HÉCTOR BABENCO


Cineasta argentino naturalizado brasileiro. Único diretor do país a concorrer a um Oscar de melhor filme em inglês. Héctor Eduardo Babenco (7/2/1946-) nasce em Buenos Aires, filho de comerciantes judeus vindos da Polônia e da Federação Russa. Aos 8 anos, muda-se com a família para Mar del Plata e, aos 18, deixa a Argentina por se recusar a servir no Exército. Vive durante cinco anos entre a Espanha, a França e a Itália, fazendo serviços gerais (extras) e figurações em diversos filmes. Chega a trabalhar como lavador de pratos e pintor de paredes para sobreviver. Proibido de voltar a seu país, muda-se para São Paulo, em 1969, começa a dirigir documentários e, a seguir, monta sua própria produtora. Lança o primeiro filme, O Rei da Noite, em 1975. Seu segundo trabalho, Lúcio Flávio – Passageiro da Agonia, é recordista de bilheteria no Brasil em 1977. Em 1980 lança Pixote – A Lei do Mais Fraco, considerado o melhor filme estrangeiro exibido nos EUA em 1981, pelas Associações dos Críticos de Los Angeles e de Nova York, e terceiro melhor filme estrangeiro da década pela Associação Nacional de Críticos de Cinema dos Estados Unidos, depois de Ran (Akira Kurosawa) e Fanny Alexander (Ingmar Bergman). Em 1985, roda O Beijo da Mulher Aranha, com os diálogos em inglês. O filme recebe quatro indicações para o Oscar, inclusive a de melhor filme, e dá a William Hurt o Oscar e a Palma de Ouro do Festival de Cannes de melhor ator. Em 1987 lança Ironweed, indicado para o Oscar de 1988 nas categorias melhor ator (com Jack Nicholson) e melhor atriz (com Meryl Streep). Sua obra seguinte é Brincando nos Campos do Senhor. Em 1997, dois anos após sofrer um transplante de medula para combater um câncer no sistema linfático, leva às telas o filme autobiográfico Coração Iluminado. Em março de 2000, dirige no Brasil uma tradução da peça teatral inglesa Mais Perto. É naturalizado brasileiro e vive atualmente em São Paulo. Em 2001, O Beijo da Mulher Aranha é relançado nos Estados Unidos. Seu mais recente trabalho é Carandiru, rodado em 2002 no presídio do Carandiru, em São Paulo, e lançado no ano seguinte. Baseado no best seller Estação Carandiru, do médico e escritor Dráuzio Varella, o filme levou aos cinemas um público de cerca de 4,6 milhões de pessoas.


publicado por LUCIANO às 13:50