ALFREDO STROESSNER


Militar e político paraguaio (3/11/1912). Nasce em Encarnación, filho de um imigrante alemão. Cursa a Escola Militar de Assunção e inicia a carreira em 1932. No posto de subtenente, luta contra a Bolívia na Guerra do Chaco (1932-1935), ao fim da qual o Paraguai conquista três quartos do território em disputa, rico em petróleo. Stroessner sobe na hierarquia militar e torna-se comandante-chefe do Exército em 1951. Três anos mais tarde, lidera um golpe contra o presidente Federico Chávez, apoiado pela direitista Associação Nacional Republicana (Partido Colorado). Assume a Presidência depois de uma eleição em que se apresenta como candidato único e instala um regime ditatorial; reelege-se por sete vezes consecutivas. Reprime rebeliões de oposição em 1959 e em 1964. Reduz a inflação, estabiliza o câmbio e investe em obras públicas, construindo escolas e hospitais. Ao mesmo tempo, possibilita que a corrupção se generalize e emprega metade da arrecadação em despesas militares. Em 1973, assina com o Brasil um acordo para a construção da usina hidrelétrica de Itaipu. Em fevereiro de 1989, é deposto por um golpe encabeçado por seu principal colaborador, Andrés Rodríguez Pedotti, e exila-se em Brasília, no Brasil. Adoentado, com câncer de pele, tem como únicas companhias o filho, Gustavo, e os guarda-costas. Sua mulher, Lisia Mora, vive em Miami com a filha Graciela desde a deposição do marido. Nos últimos anos, vários juízes paraguaios pediram a prisão do ex-ditador por tortura e assassinatos, mas, apesar de intensa campanha no Paraguai para sua extradição, ele continua asilado.



publicado por LUCIANO às 10:43