistema educacional comum; e o fim das deportações forçadas de negros. Sua firme posição anti-apartheid – a política oficial de segregação racial – lhe vale, em 1984, o Prêmio Nobel da Paz. Recebe o título de doutor honoris causa de importantes universidades dos Estados Unidos (EUA), do Reino Unido e da Alemanha. Em 1996, preside a Comissão de Reconciliação e Verdade, destinada a promover a integração racial na África do Sul após a extinção do apartheid. Tem poderes para investigar, julgar e anistiar crimes contra os direitos humanos praticados na vigência do regime. Em 1997, divulga o relatório final da comissão, que acusa de violação dos direitos humanos tanto as autoridades do regime racista sul-africano como as organizações que lutavam contra o apartheid. Ainda no mesmo ano, anuncia que vai começar uma série de tratamentos nos Estados Unidos contra um câncer na próstata, mas continua em atividade na Comissão. Em 2000, curado da doença, volta ao seu país e reassume o trabalho como ativista pela paz, lançando no mesmo ano o livro No Future Without Forgiveness.



publicado por LUCIANO às 06:27
Sexta-feira, 29 DE Fevereiro DE 2008

DI CAVALCANTI


Pintor e caricaturista fluminense. Um dos primeiros artistas plásticos a representar temas nacionais – favelas, operários, soldados, marinheiros, festas populares. Emiliano Augusto Cavalcanti de Albuquerque Melo (6/9/1897 - 26/10/1976) nasce no Rio de Janeiro e estréia no Salão dos Humoristas em 1916. Em 1917 começa a pintar sob influência da art nouveau. É um dos idealizadores da Semana de Arte Moderna de 1922. No ano seguinte viaja para Paris, onde convive com grandes nomes da pintura, como Léger, Matisse e Picasso, diferenciando-se pelo emprego de cores quentes e vivas. Retorna ao Brasil em 1925 e passa a fazer desenhos para revistas. Na 1ª Bienal de São Paulo (1951) expõe como convidado especial e, na Bienal seguinte (1953), recebe o prêmio de melhor pintor nacional, ao lado de Alfredo Volpi. Na 2ª Bienal Interamericana de Arte, no México (1960), obtém sala especial e conquista a Medalha de Ouro. Ilustra livros, desenha jóias e tapetes e escreve os livros Viagem da Minha Vida (1955) e Reminiscências Líricas de um Perfeito Carioca (1964). É particularmente famoso pelos seus belos retratos de mulatas. Entre suas pinturas mais famosas estão Samba (1925), Cinco Moças de Guaratinguetá (1930), Mulata Sentada (1936), Ciganos (1940) e Cenas da Bahia (1960). Morre no Rio de Janeiro.



publicado por LUCIANO às 06:24
Sexta-feira, 29 DE Fevereiro DE 2008

DIAS GOMES

Novelista, escritor e dramaturgo baiano. Um dos mais consagrados teatrólogos e autores de telenovelas do Brasil. Alfredo de Freitas Dias Gomes (19/10/1922-18/5/1999) nasce em Salvador e escreve aos 15 anos sua primeira peça, A Comédia dos Moralistas, jamais levada aos palcos, porém premiada no Concurso do Serviço Nacional de Teatro em 1939. Sua primeira obra encenada, Pé de Cabra, de 1942, é montada por Procópio Ferreira e censurada pelo Estado Novo. Na década de 50 escreve radionovelas. Abandona o rádio em 1964, quando os militares invadem a Rádio Nacional com uma lista de subversivos que inclui seu nome. Entre suas peças teatrais, a mais célebre é O Pagador de Promessas (1959), com versão em 12 idiomas. Adaptada para o cinema em 1962, por Anselmo Duarte, ganha a Palma de Ouro no Festival de Cannes. Participa do Partido Comunista Brasileiro por 30 anos. Em 1965, a peça O Berço do Herói, mais tarde transformada em Roque Santeiro, é proibida no dia da primeira apresentação. Estréia na Globo em 1969, com a novela A Ponte dos Suspiros. Entre seus sucessos na TV estão a novela O Bem Amado (1973), que virou seriado entre 1980 e 1985, Roque Santeiro (1985/1986), Bandeira 2 (1971), O Espigão (1974) e Saramandaia (1976). Em 1983 perde a mulher, Janete Clair, também novelista, que sofria de câncer. Em 1991 é eleito membro da Academia Brasileira de Letras. Em 1995 passa por uma cirurgia para implantar pontes de safena. Morre em um acidente automobilístico em São Paulo.



publicado por LUCIANO às 06:22
Sexta-feira, 29 DE Fevereiro DE 2008

DIEGO RIVERA

FRIDA KAHLO E DIEGO RIVERA
Pintor mexicano (8/12/1886-25/11/1957). Um dos muralistas mais importantes de seu país. Nasce em Guanajuato e estuda na Academia de Belas-Artes de San Carlos até 1902, quando é expulso por participar de uma greve de estudantes. Reconhecido por seu talento em 1907, ganha uma bolsa do governo para estudar na Europa. Retorna ao México somente 14 anos depois, já famoso. A pedido de Álvaro Obregón, recém-eleito presidente da República, pinta murais na Escola Preparatória Nacional e no Ministério da Educação. Nos anos seguintes, desagrada a gregos e troianos com seu estilo, que mescla a propaganda revolucionária com os tons do simbolismo asteca e bizantino. O mural Homem na Encruzilhada (1933), feito para o Rockefeller Center de Nova York, é recusado porque um dos operários retratados tem o rosto muito parecido com o de Lênin. O pintor acaba remontando a obra no Palácio de Belas-Artes, na Cidade do México. Os representantes do lado oposto do espectro político, ou seja, os líderes do Partido Comunista Mexicano, recusam a parceria de Rivera na militância por ele não incorporar em sua pintura a estética do socialismo realista. Em 1929 casa-se com a artista plástica mexicana Frida Kahlo. Nesse mesmo ano, inicia o mural no qual pretende contar a história de seu país, a ser exposto no Palácio Nacional, que deixa inacabado ao morrer, 28 anos depois.



publicado por LUCIANO às 06:19
Sexta-feira, 29 DE Fevereiro DE 2008

DIEGO VELÁZQUEZ


Pintor espanhol, nascido em Sevilha. Diego Rodríguez de Silva y Velázquez (6/6/1599-6/8/1660) começa como discípulo de Francisco de Herrera el Viejo e como aprendiz de Francisco Pacheco, autor do tratado Arte de la Pintura (1649). Seus primeiros trabalhos possuem traços do naturalismo e exploram contrastes de luz e sombra. Em 1622 viaja para Madri para retratar o rei Felipe IV, feito que consegue um ano depois por intermédio do ministro real, o conde Olivares, que se torna seu protetor. É nomeado pintor da Corte. Une o realismo e a idealização de retratos e figuras feitas em tons claro-escuros que lembram a influência de Caravaggio. Em 1628 conhece Rubens e vai para a Itália, em 1629, estudar os mestres venezianos, como Tiziano e Tintoretto. Dessa época se destaca O Crucificado (1630-1631), de representação realista tipicamente espanhola. Em 1631 volta para Madri. Sua obra é dividida em cenas de gênero (As Fiandeiras, o primeiro quadro da história da arte dedicado ao trabalho, Forja de Vulcano, Os Bêbados, As Lanças, A Rendição de Brera); retratos (Caça Real de Filipe IV) e obras isoladas (Vênus ao Espelho). Em 1649 viaja para a Itália a fim de adquirir quadros para a coleção real. Retorna para a Espanha em 1651, onde produz os melhores trabalhos, entre os quais As Meninas (1656), ponto alto de seus quadros de Corte. Morre em Madri.



publicado por LUCIANO às 06:16
Sexta-feira, 29 DE Fevereiro DE 2008

DIOGO ANTÔNIO FEIJÓ


Padre e político paulista. É regente único do país entre 1835 e 1837, no período da Regência, entre o 1º e o 2º impérios. Diogo Antônio Feijó (3/8/1784-10/11/1843) nasce em São Paulo e ordena-se sacerdote da Igreja Católica em 1805. Em 1821 é eleito deputado para as Cortes Constitucionais, em Lisboa. Defensor de idéias separatistas, é perseguido pela Coroa portuguesa e refugia-se na Inglaterra. Volta ao Brasil após a independência. Deputado nas legislaturas 1826-1829 e 1830-1833, combina idéias liberais com práticas políticas conservadoras. Luta contra o absolutismo, a escravidão e o celibato clerical, mas chama os grupos liberais de "clubes de assassinos e anarquistas". Ocupa o Ministério da Justiça de 5 de julho de 1831 a 3 de agosto de 1832. Em 1833 é eleito senador e, dois anos depois, torna-se regente único do reino com o apoio dos chimangos - grupo liberal moderado, representante da aristocracia rural. Mantém o poder apoiado na Guarda Nacional, criada com a ajuda dos grandes fazendeiros, os quais, em troca, recebem a patente de coronel. Reprime as rebeliões dos setores urbanos que reivindicam a autonomia das províncias e as manifestações dos restauradores, que pregam o retorno do imperador dom Pedro I. Autoritário na condução do Estado e sem uma base de apoio própria, é obrigado a renunciar em 1837. Em 1842 participa da Revolução Liberal em São Paulo, mas é derrotado e preso. Libertado no ano seguinte, passa a viver em Vitória, no Espírito Santo. Pouco tempo depois, muito doente, volta para São Paulo, onde morre.



publicado por LUCIANO às 06:08
Sexta-feira, 29 DE Fevereiro DE 2008

DIOGO CÃO

Navegador e explorador português (?-1486). Nada se sabe a respeito de suas origens. Os primeiros registros de sua existência datam do início da década de 1480, quando o rei Afonso V encarrega o filho, príncipe João, de supervisionar o comércio entre Portugal e Guiné e de explorar a costa da África. Quando João assume o trono, com o nome de João II, ordena novas viagens de descobrimento para chegar até o extremo sul do continente africano. Os navegadores recebem pilares de pedra (padrões) para ser colocados em cada localidade, como marcas de posse da Coroa portuguesa. Um dos capitães da frota é Diogo Cão. Primeiro europeu a atingir a foz do rio Congo, em agosto de 1482, deixa ali um padrão e segue viagem até o cabo de Santa Maria, na costa de Angola; ali coloca a segunda marca do reino de João II. Volta a Lisboa em 1484, onde é recebido pelo rei, que o autoriza a desenhar dois pilares em seu brasão de armas, em reconhecimento pelos dois que deixara na costa africana. Na segunda viagem (1485-1486), chega até o cabo Cruz, na costa da Namíbia, de onde retorna a Portugal, após uma arriscada jornada. Desapontado por não atingir o oceano Índico, afasta-se da frota real. O local de sua morte é desconhecido.



publicado por LUCIANO às 05:59

pesquisar

 

Fevereiro 2008

D
S
T
Q
Q
S
S
1
2
3
4
5
6
7
8
9

comentários recentes

  • "Em Vigiar e Punir (1975), um de seus principais l...
  • "Pensador polêmico, cuja teoria põe em dúvida as t...
  • quando cipriano sai da cadeia pq ele decide ir par...
  • Acabei de ler "As Regras do Tagame":http://numadel...
  • Boa iniciativa, a de publicar biografias relevante...
  • O Barão de Cotegipe é um grande pers...
  • este é o escultor victor brecheret, não é aldo bon...
  • Para saberem mais sobre Ledoux sigam este link:htt...
  • Caro amigo, esta "biografia" do sr.Amador Aguiar e...
  • CIRO, O GRANDE!!!!!!!!!!!!WHITE PRIDE!!!!!!!!!!!!w...

Posts mais comentados

arquivos

blogs SAPO


Universidade de Aveiro