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Sexta-feira, 29 DE Fevereiro DE 2008

CIPRIANO BARATA

Jornalista baiano. Um dos mais combativos militantes pela independência do país. José Cipriano Barata de Almeida (26/9/1762 - 7/6/1838) nasce em Salvador. Participa da Conjuração Baiana de 1798 e da Revolta Pernambucana de 1817. Deputado pela Bahia às Cortes Constitucionais, em Lisboa, em 1821 defende publicamente a separação do Brasil de Portugal. No ano seguinte volta ao Brasil e inicia carreira de jornalista na Gazeta de Pernambuco. Em 1822 cria o jornal Sentinela da Liberdade na Guarita de Pernambuco, no qual acusa o imperador dom Pedro I de se comportar de maneira absolutista. Integra a Assembléia Constituinte e Legislativa após a independência do Brasil. Defensor de idéias republicanas e federativas, é preso e levado para a fortaleza de Santa Cruz, no Rio de Janeiro, onde continua editando o jornal, cujo título é modificado para Sentinela da Liberdade na Guarita de Pernambuco Atacada e Presa na Fortaleza do Brum por Ordem da Força Armada e Reunida. A ousadia é punida com sucessivas transferências de prisão, o que sempre causa mudança no título da publicação. É libertado em 1830. Vai para a Bahia e publica A Sentinela da Liberdade na Guarita do Quartel-General de Pirajá. No jornal, continua divulgando sua idéias, sendo preso várias vezes. Em 1836 abandona o jornalismo e a política.



publicado por LUCIANO às 13:56
Domingo, 17 DE Fevereiro DE 2008

CIPRIANO BARATA


Cipriano Barata, medico formado em Medicina na França, e apelidado de médico dos pobres veio a se destacar em outro movimento de emancipação brasileira, a Inconfidência Pernambucana em 1817. Foi ainda deputado pela Bahia, pelas Cortes Constituintes de Lisboa. Declarado opositor da Monarquia foi preso por várias vezes, morrendo aos 70 anos em 1838, como um dos maiores críticos de Dom João VI e Dom Pedro I. Ele teria sido o responsável pela adesão de negros ao movimento por consultar a população de baixa renda e não cobrar, sendo próximo a Luiz Gonzaga das Virgens. Ao divulgar a idéia de uma republica sem discriminação racial e sem escravidão rapidamente conseguiu adeptos.

Assim como aconteceu na Inconfidência Mineira, em 1789, os intelectuais eram entusiasmados nos discursos das reuniões as portas fechadas, mas incapazes de organizar o movimento de forma objetiva, ficando em intermináveis planejamentos e analises. Os negros por fazem parte da camada mais sofrida durante a Monarquia, foram os mais ativos e acabaram tomando a coordenação da Revolta. A possibilidade de abolição da escravidão trouxe muitos adeptos.

Os panfletos de Luiz Gonzaga chegaram até a mesa do governador da Bahia, que imediatamente ordenou que o chefe da policia prendesse os envolvidos. O primeiro detido foi o escrevente Domingos da Silva Lisboa, por ter sua letra reconhecida no material apreendido, mas era inocente. A suspeita recaiu depois sobre Luiz que tinha for fama afrontar as autoridades locais com os mesmos argumentos contidos nos panfletos. No ato da detenção foi também feita uma busca e apreensão de material e foram encontrados livros de filósofos iluministas e boletins franceses favoráveis à revolução francesa. Ele foi barbaramente torturado para divulgar outros envolvidos, mas não delatou ninguém.

Por ordem da rainha portuguesa Dona Maria I - 59 pessoas foram investigadas e até torturadas, sendo 34 processadas e apenas 4 negros sentenciados a morte pela forca. . Os pobres: Inácio da Silva Pimentel, Romão Pinheiro, José Félix, Inácio Pires, Manuel José e Luiz de França Pires, foram acusados de envolvimento "grave", recebendo pena de prisão perpétua ou degredo na África.

João de Deus, um dos condenados, durante o processo, tentou-se passar por demente, mas uma junta médica acabou derrubando o argumento. Junto com ele foi condenado Manuel Faustino, Lucas Dantas e Luiz Gonzaga das Virgens. Isso apesar dos advogados de defesas argumentarem que os textos estavam acima de suas capacidades intelectuais, para tirar deles a qualificação de mentores da revolta.

Também foi condenado a morte Romão Pinheiro e seus parentes considerados infames, mas apelou e sua pena seria atenuada para degredo. Os escravos Cosme Damião e Luís da França Pires também foram sentenciados. Damião foi enviado para a África e Pires, que conseguira fugir, foi condenado à morte a revelia.

No dia 8 de novembro de 1799, os quatro condenados foram levados num cortejo triste pelas vias publicas de Salvador, sendo assistidos pela população local, formada em 80% por negros, que fazia silenciosa reverencia aos seus heróis. Na execução Manuel Faustino e Lucas Dantas recusaram a extrema unção oferecida por um frei franciscano, que lhes oferecida desde que se arrependessem de seus pecados. Eles responderam que não tinha nenhum e ao contrario de seus acusadores e da rainha portuguesa.

Próximo ao dia da execução em seus últimos contatos com parentes, eles lamentavam a covardia da elite que não tomou parte da revolta e se miraram no exemplo dos negros haitianos que estavam fazendo sua revolução dirigida por eles mesmos e matando todos os colaboradores com os brancos. Tinham se inspirados na Revolução da França, mas tarde descobriram que sua motivação e estratégia deveriam ter sido a mesma do Haiti.

Na seria difícil que uma revolução nos moldes do Haiti tivesse sucesso no Brasil. O exercito era composto em sua maioria absoluta de negros e apenas chefiado por oficiais brancos. Situação semelhante dos haitianos. Mas a confiança nas lideranças não afro-brasileira se mostrou uma atitude errada, pois elas negociaram suas condenações, assim como aconteceu em Minas Gerais.

Os quatro acusados foram enforcados na Praça da Piedade e tiveram as suas cabeças cortadas e demais partes do corpo espalhadas pela cidade, penduradas em varas de pau. Mas o exemplo deles foi assistido por futuros participantes de novas insurreições baianas. Inclusive aqueles que tiveram papel fundamental na Revolta dos Malês, em 1835.

publicado por LUCIANO às 18:13

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