HERMETO PASCOAL
Instrumentista, compositor e arranjador alagoano. Considerado o mais inventivo e inusitado instrumentista do Brasil.Hermeto Pascoal (22/6/1936-) nasce em Lagoa da Canoa, na época pertencente ao município de Arapiraca, onde começa tocando harmônica de 8 baixos. Já como acordeonista, transfere-se na adolescência para o Recife com o irmão. Lá é estimulado a prosseguir na carreira musical pelo diretor da Rádio Jornal do Comércio. Vai então para Caruaru, onde é descoberto pelo também acordeonista Sivuca. Em 1950, volta para o Recife e, em 1958, muda-se para o Rio de Janeiro, cidade em que começa a tocar piano. Passa a apresentar-se também em São Paulo. Entre 1966 e 1969, integra o Quarteto Novo e acompanha diversos artistas, como Edu Lobo. Em 1971, viaja para os Estados Unidos, onde grava seus dois primeiros LPs. Atua também como arranjador e instrumentista com outros artistas, entre eles Miles Davis, que, segundo Hermeto, grava e assume a autoria de duas composições suas. No Brasil, só lança o primeiro disco dois anos depois, recebendo por eles o prêmio da indústria fonográfica nas categorias de melhor arranjador e melhor solista. Chamado de bruxo por sua surpreendente intuição musical, aprende sozinho a dominar instrumentos como a flauta, o saxofone, o bombardino. Também passa a usar em suas composições cabaças, utensílios domésticos diversos e até sons de animais. Entre 23 de junho de 1996 e 22 de junho de 1997, compõe 366 músicas, editadas no songbook Calendário do Som. Recebe vários prêmios, como o Ari Barroso e o Sharp de melhor instrumentista e arranjador de 1996. Apresenta-se e grava com freqüência no Brasil e exterior, como nos festivais de Jazz de São Paulo e Montreaux, na Suíça. Em 2000, apresenta-se no Festival de Jazz de Belfast, na Irlanda e lança na Argentina, pelo selo Rádio Mec, o disco Eu e Eles. Em 2001, grava com os músicos Sebastião Tapajós e Gilson Peranzzetta, o CD Solos do Brasil , que traz trabalhos inéditos dos três compositores e uma homenagem à esposa de Hermeto, falecida em 2000. Excursiona freqüentemente aos Estados Unidos e Europa. Em 2001, publica a obra Calendário do Som. Em 2002, na abertura do Rio Sesc Instrumental, relança o CD Eu e Eles. Em 2003, lança o CD Mundo verde esperança.