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Quarta-feira, 20 DE Fevereiro DE 2008

JOSÉ RAMOS HORTA


Político timorense (26/12/1949-). Ganhador do Prêmio Nobel da Paz em 1996. Nasce em Dili, no Timor-Leste, então colônia portuguesa. É educado em um colégio católico na vila de Soibada e na Universidade de Oxford, na Inglaterra, onde se forma em relações internacionais. Envolve-se com movimentos nacionalistas de independência e, acusado de subversão pelo regime português, é banido de seu país em 1970. De volta no ano seguinte, ajuda a fundar a Frente Revolucionária de Timor Leste Independente (Fretilin). Em 1975, a organização proclama a independência do país, mas em seguida ele é invadido pela Indonésia. Quatro de seus 11 irmãos são mortos por militares indonésios. Em 1976 é obrigado a fugir para os Estados Unidos, onde se torna representante permanente da Fretilin na ONU (Organização das Nações Unidas). Em julho do ano seguinte, Timor Leste é anexado à Indonésia. Em 1990, Ramos Horta vai para a Austrália. Em seu exílio nos dois países, desenvolve intensa campanha de denúncia das atrocidades cometidas pelos invasores, que deixam mais de 100 mil mortos numa população de 650 mil. Em 1996, recebe o Prêmio Nobel da Paz, com o compatriota Carlos Filipe Ximenes Belo. Publica Saga Inacabada de Timor Leste (1987), Amanhã em Dili (1994) e Timor Leste (1996). Em julho de 1999, após 24 anos de exílio, volta a Timor-Leste com autorização do governo indonésio para participar de negociações de paz entre partidários e opositores da independência do território. Em 2002, com a independência do Timor-Leste, assume o cargo de ministro do Exterior.



publicado por LUCIANO às 20:42
Quarta-feira, 20 DE Fevereiro DE 2008

JOSÉ SARAMAGO


Escritor português (16/11/1922-). É considerado o mais importante escritor vivo da língua portuguesa. Nasce em Azinhaga, no distrito de Santarém, província de Ribatejo, numa família de camponeses. Trabalha como serralheiro mecânico, desenhista técnico, funcionário público, jornalista e editor. Durante toda a vida, pertence ao Partido Comunista Português. Estréia na literatura em 1947 com o romance Terra do Pecado. Suas obras atingem grandes tiragens em Portugal e são traduzidas para vários idiomas. O romance O Evangelho Segundo Jesus Cristo (1991) é retirado pela Secretaria de Cultura portuguesa da lista de concorrentes ao Prêmio Literário Europeu de 1992; sua versão da história bíblica escandaliza a Igreja Católica. O Secretariado Nacional da Comunicação Social da Igreja pede, sem resultado, a excomunhão do escritor. Saramago mora em Lanzarote, nas Ilhas Canárias, e ganha, em novembro de 1995, o Prêmio Luís de Camões, o mais prestigioso da língua portuguesa. Em outubro de 1998, torna-se o primeiro escritor de língua portuguesa a ganhar o Prêmio Nobel de Literatura. É Doutor Honoris Causa pelas Universidades de Turim (Itália), de Sevilha (Espanha) e de Manchester (Reino Unido). Em 2000, lança o romance A Caverna e em 2002 O Homem Duplicado. Em 2003, depois de anos defendendo o regime de Fidel Castro em Cuba, anuncia estar decepcionado com a execução de três pessoas que tentavam sair da ilha em um barco sequestrado. No mesmo ano é lançado O Amor Possível, transcrição de uma entrevista do escritor para o jornalista espanhol Juan Arias, onde Saramago discorre sobre sua vida, trabalho e suas idéias sobre a política e a religião. No romance Ensaio Sobre a Lucidez (2004) volta ao cenário e personagens de Ensaio Sobre a Cegueira (1995) para questionar a legitimidade do voto.



publicado por LUCIANO às 20:40
Quarta-feira, 20 DE Fevereiro DE 2008

JOSÉ SARNEY


Político maranhense. Primeiro presidente civil após o regime militar de 1964 de 1964. José Ribamar Ferreira de Araújo Costa (24/4/1930-) nasce em Pinheiro. Adota o nome Sarney em homenagem ao pai, Sarney de Araújo Costa. Formado em direito, em 1954 entra para a política como suplente de deputado federal pela União Democrática Nacional (UDN) e cumpre dois mandatos como deputado federal eleito, de 1958 a 1965. É um dos líderes do grupo progressista da UDN, que defende, entre outras bandeiras, a reforma agrária no início dos anos 60. Em 1964, posiciona-se contra o golpe militar que depõe o presidente João Goulart. Após a instituição do bipartidarismo (1965), adere ao partido governista, a Aliança Renovadora Nacional (Arena). É governador do seu estado (31/1/1966 a 15/3/1971). Como senador, nos dois primeiros mandatos (de 1971 a 1985), torna-se um dos principais representantes políticos do regime militar. Em 1979, após o fim do bipartidarismo, participa da fundação do Partido Democrático Social (PDS). Deixa o PDS em 1984, por ser contrário à escolha de Paulo Maluf para disputar a eleição indireta à Presidência da República. Entra no Partido do Movimento Democrático Brasileiro (PMDB) e é indicado pela Frente Liberal como vice-presidente na chapa de Tancredo Neves. Assume a Presidência em abril de 1985, com a morte de Tancredo. Restabelece a eleição direta para presidente, promulga a nova Constituição e implanta quatro planos de estabilização econômica, sem sucesso. Deixa a Presidência da República e elege-se senador, cargo que exerce desde 1991. Em 1996 atua como presidente do Senado. É também escritor de poesias, contos e ensaios e membro da Academia Brasileira de Letras desde 1981. Publica, entre outras obras, A Canção Inicial (poesias, 1952), Marimbondos de Fogo (poesias, 1979) e O Dono do Mar (romance, 1995). Em 2000, lança o romance Saraminda. Em 2003, volta à presidência do Senado, e sob o governo Lula, mantém-se como um dos principais personagens da política nacional.



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Quarta-feira, 20 DE Fevereiro DE 2008

JOSEF STÁLIN


Líder revolucionário e político soviético (21/12/1879-5/3/1953). Josef Vissariónovitch Diugachvíli nasce em Gori, na Geórgia. Filho de um sapateiro, estuda em escola de padres, da qual é expulso por apresentar pontos de vista marxistas. Em 1902 torna-se militante do Partido Operário Social-Democrata Russo (POSDR), fundado por Lênin. É preso várias vezes e deportado para a Sibéria em 1913, época em que adota o nome Stálin (homem de aço). Em 1917 entra para o comitê central do POSDR, no qual ajuda a preparar a Revolução Russa. Braço direito de Lênin, em 1922 torna-se secretário-geral do Politburo, órgão máximo do Partido Comunista (PC), e adota a tese do socialismo em um único país, ou seja, apenas na União Soviética (URSS), em oposição a Trótski, que prega a expansão da revolução. Sucede Lênin após sua morte, em 1924, derrotando Trótski. Controla o Estado com poderes ditatoriais e inicia o stalinismo. Expulsa do partido e do Exército os inimigos declarados ou potenciais. Milhões de pessoas são presas, executadas ou enviadas aos campos de trabalho pela polícia política. Durante a II Guerra Mundial, é um dos chefes da coalizão antinazista, com o americano Franklin Roosevelt e o inglês Winston Churchill. Encerrado o conflito, cria alianças militares e econômicas com as novas Repúblicas socialistas do Leste da Europa. Após sua morte, em Moscou, seus crimes são denunciados no 20º Congresso do Partido Comunista da URSS (PCUS) em 1956.



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Quarta-feira, 20 DE Fevereiro DE 2008

JOSEPH BRODSKY


Escritor norte-americano de origem russa. Prêmio Nobel de Literatura de 1987, destaca-se pelo lirismo de seus poemas. Iosip Aleksandrovich Brodsky (24/5/1940-28/1/1996) nasce na cidade de Leningrado (atual São Petersburgo). Aos 15 anos, abandona a escola e começa a escrever poesia, ao mesmo tempo trabalha em empregos variados. Publica o primeiro livro, Stikhotvoreniya i Poemy (Versos e Poemas, 1965), alcançando destaque no cenário literário da cidade. Acusado de "parasitismo social" pelas autoridades soviéticas, é condenado a cinco anos de trabalhos forçados. A sentença é suspensa no ano seguinte, após protestos de importantes figuras literárias soviéticas. Em 1972, Brodsky exila-se nos Estados Unidos, naturalizando-se em 1977. Nas décadas de 70 e 80 dá aula em várias universidades do país e ensina literatura no Mount Holyoke College. Escreve Selected Poems (Poemas Escolhidos, 1973), A Part of Speech (Uma Parte de Discurso, 1980), History of the Twentieth Century (História do Século XX, 1986) e To Urania (Para Urânia, 1988). Morre em Nova York.



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Quarta-feira, 20 DE Fevereiro DE 2008

JOSEPH HAYDN


Compositor austríaco (31/3/1732-31/5/1809). Considerado o iniciador do classicismo vienense, Franz Joseph Haydn é um dos maiores nomes da música erudita. Nasce em Rohrau, em uma família de artesãos pobres. Estuda em Hainburg e ingressa no coro da Catedral de Santo Estevão, em Viena. Começa a compor muito jovem. Toca serenatas populares em tavernas, até ser nomeado, em 1759, diretor musical de uma pequena orquestra do conde Morzin, na Boêmia. Em 1761, é contratado pelo príncipe Pál Antal Esterházy como segundo mestre-de-capela, em Eisenstadt. Nos últimos anos de vida, trabalha como compositor oficial do império. Morre em Viena, na ocupação da cidade pelas tropas de Napoleão Bonaparte. Deixa 104 sinfonias, como A Caça (1781) e Sinfonias de Paris (1785/86), 50 sonatas para piano e 83 quartetos de cordas. Entre eles destacam-se Cavaleiro (1793) e o Quarteto de Quintas, considerado sua obra-prima. Famoso em vida, tem suas obras interpretadas em toda a Europa.



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Quarta-feira, 20 DE Fevereiro DE 2008

JOSEPH THOMSON


Físico britânico (18/12/1856-30/8/1940). Prêmio Nobel de Física de 1906. Sua descoberta do elétron como partícula integrante do átomo, carregada eletricamente, acelera os achados subseqüentes sobre a estrutura do núcleo atômico. Nasce em Cheetham Hill, perto de Manchester, e estuda no Owens College e na Universidade de Cambridge – nesta ensina matemática e física experimental. Em 1884 é nomeado diretor do Laboratório Cavendish, em Cambridge, onde começa a pesquisar os raios catódicos. Três anos depois, vai além de demonstrar que eles são partículas de rápido movimento. Ao medir sua velocidade e carga específica, deduz que esses corpúsculos, chamados elétrons, são cerca de 2 mil vezes menores que o átomo de hidrogênio, a menor partícula até então conhecida. Prova também que a interação entre elétrons e matéria produz raios X, que, ao interagir com a matéria, geram elétrons. Em 1908 recebe o título de sir. Entre 1905 e 1918, leciona filosofia natural no Instituto Real da Grã-Bretanha. Deixa a instituição para assumir o cargo de diretor do Trinity College, que ocupa até morrer, em Cambridge.



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Quarta-feira, 20 DE Fevereiro DE 2008

JOSIP TITO


Estadista iugoslavo. Josip Broz (7/5/1892-4/5/1980) nasce em Kumrovec, Croácia, filho de lavradores. Durante a I Guerra Mundial, luta no exército austríaco, pois a Croácia pertence ao Império Austro-Húngaro. Ferido e capturado pelos russos, é libertado pela Revolução Russa, torna-se comunista e alista-se no Exército Vermelho em 1918. No fim da I Guerra, forma-se o Reino dos Sérvios, Croatas e Eslovenos, que em 1929 passa a se chamar Iugoslávia. O novo país reúne povos de diferentes etnias: sérvios, croatas, eslovenos, montenegrinos, macedônios, eslavos e albaneses. De volta a seu país de origem em 1920, Tito atua no Partido Comunista Nacional pela derrubada da monarquia. Na II Guerra Mundial, quando a Alemanha invade a Iugoslávia (1941), é ele quem organiza a resistência aos invasores. Após a expulsão dos alemães, em 1944, Tito é proclamado presidente do governo provisório. Dois anos depois, a Iugoslávia passa a ser a República Popular da Iugoslávia, uma federação de seis repúblicas e duas províncias. Eleito para a Presidência do país em 1953, Tito reelege-se diversas vezes até ser nomeado presidente vitalício, em 1974. Entre suas ações estão a nacionalização da indústria e a estatização de grande parte da produção agrícola. Sem se transformar em estado-satélite da União Soviética, o país mantém sua independência em relação a Stálin e aceita ajuda econômica dos Estados Unidos (EUA), o que vale a Tito a pecha de traidor dos socialistas. Morre em Liublian.



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Quarta-feira, 20 DE Fevereiro DE 2008

JUAN CARLOS ONETTI


Escritor uruguaio (1º/7/1909-30/5/1994). Expoente da literatura hispano-americana contemporânea, sua obra mostra personagens infelizes e o vazio da vida nas grandes cidades. Nasce em Montevidéu e faz o curso superior em Buenos Aires. De 1939 a 1942 trabalha como editor da revista Marcha, em Montevidéu, e de 1946 a 1955 chefia a revista Vea y Lea, em Buenos Aires, na Argentina. Sua primeira novela publicada é O Poço (1939), que conta a história de um homem que está perdido e é incapaz de se comunicar com as pessoas da cidade. Em seguida, escreve a novela Terra de Ninguém (1942), em que apresenta uma visão niilista da vida urbana. Sua novela mais conhecida é A Vida Breve (1950), que se passa na cidade imaginada de Santa María, cenário de outros romances seus. O livro Juntacadáveres (1964) narra a fundação de um prostíbulo em Santa María e os ataques da Igreja e das mulheres casadas a ele. Suas Obras Completas são publicadas em 1970 e os Contos Completos, em 1974. Em 1980 é agraciado pelo governo da Espanha com o Prêmio Cervantes de Literatura. Morre em Madri, na Espanha.



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Quarta-feira, 20 DE Fevereiro DE 2008

JUAN DE SOLIS


Navegador espanhol (1470?-1516). Piloto-chefe da Marinha espanhola do rei Fernando II, um dos primeiros exploradores europeus a entrar no estuário do rio da Prata, na América do Sul. Nascido na cidade de Sevilha, nada se sabe a respeito de seus primeiros trinta anos de vida. Já havia feito uma viagem às Américas, da qual não se conhece itinerário nem objetivo, quando foi contratado pelo rei Fernando II para liderar uma expedição com destino ao istmo do Panamá. Deixa a Espanha em 1515, com três navios, 70 homens e provisões para dois anos e meio. Chega ao Panamá no mesmo ano e prossegue rumo ao sul do continente. Em fevereiro de 1516, atinge o estuário do rio da Prata, entre a Argentina e o Uruguai, que batiza com o nome de mar Dulce (mar Doce). Segue pelo rio Uruguai e aporta na região onde atualmente é o Uruguai. Lá é atacado por índios charruas e morre com toda a tripulação. O único sobrevivente da expedição é Francisco del Puerto. Aprisionado pelos índios, é resgatado em 1526 pela expedição do navegador Sebastian Cabot, a serviço da Coroa da Inglaterra.



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Quarta-feira, 20 DE Fevereiro DE 2008

JUAN DOMINGO PERÓN


Militar e político argentino (8/10/1895-1º/7/1974). Nascido em Lobos, província de Buenos Aires, faz carreira no Exército e chega ao posto de capitão. Participa do golpe militar que derruba o presidente Ramón Castillo, em 1943, e assume a Secretaria do Trabalho do novo governo, dando início à carreira política, fundamentada na mobilização de operários e "descamisados" – os migrantes rurais desenraizados na cidade. Sua linha política de defesa da sindicalização e dos direitos trabalhistas irrita os militares conservadores, que determinam sua prisão em 1945. Imensamente popular, Perón é libertado graças aos comícios organizados pela atriz de radionovelas Eva Duarte (Evita), com quem se casa pouco tempo depois. É eleito presidente em 1946 e promovido a general pelo Congresso. Funda o Partido Peronista, proíbe as demais agremiações políticas e estabelece um governo autoritário e populista, baseado na conquista das classes de menor poder aquisitivo. É reeleito em 1951. No ano seguinte, Evita morre, o que enfraquece o poder de Perón e o leva a se indispor com diversos setores da sociedade, inclusive a Igreja Católica, que o excomunga por defender o divórcio. Em 1953 é deposto e se exila na Espanha. Em 1971 volta à Argentina e dois anos depois se elege presidente pela terceira vez, tendo sua terceira mulher, Isabelita (Maria Estela Martínez de Perón), como vice. Morre de enfarte aos 78 anos, em Buenos Aires.



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Quarta-feira, 20 DE Fevereiro DE 2008

JUAN MANUEL FANGIO


Piloto argentino de corridas de automóvel (24/6/1911-17/7/1995) considerado o maior corredor de todos os tempos. Filho de italianos, nasce em Balcarte, perto de Mar del Plata. Começa a trabalhar aos 12 anos, como mecânico, e com 17 anos já participa de corridas de automóvel. É o vencedor das Mil Milhas da Argentina em 1939 e, no ano seguinte, da prova de resistência Buenos Aires-Lima. Após a II Guerra Mundial, é patrocinado pelo governo e enviado à Europa para continuar a carreira automobilística. Estréia na Fórmula 1 em 1946 e, três anos mais tarde, vence sua primeira prova na modalidade, em Mar del Plata. Corre por várias equipes européias de Fórmula 1: Mercedes, Alfa Romeo, Ferrari e Maserati. Em 1952 quebra o pescoço em um acidente nas pistas e por isso se afasta da competição daquele ano. Em sua carreira, vence 24 grandes prêmios, conseguindo cinco vezes o título de campeão mundial – 1951, 1954, 1955, 1956 e 1957 –, recorde até hoje não superado. Em 1958, quando está em Havana para participar de uma corrida, é seqüestrado por um dia pelos guerrilheiros de Fidel Castro, que queriam chamar a atenção do mundo para os desmandos do ditador cubano Fulgencio Batista. Abandona o automobilismo nesse mesmo ano, no auge da carreira.


publicado por LUCIANO às 19:25
Quarta-feira, 20 DE Fevereiro DE 2008

JUAN RAMON JIMENEZ

Poeta espanhol (24/12/1881-29/05/1958) premiado com o Nobel de Literatura em 1956. Nasce em Morguer, província de Huelva, na Andaluzia. Em 1900, depois de um breve período na Universidade de Salamanca, abandona o curso de direito por problemas de saúde e segue para Madri a convite do poeta simbolista Ruben Darío. Nesse mesmo ano publica seus primeiros poemas, Almas de Violeta e Ninfas. Impressas em violeta e verde, as obras o deixam envergonhado, e Jiménez passa os anos seguintes destruindo as cópias. Escreve Tristes Árias (1903), Jardins Longínquos (1904), Puras Elegias (1908), A Solidão Sonora (1909), Pastorais (1911) e, sob influência de valores estéticos do Classicismo, Sonetos Espirituais (1914-1915). Retorna a Madri em 1912 e durante quatro anos trabalha como editor de publicações escolares. Em 1916 viaja para os Estados Unidos e casa-se com Zenobia Camprubí Aymar, tradutora espanhola de Rabindranath Tagore. De volta à Espanha, lança, em 1917, Diário de um Poeta Recém-Casado, que marca sua transição para a poesia "nua", em versos livres, e Platero e Eu, de repercussão mundial. Durante a Guerra Civil Espanhola, vai para os Estados Unidos e depois para Cuba, onde permanece dois anos. Muda-se para Miami, nos EUA, e faz palestras na Universidade local. Entre 1941 e 1943 divide seu tempo entre a Espanha e as palestras nos EUA. Em 1951 parte para Porto Rico. Entre suas obras se destacam: Poesia, em Verso (1917-1923), Pedra e Céu (1919), Poesia em Prosa e Verso (1932), Animal de Fundo (1943), Vozes de Minha Copla (1945), A Estação Total, com as Canções da Nova Luz (1949), Romances de Coral Gables (1948), Deus Desejado e Desejante (1949). Morre em San Juan, Porto Rico.



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Quarta-feira, 20 DE Fevereiro DE 2008

JUAREZ TÁVORA


Militar e político cearense. Figura destacada do tenentismo, participa de movimentos que influenciam a vida política nacional.Juarez Fernandes do Nascimento Távora (14/1/1898-18/7/1975) nasce na fazenda do Embargo, atual município de Jaguaribe. Estuda na Escola Militar do Realengo, no Rio de Janeiro, e torna-se aspirante em 1919. Três anos mais tarde toma parte no levante contra o presidente Epitácio Pessoa. Em 1924 participa do movimento revolucionário paulista contra o presidente Artur Bernardes. Em 1926 integra-se à Coluna Prestes. É preso em combate e libertado no governo Washington Luís. Comanda as forças nordestinas que apóiam Getúlio Vargas (1930). Ganha o apelido de Vice-Rei do Norte. Participa da repressão à Revolução Constitucionalista de 1932. Rompe com Vargas e envolve-se nas conspirações que levam à deposição do ditador. Em 1954 é um dos líderes das articulações políticas que resultam no suicídio de Vargas. Candidato à Presidência da República no ano seguinte, é derrotado por Juscelino Kubitschek. Elege-se deputado federal em 1958 e participa do golpe militar de 1964. Morre no Rio de Janeiro.



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Quarta-feira, 20 DE Fevereiro DE 2008

JULIO CESAR


General romano (12 ou 13/7/100 a.C.-15/3/44 a.C.). É considerado um dos fundadores do Império Romano. Filho de Caio César e Aurélia, ambos membros da aristocracia romana, inicia sua carreira política como advogado em 78 a.C. Em 60 a.C., participa do governo de Roma com o general Pompeu e o banqueiro Crasso, no Primeiro Triunvirato. Ganha fama, fortuna e poder ao conquistar a Gália e a Bretanha, entre 58 e 50 a.C. Com a morte de Crasso, disputa o poder com Pompeu, que é apoiado pelo Senado. Destituído do cargo de governador da Gália, recebe do Senado ordens para depor armas, mas, em vez de obedecer, decide avançar sobre Roma. Conquista a cidade e a península Itálica e invade o Egito, perseguindo Pompeu, que acaba sendo morto por um oficial de Ptolomeu XIII, irmão de Cleópatra, ambos reis do país à época. Já como ditador, governa a África e a Espanha e derrota os partidários de Pompeu. De volta a Roma, em 46 a.C., reorganiza e centraliza a política, enfraquecendo o poder do Senado. Torna-se cônsul vitalício e ditador perpétuo. Incomodado com a perda de privilégios, um grupo de senadores arquiteta seu assassinato. Atacado na escadaria do Senado, César defende-se até ver seu protegido Brutus, ex-aliado de Pompeu, a quem perdoara e dera a província da Gália para governar. Ao perceber a traição, deixa de lutar. Morre com 23 facada.



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Quarta-feira, 20 DE Fevereiro DE 2008

JULIO CORTÁZAR


Romancista e contista argentino nascido na Bélgica (26/8/1914-12/2/1984). Explorando a realidade e a irrealidade, renova a literatura latino-americana de língua espanhola. Sua obra questiona o convencional, procurando um conhecimento que dispense o auxílio da lógica. Em seus romances, o fantástico tem origem no cotidiano. Nasce em Bruxelas, filho de argentinos, e é educado na Argentina. Começa a trabalhar em Buenos Aires como tradutor e professor secundário. Recusa uma cátedra universitária por divergir da política de Juan Domingo Perón. Em 1951 auto-exila-se na França, onde mora até a morte, tendo adotado a cidadania francesa em 1982. Estréia na literatura com o poema dramático Los Reyes (1949), já prenunciando a abordagem de temas fantásticos. Publica, entre outros, os livros Bestiário (1951), História de Cronópios e Famas (1962), O Jogo da Amarelinha (1966) e Livro de Manuel (1973). Sua última obra é Os Autonautas da Cosmopista (1982), escrita em colaboração com sua companheira, Carol Dunlo.



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Quarta-feira, 20 DE Fevereiro DE 2008

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Jornalista e advogado paulista. Diretor do jornal O Estado de S. Paulo, fundador da Rádio Eldorado (1958) e do Jornal da Tarde (1966).Julio de Mesquita Filho (14/2/1892 - 12/7/1969) nasce na cidade de São Paulo. A partir dos 12 anos estuda em Portugal e, depois, na Suíça. Em 1911 ingressa na Faculdade de Direito de São Paulo, formando-se em 1916. Em 1915 inicia carreira no jornalismo, trabalhando em O Estado de S. Paulo (Oesp), de propriedade de seu pai. Atua primeiro no Estadinho, edição vespertina do jornal, e participa da campanha pela instituição do serviço militar obrigatório, encabeçada pelo escritor e poeta parnasiano Olavo Bilac. Em 1919 apóia a candidatura de Rui Barbosa à Presidência da República. Assume a secretaria de redação de Oesp em 1920. Em 1926 coloca-se a favor da Coluna Prestes e participa da fundação do Partido Democrático. A partir de 1927 assume a direção do jornal. Em 1929 apóia Getúlio Vargas para presidente e a Revolução de 1930. Rompe com Vargas e torna-se um dos líderes da Revolução Constitucionalista de 1932, em São Paulo; é preso e depois se exila em Portugal. Volta no final do ano de 1933 e preside a comissão de planejamento da Universidade de São Paulo em 1934. Durante a ditadura do Estado Novo, é preso 18 vezes, se exila na França, nos Estados Unidos e na Argentina. Em 1940, o jornal O Estado de S. Paulo sofre uma intervenção federal que dur! a cinco anos. Em 1960 dá apoio à candidatura de Jânio Quadros e, após sua renúncia, combate João Goulart. Aprova o golpe militar de 1964 e, em 1966, volta-se contra o regime autoritário. Morre em São Paulo.



publicado por LUCIANO às 09:49
Quarta-feira, 20 DE Fevereiro DE 2008

JÚLIO PRESTES


Político paulista. Elege-se presidente da República, mas é impedido de tomar posse pela Revolução de 1930.Júlio Prestes de Albuquerque (15/3/1882 - 9/2/1946) nasce em Itapetininga. Forma-se em direito em São Paulo, mas abandona a advocacia para se dedicar à carreira política. A partir de 1909 elege-se deputado estadual por cinco legislaturas consecutivas, concorrendo pelo Partido Republicano Paulista (PRP). Em 1924 torna-se deputado federal e líder da bancada paulista na Câmara. Três anos mais tarde, morre o presidente de São Paulo, Carlos de Campos. O vice, Fernando Prestes, pai de Júlio, recusa-se a assumir para não se incompatibilizar com o filho, aspirante ao cargo. Realiza-se novo pleito e Júlio Prestes é eleito, tomando posse em julho de 1927. Em 1930, com o apoio de Washington Luís, elege-se presidente da República, derrotando por larga margem o candidato da oposição, Getúlio Vargas. O assassinato de João Pessoa, candidato a vice na chapa de Vargas, precipita a Revolução de 1930, que acaba com a República Velha. Vitorioso o movimento revolucionário, Júlio Prestes exila-se na Europa. Retorna ao país em 1934, mas se mantém afastado da política até morrer, em São Paulo.



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Quarta-feira, 20 DE Fevereiro DE 2008

JÚLIO VERNE


Escritor francês (8/2/1828-24/3/1905), criador da moderna ficção científica. Seus livros antecipam desenvolvimentos tecnológicos e influenciam a visão de seus contemporâneos. Nasce em Nantes e desde pequeno se interessa por literatura. Estuda direito em Paris a partir de 1848, para seguir a tradição familiar, mas ao mesmo tempo escreve poesias e uma coluna de narrações científicas na revista Museu das Famílias. Obtém êxito apenas em 1863, com a série Viagens Extraordinárias, inaugurada com Cinco Semanas em um Balão. Empolgado com os avanços científicos da época, como a máquina a vapor e a eletricidade, produz ficção no estilo romance/aventura, como Viagem ao Centro da Terra (1864), Da Terra à Lua (1865), Vinte Mil Léguas Submarinas (1870) e A Volta ao Mundo em Oitenta Dias (1873). Em sua obra mais popular, A Ilha Misteriosa (1875), prevê avanços científicos como o submarino, o tubo de ar comprimido, a televisão e as viagens espaciais. Entre seus livros que se transformaram em filmes de sucesso estãoVinte Mil Léguas Submarinas, de Walt Disney (1954), A Volta ao Mundo em Oitenta Dias (1956) e Da Terra à Lua (1958).



publicado por LUCIANO às 04:10
Quarta-feira, 20 DE Fevereiro DE 2008

JULIUS ROBERT OPPENHEIMER


Físico norte-americano, responsável pela descoberta do processo de morte das estrelas, por causa do colapso de sua massa em uma "singularidade", representada por um ponto geométrico de densidade infinita, mais tarde denominado buraco negro.Julius Robert Oppenheimer (22/4/1904-18/2/1967) nasce em Nova York é filho de imigrantes alemães, estuda na Universidade Harvard e depois na Universidade de Cambridge, na Inglaterra. Obtém o título de doutor em 1927, pela Universidade de Göttinger, na Alemanha, onde conhece físicos importantes, entre eles Niels Bohr e Paul Dirac. Contrário ao nazismo, apóia os republicanos na Guerra Civil Espanhola. De volta aos Estados Unidos (EUA), dá aulas de física na Universidade da Califórnia, em Berkeley, e no Instituto de Tecnologia da Califórnia. Destaca-se pela descoberta do processo de colapso gravitacional das estrelas, inevitável, conforme prevê sua teoria, depois que ocorre a queima total de seu "combustível" termonuclear. Em 1943 é nomeado diretor do Projeto Manhattan, que produzirá nos laboratórios do governo norte-americano em Los Álamos, Novo México, as bombas atômicas lançadas em Hiroshima e Nagasaki. Apesar de aprovar o bombardeio, com o final da guerra passa a lutar pelo controle internacional das armas nucleares e, por isso, é investigado pelo macarthismo, suspeito de "atividades antiamericanas". Morre em Princeton.



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Quarta-feira, 20 DE Fevereiro DE 2008

CARL GUSTAV JUNG


Psicólogo e psiquiatra suíço (26/7/1875-6/6/1961), fundador da psicologia analítica. Nasce em Kesswil, no cantão da Turgóvia, Suíça alemã, filho de um pastor protestante. Passa a juventude em um ambiente religioso. Estuda medicina na Basiléia e em Paris. Adota as teses da psicanálise ao manter contato com Sigmund Freud a partir de 1907. Rompe a amizade com ele, em 1913, por discordar da idéia da natureza predominantemente sexual do inconsciente, defendida por Freud. Com a psicologia analítica, Jung apresenta a teoria sobre a existência de dois inconscientes: o individual e o coletivo. Este, formado pelos símbolos universais transmitidos de geração em geração, seria representado pelos arquétipos. Seus conceitos são até hoje utilizados em processos terapêuticos e nos estudos sobre arte e mitologia, quando figuras como a do herói ou da Terra-Mãe, por exemplo, são interpretadas como entidades preexistentes no inconsciente coletivo de cada um, ou como arquétipos. Morre em Küsnacht, perto de Zurique.



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Quarta-feira, 20 DE Fevereiro DE 2008

JURUNA

Líder indígena mato-grossense. Primeiro e único índio a se eleger deputado federal (1983-1987), famoso por gravar promessas de políticos e depois exigir que fossem cumpridas. Mário (Dzururan) Juruna (3/9/1943-16/7/2002) nasce na reserva indígena xavante de São Marcos, no município de Barra do Garças, e recebe o nome cristão dos padres salesianos que catequizam a aldeia. O nome Juruna é uma homenagem de seu pai a uma tribo vizinha e amiga. Aos 17 anos presta voluntariamente o serviço militar e tem o primeiro contato duradouro com o homem branco. Deixa o quartel para trabalhar como peão, em fazendas da região, em troca de comida. Volta para a aldeia quatro anos depois e se torna cacique. Em 1974 vai para Brasília, onde denuncia o descaso da Funai e o extermínio sistemático dos índios, além de reivindicar a demarcação das terras xavantes. Ao ver que muitas das promessas feitas a seu povo nunca são cumpridas, passa a gravar as conversas com os políticos. Esse material seria reunido em livro, em 1983, com o título O Gravador do Juruna. Em 1980 representa os índios brasileiros no 4º Tribunal Bertrand Russel de defesa das minorias, em Rotterdam. Eleito deputado federal pelo PDT, quase é cassado no início do mandato, ao afirmar que "todo ministro é corrupto". Sem conseguir ser reeleito, perde espaço na imprensa e no cenário político. Desenvolve diabetes e passa a sofrer constantes problemas de saúde. Aos 62 anos, morre de insuficiência renal, em Brasília (DF).


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Quarta-feira, 20 DE Fevereiro DE 2008

JUSCELINO KUBITSCHEK


Político mineiro. Presidente da República de 1956 a 1961. Responsável pela construção de Brasília e por promover a industrialização do país. Juscelino Kubitschek de Oliveira (22/8/1902-20/8/1976) nasce em Diamantina. Filho de um caixeiro-viajante e de uma mãe professora, forma-se médico na cidade de Belo Horizonte, em 1927. Faz curso e estágio complementares em Paris e Berlim em 1930 e casa-se com Sara Lemos em 1931. Começa a trabalhar como capitão-médico da Polícia Militar, quando faz amizade com o político e futuro governador Benedito Valadares. Nomeado interventor federal em Minas em 1933, Valadares coloca o amigo como seu chefe de gabinete. A seguir, Juscelino elege-se deputado federal (1934-1937), é nomeado prefeito de Belo Horizonte (1940-1945) e realiza obras de remodelação da capital. Elege-se deputado constituinte em 1946 pelo Partido Social Democrático (PSD) e notabiliza-se como governador eleito de Minas Gerais (1950-1954). Vence a eleição para presidente da República com 36% dos votos, numa coligação PSD-PTB (Partido Trabalhista), com o slogan Cinqüenta Anos em Cinco. Na Presidência, constrói hidrelétricas, abre estradas, promove a industrialização e a modernização da economia. Sua marca principal é a construção de Brasília e a transferência da capital federal, em 21/4/1960. Seu governo consegue criar uma imagem positiva de mudança e, com o surgimento das músicas e modas da bossa-nova, inaugura uma era pós-Getúlio Vargas. Mas não consegue conter o aumento da inflação e desde o início enfrenta resistências dos militares. Após a Presidência, elege-se senador por Goiás 1962, mas tem o mandato cassado e seus direitos políticos suspensos em 1964, pelo regime militar. Em 1966 tenta organizar uma frente pela redemocratização do país, junto com Carlos Lacerda e João Goulart. Trabalha como empresário até morrer, em um desastre automobilístico na via Dutra, na altura da cidade fluminense de Resende.



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Quarta-feira, 20 DE Fevereiro DE 2008

KARL BENZ


Engenheiro mecânico alemão. Inventor do primeiro automóvel movido a motor de combustão. Karl Friedrich Benz (25/11/1844-4/4/1929) nasce em Karlsruhe, estado de Baden-Württemberg, região sudoeste da Alemanha. Em 1878 desenvolve um motor de um cilindro e dois tempos, movido a gás e com sistema de ignição elétrica. Cinco anos depois, funda a Benz & Cie., Rheinish Gasmotorenfabrik, na cidade de Laudenburg, ao lado de Manheim. Fabrica um veículo de três rodas, com motor de um cilindro e quatro tempos, movido a gasolina. Aperfeiçoado, o modelo passa a funcionar regularmente, com potência de 1,5 hp, 200 rpm e 16 km/h. O protótipo, atualmente exposto no Deutsches Museum, percorre as ruas de Munique em 1885, mas é patenteado apenas no ano seguinte. Em 1893, o engenheiro finaliza o primeiro veículo de quatro rodas da companhia. Quatro anos mais tarde, lança o automóvel de 3 hp, seu primeiro modelo de sucesso mundial, também conhecido como Confortable. Em 1899 inicia a primeira série de carros de corrida. Afasta-se da Benz & Cie. sete anos depois para trabalhar com os filhos Eugen e Richard em uma nova empresa, a C. Benz Söhne. Em 1926, a Benz & Cie. se associa à Daimler-Motoren-Gesellschaft, dando origem à Daimler-Benz, atual fabricante da linha Mercedes-Benz.



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Quarta-feira, 20 DE Fevereiro DE 2008

KARL MARX


Filósofo alemão (5/5/1818-14/3/1883). Autor de conceitos que fundamentam a ideologia comunista do século XX, tais como luta de classes, mais valia e materialismo histórico. Nasce em Trier, filho de família judia, e estuda filosofia nas universidades de Berlim e de Iena. Em 1842 chefia a redação do jornal Rheinische Zeitung, em Colônia, no qual escreve artigos radicais em defesa da democracia. Muda-se para Paris em 1844 e conhece Friedrich Engels. Em 1848 publica O Manifesto do Partido Comunista, em parceria com Engels, pregando a solidariedade dos trabalhadores na busca da emancipação. O documento defende uma revolução internacional que derrube a burguesia e o capitalismo e implante o comunismo. A divulgação do manifesto provoca sua expulsão de Paris. Marx, então, muda-se para Londres, onde estuda história e economia, escreve artigos na imprensa e ajuda a fundar o movimento pró-socialista da 1ª Internacional. Em 1867 publica o primeiro volume de sua principal obra, O Capital, na qual expõe os conceitos do marxismo, como a teoria do valor, a da mais-valia ou excedente do trabalho e a da acumulação do capital. Os outros volumes da mesma obra só são conhecidos após sua morte.



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Quarta-feira, 20 DE Fevereiro DE 2008

KARLHEINZ STOCKHAUSEN


Compositor erudito alemão (22/8/1928-), considerado o pai da música eletrônica e maior compositor alemão do pós-guerra. Com o maestro francês Pierre Boulez, procura encontrar uma linguagem musical a partir do serialismo, um desdobramento do dodecafonismo, a técnica de composição baseada em 12 tons criada por Arnold Schoenberg. Nasce em Mödrath, perto de Colônia. Começa a estudar música em 1947, em sua cidade. Quatro anos mais tarde, vai para Paris e aprofunda os estudos com os compositores Olivier Messiaen e Darius Milhaud. Em 1953, de volta a Colônia, aplica os princípios do serialismo a todos os elementos de uma composição musical (ritmo, altura do som, dinâmica etc.), estilo que passaria a ser conhecido como serialismo integral. Emprega aparelhos eletrônicos, como o sintetizador, para suas composições, feitas no estúdio de música eletrônica Westdeutscher Rundfunk, de Colônia, que ajuda a fundar no mesmo ano. Sua obra inclui 11 peças para piano escritas entre 1952 e 1956, Mikrophonie I e II (1964/65), duas obras de inspiração mística oriental - Stimung (1968) e Mantra (1970) -, Sirius (1977) e Licht (1977). Em 2001, choca a opinião pública com a declaração de que os ataques aos Estados Unidos em 11 de setembro foram "o maior trabalho de arte de todos os tempos". Por causa disso, quatro concertos que daria na Alemanha em outubro daquele ano foram cancelados. Semanas depois, desculpa-se pelo que disse.


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Quarta-feira, 20 DE Fevereiro DE 2008

KAZIMIR MALEVITCH


Pintor e projetista russo (23/2/1878-15/5/1935). Reconhecido como um dos precursores da arte abstrata geométrica. Kazimir Severinovich Malevitch nasce em Kiev, na Ucrânia, e estuda pintura na cidade. Segue o estilo pós-impressionista no início da carreira, mas, por volta de 1912, compõe imagens de camponeses em estilo geométrico e pinturas de inspiração cubista, como O Amolador de Facas (1912). Inaugura em 1913 o movimento suprematista, que leva a simplicidade para a arte geométrica. As pinturas dessa fase só são mostradas em 1915, em Moscou, onde produz confusão entre o público sobre o que identificar como a parte de cima e a de baixo de determinada figura. Dedica-se ao ensino e à construção de modelos tridimensionais, contribuindo com isso para o surgimento do construtivismo. Em 1922 muda-se para Leningrado, atual São Petersburgo. Vai a Berlim em 1927 para acompanhar a exposição de suas obras na escola Bauhaus. No final da década de 20, retoma o figurativo, mas perde o apoio do sistema político soviético, que exige a conversão dos artistas ao realismo socialista. Morre pobre e esquecido em Leningrado.


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Quarta-feira, 20 DE Fevereiro DE 2008

KENZABURO OE


Escritor japonês (1931-). Prêmio Nobel de Literatura de 1994, retrata em sua obra a relação de seus contemporâneos com o passado feudal do Japão, sua natureza e seus mitos. Recebe também o prêmio de Akutagawa, a maior distinção literária japonesa, em 1992. Nasce em Orse, na Ilha de Shikoku, sul do Japão, terceiro filho de uma família tradicional na linhagem samurai. Estuda literatura francesa na Universidade de Tóquio. Entre os escritores que mais influenciam seu trabalho estão os franceses Balzac e Jean-Paul Sartre, sobre o qual escreve uma tese ao concluir a faculdade. Sua ficção reflete a decadência do Japão tradicional no período pós-guerra, com a qual convive já adulto. Seu trabalho mais conhecido no Ocidente é o livro O Grito Silencioso, editado no Brasil pela Francisco Alves em 1974. Relata a trajetória de um homem que, ao buscar conciliação com seu passado, depara com o passado de seu país, o Japão feudal. O escritor tem publicado também no Ocidente Narrativa sobre as Maravilhas da Floresta, Dias Tranqüilos e Um Eco do Céu. Em 2003, Uma Questão Pessoal (1964) é lançado no Brasil.



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Quarta-feira, 20 DE Fevereiro DE 2008

KLEMENS METTERNICH


Diplomata e estadista austríaco (15/5/1773-11/6/1859). Klemens Wenzel Nepomuk Lothar, conde e mais tarde príncipe de Metternich-Winneburg-Beilstein, nasce em Coblença. Em 1788 ingressa na Universidade de Estrasburgo, onde estuda diplomacia. Cursa depois direito na Universidade de Mainz. Ocupa os primeiros cargos diplomáticos em Londres, Dresden e Berlim, sempre a serviço dos Habsburgo, a casa governante do Sacro Império Romano Germânico, que tem a Áustria como centro. Em 1806 é nomeado ministro austríaco na França, com a qual a Áustria está em guerra, e tem oportunidade de ver de perto a ascensão de Napoleão Bonaparte. Sua atuação é fundamental para ajudar a estabelecer a aliança entre os países que vencem o imperador francês. Quando o Império Napoleônico chega ao fim, Metternich organiza, entre 1814 e 1815, o Congresso de Viena, na capital do Império Habsburgo, visando restaurar as fronteiras e as dinastias alteradas pelas guerras. É elevado a chefe do governo austríaco em 1821, como chanceler. Conservador e adversário dos movimentos liberais, perde a influência política quando desaba por toda a Europa o sistema político criado pelo Congresso de Viena. O declínio industrial e econômico, as más colheitas e a fome transformam o descontentamento da população austríaca na Revolução Liberal Vienense. Símbolo do conservadorismo, Metternich é forçado a renunciar. Morre em Viena, depois de um período de exílio na Inglaterra.



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Quarta-feira, 20 DE Fevereiro DE 2008

KONSTANTIN STANISLÁVSKI


Ator e diretor de teatro russo (17/1/1863-7/8/1938). Pseudônimo de Konstantin Sergueievitch Alekseiev, criador de um novo estilo de interpretação, o método Stanislávski, baseado em naturalidade, fidelidade histórica e busca de uma verdade cênica. Nascido em Moscou, filho de um rico industrial e de uma atriz francesa, cresce num ambiente em que se valoriza a arte. Ainda jovem sente atração pelo teatro e começa como ator aos 14 anos. Embora seja desajeitado e apresente falhas na voz e na expressão corporal, supera essas deficiências à custa de incansável prática. Com o Teatro de Arte de Moscou, do qual é um dos fundadores, em 1898, realiza montagens memoráveis após a Revolução Russa, como O Trem Blindado (1927) e Otelo e Almas Mortas (1932). De 1922 a 1924, em uma turnê internacional, divulga seu método de representação e apresenta com seu grupo obras de Ibsen, Shakespeare, Beaumarchais e Gogol. Escreve A Preparação do Ator (1936) e A Construção do Personagem (1937), obras adotadas em escolas de teatro de todo o mundo. Morre em Moscou.



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Quarta-feira, 20 DE Fevereiro DE 2008

KONSTANTIN TSIOLKOVSKY


Cientista russo, um dos pioneiros da concepção de projetos de naves espaciais. Konstantin Eduárdovitch Tsiolkovsky (17/9/1857-19/9/1935) nasce em Izhevskoye, numa família de origem nobre, mas empobrecida. Fica surdo aos 9 anos, em virtude de febre alta provocada por escarlatina. Perde a mãe quatro anos mais tarde. Adolescente órfão e surdo, passa o tempo sozinho em casa, lendo. Com as obras de Júlio Verne, apaixona-se pela idéia das viagens interplanetárias. Autodidata, estuda matemática e física e, em 1878, chega a mestre-escola em Boyovsk, na província de Kaluga. Continua pesquisando a teoria de foguetes espaciais em um laboratório que constrói em casa. Chama a atenção da Sociedade de Física e Química de Moscou com suas experiências sobre a teoria cinética dos gases e é convidado a se associar a ela. Em 1892 planeja um dirigível metálico movido a gás e cria o primeiro túnel de vento que permite testar as características aerodinâmicas das naves espaciais soviéticas. Em 1895 concebe um satélite artificial para orbitar a Terra a 320 quilômetros da superfície. Sua teoria sobre os mecanismos de propulsão das naves interplanetárias é publicada em 1903, três anos antes de Santos Dumont criar o avião. Em 1923, 16 anos antes da invenção do primeiro avião a jato, planeja um foguete de múltiplos estágios. Morre na cidade de Kaluga.



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