Vinicius de Moraes
Poeta, compositor e diplomata fluminense. É um dos mais importantes poetas do modernismo pós-1930 e letristas da bossa novaMarcus Vinicius da Cruz de Mello Moraes (19/10/1913 - 9/7/1980) nasce na cidade do Rio de Janeiro. Forma-se oficial da reserva no serviço militar e conclui o curso de direito em 1933. Em 1928 compõe com os irmãos Tapajós, iniciando-se na música popular antes mesmo do primeiro livro, a coletânea de poemas O Caminho para a Distância (1933). Publica também Forma e Exegese (1935) e Ariana, a Mulher (1936). Em 1938 vai estudar na Inglaterra e lança Novos Poemas. De volta ao Brasil, ingressa no Ministério das Relações Exteriores em 1943. Assume o primeiro posto diplomático em 1946 em Los Angeles e permanece nos Estados Unidos até 1950. Em 1953 compõe o primeiro samba, Quando Tu Passas por Mim, e publica a peça Orfeu da Conceição em 1954. Em 1956 conhece Tom Jobim, que faz as músicas para a peça Orfeu. Publica o Livro de Sonetos em 1957. Duas de suas primeiras composições com Tom Jobim (Chega de Saudade e Outra Vez) são gravadas por Elizeth Cardoso no disco Canção do Amor Demais (1958), com acompanhamento ao violão de João Gilberto, e são consideradas o marco inicial da bossa-nova. É de Vinicius a letra de Garota de Ipanema, a música brasileira mais executada e conhecida em todo o mundo. Entre 1955 e 1956, prepara o roteiro do filme Orfeu Negro, do diretor francês Marcel Camus, que ganha o Oscar de Hollywood de 1959 como melhor filme estrangeiro. No início dos anos 60, começa a compor com outros músicos, como Pixinguinha, Carlos Lyra, Edu Lobo, Francis Hime e Dorival Caymmi. Com Baden Powell, cria afro-sambas famosos, como Canto de Ossanha e Berimbau. É aposentado do serviço diplomático em 1968, supostamente por motivos políticos. A partir de 1969, torna-se parceiro do violonista Toquinho, com quem faz shows no Brasil e no exterior, até morrer, no Rio de Janeiro.