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Quinta-feira, 21 DE Fevereiro DE 2008

JOHANNES VAN DER WAALS


Físico holandês. Prêmio Nobel de Física de 1910 pelas pesquisas sobre os estados líquido e gasoso da matéria. Reconhecido também pela descrição da força fraca que mantém coeso o núcleo dos átomos e das moléculas, nomeada em sua homenagem como força Van der Waals. Johannes Diederik van der Waals (23/11/1837-9/3/1923) nasce em Leiden, na província de Zuidholland, região oeste da Holanda. Estuda física na universidade local e obtém o doutorado com a tese sobre a Continuidade dos Estados Líquido e Gasoso. De 1877 a 1907 ocupa o cargo de professor de física na Universidade de Amsterdã, onde aprofunda os estudos sobre os fenômenos da física termodinâmica. Descobre que a relação entre o volume e a força de atração entre as moléculas no estado gasoso é zero e levanta a hipótese de que a lei dos gases "ideais", desenvolvida por Robert Boyle e Jacques Charles, pode ser derivada da teoria cinética dos gases. Para confirmar a hipótese, introduz os dois novos parâmetros, do volume e da força de atração, na lei. Com eles cria uma fórmula mais exata, conhecida como Equação de Van der Waals, que explica a força de atração que mantém ligados os átomos de uma molécula. Morre em Amsterdã.



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Quinta-feira, 21 DE Fevereiro DE 2008

JOHN CAGE


Compositor norte-americano (5/9/1912-12/8/1992). Representante da música aleatória, pesquisa em suas composições o emprego de sons obtidos ao acaso. Com uma obra inventiva e idéias nada ortodoxas, influencia profundamente a música do século XX. Nasce em Los Angeles e leciona música na Universidade de Seattle de 1936 a 1938. Em 1943 apresenta um concerto de seu conjunto de percussão no Museu de Arte Moderna (MoMA), de Nova York, e se consagra como líder da música de vanguarda norte-americana. Cultor do zen budismo e de outras filosofias do Oriente, conclui que todas as atividades que compõem a música devem ser vistas como parte de um único processo e por isso integra à música sons antes considerados como ruídos. Cria a técnica que chama de "piano preparado", em que distorce os sons do instrumento colocando objetos dentro dele. Entre suas composições estão Imaginary Landscape nº 4 (1951), em que a música é executada por 12 aparelhos de rádio ligados simultaneamente; 4´33´´ (Quatro Minutos e Trinta e Três Segundos, 1952), em que os músicos ficam em silêncio no palco por todo esse tempo; Roaratorio (1979), em que utiliza milhares de palavras tiradas do romance Finnegans Wake, de James Joyce. Escreve copiosamente sobre música e publica sete livros, entre eles Silence (1961) e M:Writtings (1973).



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Quinta-feira, 21 DE Fevereiro DE 2008

JOHN DALTON


Químico, físico e professor inglês (6/9/1766-27/7/1844). Responsável pela elaboração da moderna teoria atômica da matéria. Nasce em Eaglesfield e estuda na Quaker''s School de Eaglesfield. Dedica a vida ao ensino e à pesquisa, dando aula em Kendal e Manchester. Desenvolve trabalhos significativos nas áreas de meteorologia, física, gramática e lingüística, além da química. Apesar de conhecida entre os cientistas da época a idéia de que a matéria se compõe de átomos, é Dalton quem estabelece seu modelo definitivo. Apresenta sua Teoria Atômica em uma série de conferências realizadas na Royal Institution de Londres entre 1803 e 1807. Seu nome entra para a história da ciência também por causa da descoberta e descrição do daltonismo, deficiência visual para diferenciar as cores, da qual é portador. Percebe o problema ainda jovem e, ao pesquisar o fenômeno em outras pessoas, observa que algumas sofrem de daltonismo apenas em circunstâncias especiais e que a cegueira cromática é mais acentuada no campo do vermelho (protanopsia) ou do verde (deuteranopsia).



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Quinta-feira, 21 DE Fevereiro DE 2008

JOHN FITZGERALD KENNEDY


Político norte-americano (29/5/1917-22/11/1963). Nasce em Massachusetts, descendente de imigrantes católicos irlandeses. O pai, Joseph P. Kennedy, enriquece como homem de negócios. John estuda nas universidades de Princeton e Harvard. Em 1941, logo que os Estados Unidos entram na II Guerra Mundial, alista-se na Marinha. Quando o navio que comanda é afundado pelos japoneses, no Pacífico, Kennedy resgata a tripulação, o que lhe vale fama de herói de guerra. Começa a carreira política como deputado em 1947 e como senador em 1952. No Congresso, apóia leis em benefício dos trabalhadores e defende políticas anticomunistas. Em 1953 casa-se com Jacqueline Bouvier (mais tarde Jacqueline Kennedy Onassis), com quem tem os filhos Caroline (1957-) e John Fitzgerald Jr. (1960-1999). Em 1960 é eleito presidente pelo Partido Democrata, prometendo incrementar programas de saúde, habitação e direitos civis. Considerado liberal por suas posições sobre relações raciais e assistência social, toma medidas para enfrentar a expansão comunista. No início do governo, autoriza a frustrada invasão de Cuba, na baía dos Porcos. Em 1962 ordena um bloqueio naval contra a ilha, forçando a União Soviética a retirar mísseis ali instalados. Dá início ao envolvimento norte-americano na Guerra do Vietnã. É assassinado durante um desfile em carro aberto na cidade de Dallas, no Texas, por Lee Harvey Oswald.



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Quinta-feira, 21 DE Fevereiro DE 2008

JOHN FORD


Cineasta norte-americano (1/2/1895-31/8/1973). Diretor dos principais faroestes da década de 40. Seu verdadeiro nome é Sean Aloysius O'Feeney. De família irlandesa, nasce no estado do Maine, onde conclui o ensino médio. Em 1914 vai para Hollywood trabalhar com o irmão, Francis, diretor e roteirista de cinema na Universal Studios. É ator, contra-regra e assistente nos filmes do irmão. Em 1917 estréia na direção fazendo os primeiros westerns. Seu estilo valoriza cortes bruscos de cenas, muita ação e enredos que revelam humor e visão sentimental do passado. Com orçamentos modestos e poucos atores, produz alguns clássicos do faroeste, como No Tempo das Diligências (1939), em que une a concisão narrativa do cinema mudo às potencialidades audiovisuais do falado. Na época de sua exibição, a cena do ataque dos índios a uma diligência causa sensação na platéia. Outros clássicos de sucesso são Rio Bravo (1950) e Rastros de Ódio (1956). Dirige alguns dos mais importantes atores da época, como John Wayne, com quem faz seus filmes mais cultuados, Henry Fonda, Tyrone Power e James Stewart. Sua obra influencia cineastas como Orson Welles. Ganha diversos prêmios, entre eles Oscar de melhor direção por O Delator (1935), Vinhas da Ira (1940), Como Era Verde o Meu Vale (1941) e Depois do Vendaval (1952).



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Quinta-feira, 21 DE Fevereiro DE 2008

JOHN HUME


Político católico norte-irlandês (18/1/1937-) Nasce na cidade de Londonderry e forma-se em história pela Universidade Nacional da Irlanda. Inicia sua atividade política em 1969, ao ser eleito para o Parlamento da Irlanda do Norte ou Ulster. Três anos mais tarde, ajuda a fundar o Partido Social-Democrata Trabalhista (SDLP). No início da década de 80, conquista uma cadeira na Câmara dos Comuns do Parlamento britânico e luta para reconciliar católicos e protestantes no Ulster. Estabelece os primeiros contatos secretos com o também católico Gerry Adams, líder do Sinn Féin (braço político do IRA, grupo terrorista católico que luta pelo fim do domínio dos ingleses protestantes). Em 1993, apresenta uma proposta de paz aos governos da República da Irlanda e da Inglaterra, que inspira, em dezembro, a Declaração de Princípios de Downing Street – esboço de plano de paz que admite o fim da divisão da Irlanda. Em razão disso, o IRA decreta cessar-fogo. Em 10 de abril de 1998, os católicos liderados por Hume e os protestantes representados por David Trimble assinam um acordo formal de paz – o Acordo da Sexta-Feira Santa. Em junho de 1998, Hume concorre às eleições para primeiro-ministro na condição de favorito, mas perde para o protestante Trimble. Ambos dividem o Prêmio Nobel da Paz de 1998, porém, o acordo é perturbado por diversos incidentes-- o pior deles é a explosão de uma bomba do IRA, em agosto de 1998, que mata 29 pessoas e fere centenas. Em julho de 2001, Trimble pede demissão do cargo de chefe do Executivo provincial em protesto pela recusa de desarmamento do Exército Republicano Irlandês e negociações entre católicos e protestantes ficam ainda mais difíceis. Em 2001, deixa a liderança do SDLP e, no ano seguinte, recebe o Prêmio Gandhi da Paz, oferecido pelo Governo da Índia. Membro do Parlamento Europeu desde seu início, em 1979, Hume anuncia em fevereiro do 2004 seu afastamento da vida parlamentar.



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Quinta-feira, 21 DE Fevereiro DE 2008

JOHN HUSTON


Diretor e ator de cinema norte-americano (5/8/1906-28/8/1987). Autor de filmes populares na década de 40, John Marcellus Huston nasce em Nevada, Missouri, filho do ator Walter Huston. Aos 14 anos, abandona a escola e trabalha como boxeador, ator, repórter e roteirista. Em 1941 dirige o primeiro filme, Relíquia Macabra, thriller estrelado por Humphrey Bogart com base no livro O Falcão Maltês, do escritor Dashiel Hammet, com o qual ganha o Oscar de melhor direção. Segue-se uma série de sucessos, como O Tesouro de Sierra Madre (1949), em que dirige seu pai e, de novo, Humphrey Bogart; Uma Aventura na África (1952), com Bogart e Katherine Hepburn; e O Segredo das Jóias (1950), um dos primeiros filmes de Marilyn Monroe. Dirige também várias adaptações de peças literárias, como Moby Dick (1956), de Herman Melville. Durante a II Guerra Mundial (1939-1945), realiza três documentários para o exército americano: Report from the Aleutians (1943), The Battle of San Pietro (1944) e Let There be Light (1945). Pelo trabalho, é condecorado com a Legião do Mérito e recebe a patente de major. Em 1960 dirige Marilyn Monroe, Clark Gable e Montgomery Clift em Os Desajustados, curiosamente o último trabalho de Marilyn e Gable e o penúltimo de Clift. Em 1980 publica a autobiografia, Um Livro Aberto. Morre em Middletown.



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Quinta-feira, 21 DE Fevereiro DE 2008

JOHN KEATS


Poeta inglês (31/10/1795-23/2/1821). Considerado um dos maiores nomes do romantismo na Inglaterra. Sua obra oscila entre as freqüentes referências à morte e um intenso sentimento de prazer com a vida. Influenciado pelos poetas gregos do período helênico, como Homero, bem como pelos poetas elizabetanos do século XVI, persegue a perfeição estética. Sua poesia é marcada por sentimentalismo romântico, imagens vibrantes, de grande apelo sensual, e expressão de aspectos da filosofia clássica. Nascido em Londres, fica órfão na infância e é criado em Edmonton por um tutor, que o transforma em aprendiz de cirurgião. Volta em 1814 para Londres, onde trabalha como assistente de cirurgia em dois hospitais. Em 1817 decide abandonar a medicina para se dedicar à poesia. No mesmo ano publica o primeiro livro, Poems, marcado por imagens ultra-românticas, mas não obtém sucesso. Em 1818 lança Endymion e inicia a produção de seu maior poema, Hyperion, que não chega a concluir por causa dos primeiros sinais de tuberculose. Só obtém reconhecimento após a morte, ocorrida em Roma, quando está com apenas 26 anos.



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Quinta-feira, 21 DE Fevereiro DE 2008

JOHN LENNON


Músico, compositor, cantor, ex-integrante do grupo inglês The Beatles. John Winston Lennon (9/10/1940-8/12/1980) nasce em Liverpool, na Inglaterra, e só conhece o pai aos 5 anos – Fred Lennon estava em campanha na II Guerra Mundial. Morando com a mãe, Julia, na casa dos tios, desenvolve um temperamento rebelde, aprende a tocar harmônica e banjo e gosta mais de desenhar que de estudar. Apaixonado pelo rock, que é sucesso na época, forma com amigos de escola, em 1957, a banda Quarrymen, que daria origem ao legendário grupo The Beatles. Em 1962, já em companhia dos parceiros Paul McCarney, George Harrisson e Ringo Starr, grava o primeiro disco compacto do grupo com as músicas Love Me Do e P.S I Love You. No mesmo ano, casa-se com a ex-colega de escola, Cynthia Powell. Em 1963, ano de nascimento do filho Julian Lennon, grava o primeiro álbum com os Beatles, Please, Please Me. A partir daí, o grupo torna-se um fenômeno da música mundial, com 214 canções gravadas, dezenas de compactos e álbuns lançados e vários filmes musicais produzidos até 1970, ano de sua dissolução. Lennon, além de compositor de boa parte das músicas, é tecladista, guitarrista e vocalista. Em 1968, divorcia-se de Cynthia; no ano seguinte, casa-se com Yoko Ono, artista e musicista que conhece em Nova York, e muda seu nome para John Ono Lennon. Com a segunda mulher, tem o filho Sean Taro Ono Lennon e torna-se um ativista da paz por meio de atos de protesto e das letras de suas músicas. Com a dissolução dos Beatles, firma-se na carreira-solo, produzindo sucessos como Instant Karma (1970), Imagine (1971) e Mind Games (1973). Lança 12 álbuns até 1980; o último, Double Fantasy, é co-produzido por Yoko. Em 8 de dezembro de 1980, um tiro disparado à queima-roupa pelo norte-americano Mark David Chapman na frente do apartamento de Lennon, em Nova York, encerra precocemente a vida do músico, que recebeu oito prêmios Grammy (sendo dois póstumos) e desde 1988 está imortalizado no Hall of Fame como integrante dos Beatles.



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Quinta-feira, 21 DE Fevereiro DE 2008

JOHN LOCKE


Filósofo inglês (29/8/1632-28/10/1704). Filósofo do empirismo, que vê a experiência como fonte do conhecimento. Nascido em Wrington, Somerset, estuda medicina, ciências naturais e filosofia em Oxford, aprofundando o entendimento das obras de Francis Bacon e René Descartes. Passa vários anos na França e na Holanda e volta para a Inglaterra quando Guilherme de Orange é coroado rei. Postula que a experiência, fonte do conhecimento, pode ter tanto origem externa, nas sensações, quanto interna, na reflexão. No plano moral, prega a conformidade com a norma. Representante do liberalismo, defende a Monarquia constitucional e representativa – forma de governo estabelecida na Inglaterra depois da Revolução de 1688, da qual participa. Sua principal obra é Ensaio sobre o Entendimento Humano, de 1690, que influencia os filósofos George Berkeley e David Hume. Seu discípulo francês Etienne Condillac usará a teoria empirista para criticar a metafísica no século seguinte. Morre em Oates, Essex.



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Quinta-feira, 21 DE Fevereiro DE 2008

JOHN MAYNARD KEYNES


Economista inglês (5/6/1883-21/4/1946). Um dos pensadores econômicos mais influentes deste século. Nasce em Cambridge e estuda na universidade local, onde passa a lecionar. Em 1919 renuncia ao cargo de delegado britânico na Conferência do Tratado de Versalhes, por discordar das indenizações exorbitantes impostas à Alemanha no pós-guerra. Expõe suas críticas no livro As Conseqüências Econômicas da Paz (1919). Seu principal trabalho, A Teoria Geral do Emprego, do Juro e do Dinheiro (1936), é considerado a base da chamada "revolução keynesiana". Nele, o economista contraria a teoria clássica segundo a qual as economias tenderiam para o equilíbrio e o pleno emprego. Sustenta que o desemprego pode perdurar indefinidamente se os governos não fizerem gastos para estimular a economia e o crescimento. Em 1944 representa o Reino Unido na Conferência de Bretton Woods, que define a instituição do Fundo Monetário Internacional (FMI) para regular a economia ocidental no pós-guerra. É freqüentador assíduo, em 1907, do chamado grupo de Bloomsbury, nome do bairro em que residia a escritora Virginia Woolf e em cuja casa reuniam-se destacados intelectuais londrinos, como o romancista E.M. Forster e o poeta T.S. Eliot. Morre em Firle, no condado de Sussex.



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Quinta-feira, 21 DE Fevereiro DE 2008

JOHN MILTON

Poeta inglês (9/12/1608-8/11/1674). Representante do classicismo e autor de O Paraíso Perdido, um dos poemas épicos mais importantes da literatura universal. Nasce em Londres e estuda em Cambridge. Demonstra erudição desde criança. Em 1631, antes de se formar, começa a escrever os primeiros poemas e sonetos em latim, italiano e inglês. De 1641 a 1660 também escreve prosa, peças teatrais, artigos e ensaios sobre política e religião. Participa da vida política do país apoiando o movimento liderado por Oliver Cromwell. Chega a ocupar cargos no governo durante o período republicano. Com a restauração da Monarquia, é preso, mas libertado pouco depois, em razão da idade avançada e da saúde frágil. Casa-se pela terceira vez em 1663, com uma jovem de 25 anos, e vive os últimos anos de vida em dificuldades financeiras. Já completamente cego dita o poema O Paraíso Perdido, publicado em 1667, sobre a queda de Lúcifer e o pecado original. Quatro anos depois lança O Paraíso Reconquistado, uma seqüência do primeiro poema, narrando a vinda de Cristo à Terra para reconquistar o que Adão teria perdido. Morre em Londres.


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Quinta-feira, 21 DE Fevereiro DE 2008

JOHN ROCKEFELLER


Empresário norte-americano (8/7/1839-23/5/1937). Nasce em Nova York, mas logo muda com a família, de posses medianas, para a fazenda do pai em Cleveland, Ohio, em 1853. Quando criança, costumava comprar doces em liquidações para depois revender e embolsar o lucro. Na década de 1860, a região de Cleveland torna-se uma das maiores produtoras de petróleo dos Estados Unidos. Rockefeller percebe o potencial de expansão do negócio e constrói sua primeira refinaria em 1863. Reinveste os lucros e mantém os custos baixos, assim em poucos anos funda a Standard Oil e começa a comprar todas as refinarias da região. Desse modo, é capaz de negociar com as empresas ferroviárias melhores preços para transportar seu produto. Na década de 1880, a Standard Oil é um monopólio tão poderoso que origina uma lei federal antitrustes, promulgada em 1890. Rockefeller divide então sua companhia em pequenas empresas, que continua a controlar. Muito religioso, notabiliza-se por raramente sorrir e por ser visto apenas no escritório e na Igreja Batista. É considerado o homem mais rico da história dos Estados Unidos, com uma fortuna de 1,4 bilhão de dólares – o equivalente a 190 bilhões de dólares em valores de hoje. No fim da vida destina mais de um terço de seu dinheiro à filantropia. Ajuda a fundar a Universidade de Chicago e cria o Instituto Rockefeller para Pesquisa Médica e a Fundação Rockefeller, que incentiva pesquisas na área de ciências humanas e aplicadas. Morre na Flórida.



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Quinta-feira, 21 DE Fevereiro DE 2008

JOHN STEINBECK


Escritor norte-americano. Prêmio Nobel de Literatura de 1962, destaca-se pelos temas proletários e pelo uso de qualidades arquetípicas em seus personagens. John Ernst Steinbeck (27/2/1902-20/12/1968) nasce na cidade de Salinas, Califórnia. Estuda na Universidade de Stanford entre 1920 e 1926 e não chega a se formar. Começa a escrever, mas seus livros não conseguem sucesso, obrigando-o a trabalhar em uma fazenda colhendo frutas. Essa experiência o influencia muito, e a vida dos trabalhadores, em especial do campo, torna-se presente em suas histórias. Seu primeiro livro, A Taça de Ouro, é publicado em 1929, seguido por Para um Deus Desconhecido (1933). No ano de 1935 consegue algum êxito com Boêmios Errantes Flat, uma história sobre mexicanos residentes nos Estados Unidos. Seguem-se Dubious Battle (1936) e Ratos e Homens (1937). Este último ganha versão cinematográfica, o que consolida definitivamente seu nome. Sua obra mais importante, no entanto, é publicada em 1939: com As Vinhas da Ira recebe o Prêmio Pulitzer e o National Book Award. O livro – também transformado em filme de sucesso – conta a história de uma família de trabalhadores rurais que perdeu suas terras durante a Grande Depressão e parte de Oklahoma para a Califórnia, descrevendo a exploração do sistema agroeconômico. Steinbeck também é autor de Noite sem Lua (1942), A Pérola (1947), O Menino e o Alazão (1949), além do roteiro dos filmes Forgotten Village (1941) e Viva Zapata! (1952). Morre em Nova York.


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Quinta-feira, 21 DE Fevereiro DE 2008

JOHN WAYNE


Ator de cinema norte-americano (26/5/1907-11/6/1979), o mais famoso caubói da história cinematográfica. Seu verdadeiro nome é Marion Michael Morrisson. Nasce em Winterset, no estado de Iowa, e começa a carreira como dublê. Descoberto pelo diretor John Ford em 1928, faz pontas até ficar conhecido com A Grande Jornada, filme de Raoul Walsh (1930). Mas é sob a direção de Ford que se torna um mito, no papel do caubói forte, silencioso e justiceiro do Velho Oeste norte-americano, como em No Tempo das Diligências (1939) e em Rastros de Ódio (1956). É dirigido também por Howard Hawks emRio Vermelho (1948), Onde Começa o Inferno (1958), Eldorado (1966) e Rio Lobo (1970), considerados pontos altos do western. Interpreta ainda comédias, filmes de guerra e dramas. Dirige e atua em O Alamo (1959) e Os Boinas Verdes (1968), nos quais deixa clara sua posição política de extrema direita. Recebe o Oscar de melhor ator em 1962 por Bravura Indômita, dirigido por Henry Hathaway. Morre em Hollywood.



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Quinta-feira, 21 DE Fevereiro DE 2008

JONATHAN SWIFT


Escritor irlandês (30/11/1667-19/10/1745). Crítico mordaz da sociedade e da política de seu tempo, que ridiculariza em sátiras brilhantes, é considerado um dos maiores prosadores da língua inglesa. Nasce em Dublin. Depois de se formar no Trinity College, vai para a Inglaterra e, em 1692, gradua-se em teologia pela Universidade de Oxford. Três anos mais tarde é ordenado sacerdote da Igreja Anglicana e, em 1713, torna-se deão da Catedral de Saint Patrick, em Dublin. Desde 1701 participa ativamente da vida política inglesa, primeiro a favor dos whigs (liberais) e, depois, dos tories (conservadores). Como escritor, torna-se alvo de admiração e ódio com seus panfletos satíricos, como A Tale of a Tub (A História de um Tonel, 1704), em que ridiculariza as instituições religiosas. Em 1726 publica sua obra-prima, Viagens de Gulliver, sátira aos liberais, aos juristas, às instituições e ao gênero humano em geral. Sucesso imediato, o livro transforma-se num clássico da literatura infantil universal. A intenção de Swiff com os panfletos satíricos é defender os interesses da Irlanda contra a aristocracia inglesa. Em 1742 sofre um derrame que o deixa paralítico. Morre em Dublin.



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Quinta-feira, 21 DE Fevereiro DE 2008

JORGE AMADO


Escritor baiano. O romancista brasileiro mais traduzido e conhecido em todo o mundo. Retrata a Bahia com cores vivas e sensuais. Jorge Amado (10/8/1912-6/8/2001) nasce em Itabuna. Aos 19 anos surpreende a crítica e o público com o lançamento do romance O País do Carnaval. Comunista, desenvolve uma literatura politicamente engajada e, nos anos seguintes, lança dois romances ambientados na região cacaueira de Ilhéus: Cacau (1933) e Suor (1934). O primeiro deles é apreendido pela polícia política de Getúlio Vargas, o que aumenta seu prestígio. A seguir escreve Jubiabá (1935), Capitães da Areia (1937) e Seara Vermelha (1946). Preso durante o Estado Novo, em 1945 é eleito deputado federal constituinte pelo Partido Comunista Brasileiro (PCB). Perde o mandato em 1948, depois que o partido é colocado na ilegalidade. Deixa o Brasil e vive cinco anos na Europa e na Ásia. No exílio, escreve Os Subterrâneos da Liberdade, romance em três volumes com história centrada no Rio de Janeiro e em São Paulo, em que faz um panorama do Estado Novo e denuncia as perseguições, as prisões e a tortura dos oposicionistas. Em 1956 rompe com o Partido Comunista Brasileiro por discordar dos crimes praticados no período do stalinismo na União Soviética. Com Gabriela, Cravo e Canela (1958) começa uma nova fase literária, marcada por um estilo picaresco, de personagens malandros e bufões. O livro, de grande sucesso, é transformado em novela para a TV e em filme. Também fazem sucesso no cinema Dona Flor e Seus Dois Maridos (recordista de bilheteria no país) e Tieta do Agreste. Com a visão debilitada que o impedia de ler e escrever, e enfrentado problemas de saúde, Jorge Amado morre a 6 de agosto de 2001. Seu corpo é cremado e as cinzas são jogadas ao pé da mangueira do quintal de sua casa em Salvador.



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Quinta-feira, 21 DE Fevereiro DE 2008

JORGE ANDRADE

Dramaturgo paulista. Sua obra marca o teatro brasileiro da década de 60 ao retratar os conflitos sociais decorrentes da transformação da economia paulista. Aluísio Jorge Andrade Franco (21/5/1922 - 13/3/1984) nasce na cidade de Barretos e estuda direito em São Paulo. Abandona o curso e ingressa na Escola de Arte Dramática (EAD) na década de 50. A influência da crise do café na dissolução da família paulista aparece primeiro em O Telescópio (1954) e A Moratória (1955) e, a seguir, nas peças A Escada (1961) e Senhora da Boca do Lixo (1963), esta última proibida pela censura sob a alegação de conter críticas ao clero e aos militares. A ascensão das novas classes urbanas está na obra Os Ossos do Barão (1963), transformada em novela para TV na década de 70. O autor também discute o fanatismo e a intolerância da população rural em Vereda da Salvação (1964), texto adaptado para o cinema por Anselmo Duarte em 1965. Na década de 70 escreve as telenovelas O Grito e As Gaivotas. Morre em São Paulo, em conseqüência de complicações de um derrame cerebral.



publicado por LUCIANO às 11:49
Quinta-feira, 21 DE Fevereiro DE 2008

JORGE BORNHAUSEN


Político carioca com atuação em Santa Catarina (1º/10/1937-). É o atual presidente do Partido da Frente Liberal (PFL). Nasce na cidade do Rio de Janeiro, para onde sua família se muda depois da Revolução de 1930, quando o pai é impedido de continuar a exercer suas atividades políticas em Santa Catarina. Possui ascendência suíça pelo lado paterno, e alemã, pelo materno. Forma-se em direito na Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-RJ) em 1960. Em seguida, vai para Santa Catarina trabalhar como escriturário no Banco da Indústria e Comércio (Inco), do qual o pai é acionista majoritário. Passa por todos os setores da instituição até ser nomeado vice-governador pela Aliança Renovadora Nacional (Arena), em 1967, e seguir a carreira política. É presidente da Arena de 1972 a 1975, presidente do Banco do Estado de Santa Catarina até 1978 e governador nomeado pela Assembléia Legislativa catarinense até 1982. No final do mandato, elege-se senador pelo Partido Democrático Social (PDS), que substitui a Arena. No ano seguinte, participa da fundação do Partido da Frente Liberal (PFL), tornando-se presidente da legenda. Reelege-se para o mesmo cargo em 1993 e em 1999. Na iniciativa privada, é membro do conselho consultivo das Indústrias Chapecó e da Mercedes-Benz do Brasil. Com a renúncia do senador Antônio Carlos de Magalhães em 2001 (que volta a se eleger em 2002), Bornhausen consolida a posição de líder do PFL e de principal interlocutor do partido com o governo de Fernando Henrique Cardoso. Com a eleição de Luiz Inácio Lula da Silva, Bornhausen passa a ser um dos principais nomes da oposição.



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Quinta-feira, 21 DE Fevereiro DE 2008

JORGE DE LIMA


Poeta, romancista e médico alagoano. Autor modernista, um dos mais originais da poesia brasileira, escreveu Invenção de Orfeu.Jorge Mateus de Lima (23/4/1895 - 15/11/1953) nasce em União dos Palmares. Aos 14 anos escreve o poema O Acendedor de Lampiões, que lhe dá fama. Começa a estudar medicina em Salvador e em 1911 transfere-se para o Rio de Janeiro, onde conclui o curso, em 1914. De volta a Alagoas, leciona história natural e literatura na Escola Normal. Em 1926 elege-se deputado estadual. Muda-se depois para o Rio de Janeiro e é eleito vereador. Em 1914 publica XIV Versos Alexandrinos, seu primeiro livro. O Mundo do Menino Impossível (1925) marca sua adesão ao modernismo. Dois de seus livros mais populares são Novos Poemas (1929) e Poemas Negros (1937). Convertido ao catolicismo, escreve Anchieta (biografia, 1934) e Tempo de Eternidade (poesia, em parceria com Murilo Mendes, 1935). Entre seus romances estão Calunga (1935) e Guerra Dentro do Beco (1950). No fim da vida dedica-se à clínica médica e à poesia. Invenção de Orfeu é editado em 1952, um ano antes da morte do poeta, ocorrida no Rio de Janeiro.



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Quinta-feira, 21 DE Fevereiro DE 2008

JORGE GERDAU


Empresário fluminense. É o dono da maior empresa privada de siderurgia do Brasil, a Gerdau. Jorge Gerdau Johannpeter (8/12/1936-) nasce no Rio de Janeiro, filho de descendentes de alemães. Aos 14 anos, começa a trabalhar como operador de máquinas na fábrica de pregos do avô, em Porto Alegre (RS). Nessa época, em virtude da dificuldade para obter matéria-prima por causa da II Guerra Mundial, seu pai decide comprar a Siderúrgica Riograndense. Em 1961, Jorge forma-se em direito, passa a auxiliar o pai na condução dos negócios e, mais tarde, adquire a Fábrica de Arames São Judas (SP), a Siderúrgica Aço Norte (PE) e a Companhia Siderúrgica da Guanabara. Depois de passar por várias áreas da empresa, assume a presidência em 1983. Inicia a expansão de seus negócios para o exterior com a compra da Siderúrgica Laisa, no Uruguai. Além de presidente do conselho diretor, Gerdau coordena a Ação Empresarial Brasileira, movimento formado pelas principais instituições empresariais do país e praticipa de várias outras instituições de classe e governamentais. Uma das maiores forças mundiais da siderurgia, a Gerdau é atualmente um grupo siderúrgico com unidades no Brasil, Argentina, Canadá, Chile e Estados Unidos, que ocupa a 11ª posição no ranking mundial de produtores de aço e é capaz de produzir 14,7 milhões de toneladas de aço por ano. Em 2003 o Grupo Gerdau fatura R$15,8 bilhões. Casado, pai de cinco filhos e avô de oito netos, Jorge Gerdau Johannpeter é um dos pioneiros do surfe no sul do país, na década de 50. Herda do pai o amor pelo hipismo, esporte que pratica desde os 9 anos. Como criador da raça holsteiner, tem dois cavalos premiados com medalhas de bronze nas Olimpíadas de Atlanta (1996). Um dos cavaleiros vencedores é o filho André, que volta a receber o bronze olímpico em Atenas (2004), no salto por equipes.



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Quinta-feira, 21 DE Fevereiro DE 2008

JORGE LUIS BORGES


Escritor argentino (24/8/1899-14/6/1986). Nascido em Buenos Aires, é um dos renovadores da literatura hispano-americana. De família tradicional, muda-se aos 13 anos para a Suíça, onde se forma no Collège de Genève. Vai aos 20 para a Espanha e passa dois anos em Madri, onde entra em contato com grupos literários de vanguarda. De volta a Buenos Aires em 1921, escreve poemas e ensaios sobre literatura, filosofia e história e funda, com outros escritores, o movimento ultraísta. Colabora nas revistas literárias modernistas Sur e Martín Fierro. São dessa época os livros de poesia Fervor de Buenos Aires (1923) e Caderno San Martín (1929). Mas são os contos, que começa a escrever nos anos 30, que o projetam internacionalmente como um dos grandes nomes da literatura fantástica. Publica História Universal da Infâmia (1935), Ficções (1945) e O Aleph (1949). Em 1955, é nomeado diretor da Biblioteca Nacional e professor de literatura inglesa e norte-americana na Universidade de Buenos Aires. Fica cego devido a uma doença hereditária e passa a ditar suas obras. Escreve, entre outros, O Livro de Areia (1955) e O Livro dos Seres Imaginários (1967), combinando a simplicidade de um contador de histórias com a abordagem de questões complexas, como a circularidade do tempo e o infinito. Em 1961, divide com Samuel Beckett o Prêmio Formentor de Literatura. Morre em Genebra, na Suíça.



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Quinta-feira, 21 DE Fevereiro DE 2008

JORGE PAULO LEMANN

Empresário e tenista fluminense. Fundador do Banco Garantia, instituição que chegou a ser o maior banco de investimentos do Brasil. Jorge Paulo Lemann (26/8/1939-) nasce no Rio de Janeiro e, aos 7 anos, recebe as primeiras aulas de tênis. No início dos anos 60, forma-se em economia na Universidade de Harvard (EUA) e consegue um estágio no banco Credit Suisse. Desiste do trabalho pouco tempo depois e decide ser tenista profissional, disputando com craques como Thomas Koch e Edson Mandarino. É campeão carioca diversas vezes e, em cinco ocasiões, conquista o título de campeão brasileiro. Em 1971, volta ao mundo financeiro e funda o Banco Garantia. Nos anos 80, a instituição passa a aplicar os recursos em negócios de alto risco e cresce rapidamente, tornando-se o maior banco de investimentos do país. Parte do sucesso é creditado ao modo de gestão adotado por Lemann, que estimulava jovens profissionais a buscar rendimentos máximos e os transformava em altos executivos, muitas vezes lhes oferecendo sociedade. Em junho de 1997, um mês antes da crise asiática, o Banco Garantia contava com uma carteira de investimentos de 4,5 bilhões de dólares. A crise provoca perdas de 600 milhões de dólares ao banco e, um ano depois, ele é vendido ao mesmo Credit Suisse em que Lemann estagiou pela primeira vez. Sócio das Lojas Americanas, da Ambev e da Inbev, associação entre a cervejaria brasileira e a belga Interbrew, entre outras empresas, Lemann é dono de uma fortuna que ultrapassa 1 bilhão de dólares. Participa do conselho administrativo da Gillete, da qual é um dos maiores acionistas, e do conselho da Bolsa de Valores de Nova York.



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Quinta-feira, 21 DE Fevereiro DE 2008

JORGE STREET


Médico e empresário fluminense. Incentivador da industrialização nacional, é um dos fundadores da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp).Jorge Luís Gustavo Street (22/12/1863-23/2/1939) nasce na cidade do Rio de Janeiro, filho do austríaco Ernesto Diniz Street e da brasileira Heloísa Street. Completa o curso secundário em Bonn, na Alemanha. Volta ao Brasil em 1880 e forma-se seis anos depois pela Escola de Medicina do Rio de Janeiro. Faz especializações em Paris, Berlim e Viena. Quando retorna ao Rio, recebe do pai ações da Fábrica de Jutas São João, mas continua a exercer a medicina até o casamento com Zélia Frias, em 1897. Dedica-se, então, à indústria. Em 1900 torna-se um dos diretores da Sociedade Auxiliadora da Indústria Nacional. É eleito secretário-geral do Centro Industrial do Brasil, em cuja diretoria permanece até 1927. Amplia suas atividades e, em 1914, constrói em São Paulo sua obra mais polêmica - a fábrica de tecidos Nova Zélia, junto da qual ergue, para uso dos operários, uma vila para centenas de famílias, com escola primária, biblioteca, ambulatório médico e odontológico e clube recreativo. É acusado de paternalista por alguns e considerado por outros um precursor de relações trabalhistas mais avançadas. Sua liderança entre os empresários é significativa, e em 1926 é eleito presidente do Centro das Indústrias de Fiação e Tecelagem de São Paulo. Dois anos depois ajuda a fundar o Centro de Indústrias do Estado de São Paulo, que na década de 30 se transforma na Fiesp. Nomeado diretor-geral do Departamento Estadual do Trabalho, em 1934, permanece no cargo dois anos e afasta-se por motivos de saúde. Morre em São Paulo aos 75 anos.



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Quinta-feira, 21 DE Fevereiro DE 2008

JORGE VIANA

Político acreano (20/9/1959-),governador do estado desde 1998. Filho de um político, nasce em Brasiléia. Cresce em Rio Branco, onde o pai exerce o mandato de vereador e depois se elege deputado estadual e federal. Jorge Viana forma-se em engenharia florestal pela Universidade de Brasília (UnB) em 1985. No início da década de 80, ainda estudante, presta assessoria técnica ao Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Xapuri e ao Conselho Nacional dos Seringueiros, onde conhece o líder seringueiro e sindicalista Chico Mendes. É técnico na Fundação de Tecnologia do Acre quando participa, em 1986, da coordenação da campanha do líder seringueiro para deputado estadual. Ingressa na vida partidária em 1989, pelo Partido dos Trabalhadores (PT), pelo qual disputa as eleições para o governo do Acre em 1990. É derrotado no segundo turno, mas dois anos depois vence as eleições para a prefeitura da capital. Sua administração é escolhida pela Fundação Getúlio Vargas para receber o prêmio de Gestão Pública e Cidadania pelo Programa de Assentamento de Pólos Agroflorestais. De 1993 a 1996, o projeto consegue estabelecer 200 famílias no campo, em lotes de 3,5 a 5 hectares de terrae moradias com água encanada e energia elétrica e com consultoria agronômica para o cultivo da terra. Em 1998 é eleito governador do Acre no primeiro turno, com a proposta de gerar 40 mil empregos, realizar o zoneamento agroecológico do estado e investir na industrialização de produtos agrícolas e florestais abundantes, com base em um programa de desenvolvimento sustentável. Em 2002 se reelege no primeiro turno como governador do Acre. Em 2003, recebe um prêmio por sua atuação na área ambiental do Fundo Mundial para a Natureza (WWF).



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Quinta-feira, 21 DE Fevereiro DE 2008

JOSÉ ÁLVARES MACIEL


Intelectual mineiro. Um dos conspiradores da Inconfidência Mineira, julgado e condenado ao degredo perpétuo. José Álvares Maciel (1760-1802) nasce em Vila Rica, atual Ouro Preto. Filho de um capitão-mor, desde cedo liga-se à maçonaria. Forma-se em filosofia pela Universidade de Coimbra e passa um ano e meio estudando química e mineralogia em Londres. No final da década de 1780 começa a participar de reuniões de conspiração contra o sistema colonial português, nas quais destacam-se intelectuais e poetas de reconhecimento nacional, como Claúdio Manuel da Costa, Tomás Antônio Gonzaga e Alvarenga Peixoto, todos também formados em Coimbra. É a primeira pessoa a ser convencida por Tiradentes da possibilidade de proclamar a independência da metrópole. Após a vitória da conspiração, ficaria encarregado de chefiar a fabricação de manufaturas no país independente. Com a prisão dos inconfidentes, inicialmente nega sua participação na conjuração. Em seu segundo depoimento afirma que Tiradentes fora o idealizador do movimento separatista. Condenado à morte, tem a pena comutada em degredo, partindo para Angola em 1792. Lá fica amigo do governador, passando a explorar minas de ferro, e se torna dono das mais importantes fábricas de fundição da região. Morre na Vila de Massangano, nos arredores de Luanda.



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Quinta-feira, 21 DE Fevereiro DE 2008

JOSÉ AMÉRICO DE ALMEIDA


Escritor e político paraibano (10/1/1887-10/3/1980). Nascido em Areia, é o autor do romance A Bagaceira (1928), considerado marco da literatura social nordestina da época. Participa ativamente da Revolução de 1930 e, após seu êxito, é nomeado interventor na Paraíba. De 1935 a 1937 ocupa o Ministério da Viação e Obras Públicas. Candidata-se, em seguida, à Presidência da República, mas é obrigado a desistir diante da consolidação do Estado Novo. Rompe com Getúlio Vargas e participa da fundação da União Democrática Nacional (UDN), que o elege senador em 1947. Em 1950 é eleito governador da Paraíba. Dois anos depois, reata com Vargas e volta ao Ministério da Viação e Obras Públicas. Com A Bagaceira, inaugura uma literatura realista de temática social – a seca, o retirante, os engenhos, a vida nos canaviais – que exerce grande influência sobre outros escritores. Após a morte de Vargas, em 1954, instala-se em sua casa na praia de Tambaú, em João Pessoa, de onde continua a influir na política. Apóia o Regime Militar de 1964 e toma partido de candidatos seus na política regional nas décadas seguintes. É eleito para a Academia Brasileira de Letras em 1966.



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Quinta-feira, 21 DE Fevereiro DE 2008

JOSÉ BONIFÁCIO DE ANDRADA E SILVA


Político paulista. Um dos homens públicos mais importantes do Império, um dos principais líderes da Independência do Brasil e tutor de dom Pedro II até a maioridade. José Bonifácio de Andrada e Silva (13/6/1763-6/4/1838) nasce em Santos. Ainda criança é enviado a Portugal para estudar em Coimbra e permanece na Europa por 36 anos. Em Lisboa atua como naturalista, geólogo e metalurgista e funda a primeira cátedra de metalurgia em uma universidade portuguesa. Entre seus trabalhos acadêmicos destaca-se a descrição de doze minerais novos. Em 1802 é homenageado pela Universidade de Coimbra com o título de doutor em filosofia natural. Retorna ao Brasil em 1819 e elege-se para a bancada brasileira nas Cortes Constitucionais de Lisboa. Inicialmente não revela intenções separatistas e procura apenas preservar as vantagens conquistadas pelo Brasil desde 1808. Com a inflexibilidade das cortes, transforma-se em ardoroso defensor da independência, adversário do absolutismo e adepto da Monarquia constitucional. Por influenciar bastante o príncipe regente durante o processo de independência, passa a ser conhecido como "Patriarca da Independência". No governo de dom Pedro I é nomeado ministro do Reino e dos Negócios Estrangeiros. Indispõe-se com o imperador durante o processo constituinte e, em 1823, é preso e exilado na França. Retorna ao Brasil seis anos depois e se reconcilia com dom Pedro I. Com a abdicação do imperador, em 1831, é nomeado tutor do príncipe herdeiro, dom Pedro II. É considerado uma das mais cultas personalidades de sua época, autor de diversas poesias com o pseudônimo de Américo Elísio. Afasta-se da política em 1835 e morre três anos depois, em Niterói.



Quinta-feira, 21 DE Fevereiro DE 2008

JOSÉ CELSO MARTINEZ CORREA


Dramaturgo, ator, diretor teatral e cineasta paulista. Uma das figuras mais polêmicas do teatro brasileiro contemporâneo. José Celso Martinez Correa (30/3/1937-) nasce em Araraquara, filho de um diretor de colégio. Funda o grupo de teatro Oficina em 1958, com a peça de sua autoria Vento Forte para um Papagaio Subir, com Carlos Queiroz Telles, Renato Borghi e outros atores. Forma-se em direito e dirige A Vida Impressa em Dólar (C. Odets) em 1961. A partir daí encena Os Pequenos Burgueses (Górki), Andorra (M. Frisch) e O Rei da Vela (Oswald de Andrade). Desse período, sua montagem mais famosa é Roda Viva (Chico Buarque, 1968), que sai de cartaz depois que o teatro é invadido e os atores são agredidos por anticomunistas. Enfrenta problemas com a censura, é preso em 1974 e exila-se em Portugal, onde forma o grupo Oficina Samba. Dirige e protagoniza Galileu Galilei (Brecht), faz o documentário O Parto, sobre a Revolução dos Cravos, produzido pela Rádio Televisão Portuguesa e pelo Oficina, e realiza o filme Vinte e Cinco, sobre a independência de Moçambique. Volta ao Brasil em 1978. Em 1980, escreve Cinemação, junto com o dramaturgo Noílton Nunes. Inicia movimento para manter aberto o Teatro Oficina, que é tombado em 1982 e reinaugurado em (1993) com a peça Ham-Let. Recebe mais de 20 prêmios, como melhor autor por A Incubadeira, em 1958 (Festival de Teatro de Santos); melhor direção no Festival Latino-Americano por Os Pequenos Burgueses e Andorra (1965); Prêmio Shell de melhor direção por Ham - Let (1993); Mambembe de melhor ator em 1998 por Ela (Jean Genet); e Prêmio Shell de melhor autor e diretor por Cacilda! (1999). Atualmente, dirige o grupo de teatro Oficina Uzina Uzona. Em 2002 é homenageado pela Câmara dos Vereadores de São Paulo com o título de Cidadão Paulistano. No mesmo ano, sua trajetória profissional é tema do livro Folha Explica José Celso Martinez Corrêa, escrito por Aimar Labaki. Em 2003 inicia a adaptação para os palcos de Os Sertões, de Euclides da Cunha. Baseado na estrutura do livro, Zé Celso recria-o em quatro espetáculos, A Terra, O Homem - em duas partes- e A Luta, esta última estreando em 2004 na Alemanha.


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Quinta-feira, 21 DE Fevereiro DE 2008

JOSÉ DA SILVA PAES


Militar e engenheiro português. É o primeiro governador colonial de Santa Catarina e o responsável pelo povoamento da costa catarinense e do Rio Grande do Sul. José da Silva Paes (séc. XVIII) nasce em Portugal. Chega ao Brasil, em 1735, com a missão de defender a colônia do Sacramento do interesse espanhol. No ano seguinte se instala no Rio de Janeiro, já com a patente de general. Alerta o rei sobre a necessidade de fundar a colônia do Rio Grande do Sul, cuja geografia favorece a criação de gado. Promovido a brigadeiro, é enviado para lá, onde funda, em 1737, o presídio Jesus Maria José. Nessa ocasião, descreve ao rei a precária situação em que o território se encontra. Deixa a região para se tornar governador do Rio de Janeiro, em 1738. Na época, manda reforço, alimento e munição para o Rio Grande do Sul. Ao final do mesmo ano é nomeado governador de Santa Catarina. Assume o posto em 1739 e constrói diversos fortes, entre eles o de Nossa Senhora da Conceição (1741), na ilha de Araçatuba, e a fortaleza de Santa Cruz (1744), na ilha de Anhatomirim. É chamado para ajudar na administração do Rio Grande do Sul em 1743, onde permanece até o início de 1746. De volta a Santa Catarina, realiza campanha para o povoamento da área, 4 mil pessoas que vêm do arquipélago português de Açores. Constrói a Casa do Governo e repartições civis, desenvolve a agricultura e cria um batalhão, depois transformado em regimento. Retorna a Portugal em 1749.


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Quinta-feira, 21 DE Fevereiro DE 2008

JOSÉ DE ALENCAR

Escritor cearense. Um dos principais nomes do romantismo brasileiro na prosa, é considerado o fundador do romance de temática nacional. José Martiniano de Alencar (1º/5/1829 - 12/12/1877) nasce em Mecejana. Cursa direito em São Paulo e em Olinda (PE), entre 1845 e 1850. Ainda estudante publica os primeiros trabalhos na revista Ensaios Literários (1847-1848). Nesse período escreve uma novela histórica, Os Contrabandistas, queimada em uma brincadeira de um companheiro de quarto. Trabalha como advogado e jornalista. Em 1854 escreve crônicas no Correio Mercantil e em 1856 é redator no Diário do Rio de Janeiro. Nesse jornal lança em capítulos os primeiros romancetes – Cinco Minutos (1856) e A Viuvinha (1857). Torna-se famoso com O Guarani, publicado em folhetim também de 1857, obra que expõe as raízes formadoras da nacionalidade e a miscigenação do português com o indígena. Nesse mesmo ano estréia como dramaturgo ao escrever a peça O Rio de Janeiro – Verso e Reverso, encenada no Teatro Ginásio. Ingressa na política em 1861, sendo eleito deputado-geral pelo Ceará por quatro legislaturas. Em Como e Porque Sou Romancista (1874), Alencar diz: "O único homem novo e quase estranho que nasceu em mim e com virilidade foi o político". Casa-se com Georgina Cochrane em 1864, com quem tem um filho. Ocupa a pasta da Justiça no gabinete do visconde de Itaboraí, de 1868 a 1870. Escreve cerca de oito peças de teatro e 20 romances. Entre os históricos estão O Guarani, Iracema (1865), considerado uma alegoria da colonização do Brasil e de toda a América pelos europeus, e A Guerra dos Mascates (1873). Sua obra regionalista inclui O Gaúcho (1870) e O Sertanejo (1875). O principal marco dos romances de temática urbana é Senhora (1875). Além do romance urbano, seus livros se dividem também entre os históricos e indianistas e os regionalistas. Em 1877 viaja para a Europa, a fim de se tratar de tuberculose. Morre vítima da doença no mesmo ano, no Rio de Janeiro.



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Quinta-feira, 21 DE Fevereiro DE 2008

JOSÉ DE ANCHIETA


Jesuíta e escritor espanhol. É o fundador da cidade de São Paulo. José de Anchieta (19/3/1534 - 9/6/1597) nasce nas ilhas Canárias e estuda em Coimbra, Portugal. Entra para a Companhia de Jesus em 1551. Dois anos depois emigra para o Brasil na comitiva de Duarte da Costa, com o intuito de catequizar os índios. Em 25 de janeiro de 1554 funda um colégio às margens dos rios Tamanduateí e Anhangabaú. Aos poucos se forma em torno dele um povoado que Anchieta batiza de São Paulo. Enviado pelo padre Manuel da Nóbrega a São Vicente, aprende tupi e escreve Arte de Gramática da Língua Mais Usada na Costa do Brasil. Ao lado das obras catequéticas escreve poesias marcadas pela visão de mundo medieval. Em 1563, durante os cinco meses em que é mantido como refém dos índios tamoios, escreve o poema em latim De Beata Virgine Dei Matre Maria e vários autos religiosos. Já doente, muda-se para o Espírito Santo, onde morre, aos 63 anos. Em 1980 é beatificado pelo papa João Paulo II.



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Quinta-feira, 21 DE Fevereiro DE 2008

JOSÉ DE SAN MARTIN


Militar e político argentino (25/2/1778-17/8/1850). Nasce na província de Corrientes, filho do coronel espanhol Juan de San Martín. Com 6 anos, vai para a Espanha e é educado em um seminário, em Madri. Serve no Exército espanhol por 22 anos e chega a lutar contra as forças de Napoleão. Em 1811, deixa o Exército e vai para Londres, onde encontra revolucionários da América espanhola. No ano seguinte, volta para a capital da Argentina, Buenos Aires, ao saber da existência de movimentos pró-independência isolados e coloca-se a serviço dos revolucionários. Seus laços com o país aumentam quando se casa, em setembro de 1812, com a argentina Maria de los Remedios Escalada, com quem tem uma filha. Organiza e chefia a luta contra as tropas espanholas, da qual sai vitorioso em 1816. Dedica-se, então, a libertar as nações vizinhas. Com um pequeno exército, cruza os Andes para ajudar na campanha pela independência do Chile, colaborando com o líder Bernardo O´Higgins. Em 1820 chega por mar ao Peru, acompanhado por tropas cedidas por O’Higgins. Toma Lima e declara a independência do país em 28 de julho de 1821. Contudo, os espanhóis ainda resistem no interior e o processo só se consolida quando Simón Bolivar vem em sua ajuda. Depois da vitória, os dois se desentendem em relação à forma de governo que deve ser instalada. Em 1822, San Martín abandona a política e se exila na Bélgica e depois na França, onde morre.



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Quinta-feira, 21 DE Fevereiro DE 2008

JOSÉ DIRCEU

Político mineiro, presidente nacional do Partido dos Trabalhadores (PT) e deputado federal pela quarta vez consecutiva. Nascido em Passa Quatro, Minas Gerais, José Dirceu de Oliveira e Silva (16/3/1946-) migra para São Paulo em 1961 para trabalhar e estudar. Em 1965 entra para a faculdade de direito da Pontifícia Universidade Católica e logo se engaja na política estudantil. Dois anos depois se torna presidente da União Estadual dos Estudantes. A oposição ao regime militar leva-o à prisão em 1968 e à expulsão do país no ano seguinte. Exilado em Cuba, retorna clandestinamente ao Brasil em 1975 e se instala no Paraná. Em 1979, com a lei da Anistia, volta a São Paulo, onde participa da fundação do PT. Nos anos seguintes, trabalha na estruturação do partido e torna-se um dos coordenadores do movimento Diretas Já. Faz carreira no Poder Legislativo elegendo-se deputado estadual (1986) e federal (1990, 1994, 1998 e 2002). Em sua última eleição, foi o segundo deputado federal mais votado, com 556 milhões de votos. Parlamentar ativo, tem seu principal foco na investigação de denúncias de corrupção e fiscalização da administração pública e integra as comissões parlamentares de Ciência, Tecnologia e Comunicações, Constituição e Justiça, Defesa Nacional, Reforma da Legislação Eleitoral e Partidária. Concorre a um cargo executivo – o de governador de São Paulo, em 1994 –, ficando em terceiro lugar no primeiro turno. Em 1995 torna-se presidente do PT, representando a ala mais moderada do partido. Com a eleição e Lula à Presidência, em 2002, deixa a liderança do partido, ocupada por José Genoíno, para se tornar chefe da Casa Civil, considerado o mais poderoso ministro do governo. É casado com Maria Rita Garcia Andrade e tem três filhos - um deles, José Carlos Becker de Oliveira e Silva, conhecido como Zeca Dirceu, elege-se prefeito da cidade de Cruzeiro do Oeste (PR), em 2004.
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Quinta-feira, 21 DE Fevereiro DE 2008

JOSÉ DO PATROCÍNIO

Jornalista e escritor fluminense. Partidário destacado dos movimentos abolicionista e republicano José Carlos do Patrocínio (9/10/1853-30/1/1905) nasce em Campos dos Goitacases. Filho de uma escrava e de um cônego, recebe o sobrenome no dia do batismo, realizado em novembro, mês em que a Igreja Católica comemora o patrocínio da Virgem. Aos 14 anos muda-se para o Rio de Janeiro e torna-se aprendiz na Santa Casa de Misericórdia. Forma-se em farmácia em 1874, mas não chega a exercer a profissão. Prefere dedicar-se ao jornalismo e, no ano seguinte, funda o jornal mensal Os Ferrões, no qual se destaca como polemista. Trabalha também na Gazeta de Notícias e, depois de passar algum tempo no Ceará para relatar os efeitos da seca, escreve o livro Os Retirantes (1879). Casa-se, em 1881, com uma moça branca, desafiando a sociedade racista da época. Com dinheiro emprestado pelo sogro, compra o jornal Gazeta da Tarde e intensifica os discursos a favor da abolição da escravatura e da República. A publicação não dura muito tempo e, em 1887, Patrocínio institui o jornal A Cidade do Rio de Janeiro. Admirador confesso da princesa Isabel, é visto com maus olhos pelos governantes. Após a Proclamação da República, passa 18 meses na Europa e, ao retornar, escreve um manifesto contra Floriano Peixoto, o que lhe vale um período de prisão em Cucuí (AM). De volta ao Rio, em 1893, desafia novamente o governo federal, apoiando a Revolta da Armada. É obrigado a fugir e seu jornal tem a circulação suspensa, voltando a funcionar apenas dois anos mais tarde. Nos últimos anos do século XIX, sua atenção é atraída pelas novas conquistas tecnológicas. Traz, da França para o Brasil, em 1892, o primeiro automóvel movido a gasolina do país. Morre no Rio de Janeiro, enquanto redige um artigo saudando a Revolução Russa de 1905.



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Quinta-feira, 21 DE Fevereiro DE 2008

JOSÉ GENOÍNO


Político cearense com atuação marcante em São Paulo (3/5/1946-). Ex-líder estudantil e militante de esquerda, é atualmente um dos deputados mais votados na Câmara Federal. José Genoíno Neto nasce em Quixeramobim, primeiro de 11 filhos de um casal de lavradores. Passa a infância em Encantado, distrito de Quixeramobim, vilarejo de 100 habitantes, entre os estudos primários no grupo escolar e o trabalho na roça, para ajudar os pais. Aos 13 anos muda-se para Senador Pompeu, cidade de 10 mil habitantes, onde vive na casa paroquial a convite do padre local, que o apóia nos estudos. Muda-se para Fortaleza em 1964 e chega a trabalhar dois anos como operador de computador na IBM. Em 1966, aos 20 anos, ingressa no Partido Comunista do Brasil (PC do B). Com a decretação do AI-5, em dezembro de 1968, muda-se para São Paulo e passa a viver na clandestinidade. Em 1970 vai para Goiás com o objetivo de lutar na guerrilha do Araguaia, uma das principais ações desenvolvidas pelo partido na época, a fim de transformar o Brasil em uma sociedade socialista. É preso em 1972 e cumpre pena até 1977, quando volta de Fortaleza para São Paulo. Em 1978, deixa o PC do B e dois anos mais tarde participa da fundação do Partido dos Trabalhadores (PT). Elege-se deputado federal pelo PT em 1982, pela primeira vez. Na Câmara Federal, faz sucesso como articulador político das oposições e multiplica seu eleitorado no decorrer dos anos. Em 1998, elege-se, pela quinta vez consecutiva, com a maior votação do país. No início de 2001 consegue o apoio de Michel Temer e Antônio Carlos Magalhães para sua proposta de acabar com os três meses de recesso do Congresso Nacional, diminuindo para 30 dias o descanso anual dos parlamentares, mas o projeto não chega a ser votado. Em 2002 disputa as eleições para o governo do Estado de São Paulo e obtém 41% dos votos no segundo turno, perdendo para Geraldo Alckmin (PSDB). Em 2003, assume a presidência do PT.





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Quinta-feira, 21 DE Fevereiro DE 2008

JOSÉ GOMES PINHEIRO MACHADO

Político gaúcho. Uma das lideranças políticas mais poderosas do país no começo do século XX. José Gomes Pinheiro Machado (8/5/1851 - 8/9/1915) nasce em Cruz Alta. Em 1864 ingressa no curso preparatório para a Escola Militar do Rio de Janeiro. Aos 15 anos, participa como voluntário da Guerra do Paraguai. Entra em 1872 para a Faculdade de Direito de São Paulo e adere aos princípios republicanos. De volta ao Rio Grande do Sul, é eleito senador em 1891 e participa da 1ª Constituinte republicana. Figura carismática, domina a máquina política do Rio Grande do Sul e conquista a liderança no Senado, formando um bloco majoritário sob seu total controle. Graças a isso, articula as lideranças políticas do Norte e Nordeste, de Minas Gerais e do Rio Grande do Sul e torna vitoriosa a campanha de Hermes da Fonseca à Presidência da República, contra o candidato civil dos paulistas, Rui Barbosa, em 1910. Pretende suceder a Hermes da Fonseca na Presidência, em 1913, e só fracassa em razão da união dos partidos republicanos paulista e mineiro a favor de um candidato civil, fiel à política do café-com-leite, que domina a República Velha. É autoritário e impulsivo na vida pública e trava vários duelos, com pistola e com revólver. Morre apunhalado no Rio de Janeiro.



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Quinta-feira, 21 DE Fevereiro DE 2008

JOSÉ JOAQUIM EMERICO LOBO DE MESQUITA

Compositor mineiro (12/10/1746-4/1805). É considerado um dos mais importantes autores da música erudita no Brasil, um grande nome da música sacra do século XVIII. O liberto José Joaquim Emerico Lobo de Mesquita nasce em Serro do Frio, filho de um português e da escrava Joaquina Emerenciana. Aprende música nas igrejas do Arraial do Tijuco (atual Diamantina), onde a vida religiosa incentiva a formação de compositores. É lá que começa sua carreira, como organista da igreja. Entre 1782 e 1798 dá aulas de música e escreve suas primeiras criações, como um Oratório, para a Semana Santa de 1792. É o organista da Igreja do Carmo, em Vila Rica (atual Ouro Preto), até 1800. No ano seguinte muda-se para o Rio de Janeiro. Na capital da colônia, continua a compor e toca órgão na Igreja da Ordem Terceira do Carmo. Deixa 40 obras inéditas, descobertas pelo musicólogo uruguaio Francisco Curt Lange entre 1944 e 1959. Dentre elas, as mais importantes são a Antífona de Nossa Senhora (1787) e a Missa em Mi Bemol (1790). Morre no Rio de Janeiro.



Quinta-feira, 21 DE Fevereiro DE 2008

JOSÉ LEITE LOPES


Físico pernambucano. Desenvolve conceitos pioneiros sobre as forças que atuam no interior do núcleo atômico e estima a massa de partículas responsáveis por essas forças. José Leite Lopes (28/10/1918-) nasce no Recife. Estuda química na Escola de Engenharia de Pernambuco e, em 1942, gradua-se em física pela extinta Universidade do Brasil, no Rio de Janeiro. Faz o doutorado na Universidade Princeton, nos Estados Unidos, sob a orientação de um dos maiores físicos do século, o austríaco Wolfgang Pauli. Na década de 60, participa intensamente da definição da política científica e, por defender a autonomia nacional na produção de ciência e de tecnologia, tem os direitos políticos cassados pelo governo militar, em 1969, com base no Ato Institucional Nº 5 (AI-5). É compulsoriamente aposentado da Universidade Federal do Rio de Janeiro e demitido do Centro Brasileiro de Pesquisas Físicas (CBPF), também no Rio de Janeiro, que ajudara a fundar. Passa dez anos no exílio, nos Estados Unidos e na França. Continua sua investigação da energia nuclear no CBPF, no qual é readmitido em 1985. Na década de 1980 são analisadas em laboratório as partículas que identificara nos anos 40, o que confirma sua previsão e lhe traz- reconhecimento. Esse resultado aprimora o conhecimento das forças nucleares, chamadas de forte e fraca. Em particular, mostra que a força fraca está relacionada com a eletricidade e o magnetismo. Isso é de grande importância para a produção de energia nuclear e para o entendimento de como surgiu o Universo. Leite Lopes recebe vários convites para trabalhar no exterior. Aceita, em 1970, a proposta da Universidade de Estrasburgo, na França, onde permanece até 1985. No mesmo ano é convidado para dirigir uma instituição que havia sido fundada por ele em 1949, o Centro Brasileiro de Pesquisas Físicas, cargo no qual permanece até 1989. Desde então é professor emérito dessa entidade. Várias vezes premiado no Brasil e no exterior, recebe em 1999 o prêmio científico da Unesco, órgão das Nações Unidas para a ciência e a educação. Em 2003, a Academia Brasileira de Ciências homenageia o físico com a exposição Construção e Desconstrução: O Mundo Cósmico de Leite Lopes.





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Quinta-feira, 21 DE Fevereiro DE 2008

JOSÉ LINS DO REGO

Escritor paraibano. Um dos expoentes da literatura regional nordestina, suas obras denunciam as injustiças sociais do Nordeste.José Lins do Rego Cavalcanti (3/6/1901-12/9/1957) nasce no engenho Corredor, município de Pilar. Estuda em Itaibaiana e João Pessoa, então Paraíba. Muda-se depois para o Recife, onde entra em contato com intelectuais como Gilberto Freyre, que têm influência em sua formação. Diplomado em direito em 1925, é nomeado promotor público em Manhuaçu (MG). Logo abandona essa carreira para se dedicar à literatura. Cria dois tipos de personagem, símbolos do novo e do ultrapassado: o branco rico que vai estudar na capital, mas sem ter um ideal; e o negro pobre que foge em busca de independência. Seus romances Menino de Engenho (1932), Bangüê (1934) e Usina (1936), entre outros, pertencem à primeira fase de sua produção, o ciclo da cana-de-açúcar. Em 1935 muda-se para o Rio de Janeiro e escreve crônicas na imprensa. Publica mais alguns romances, já fora do ciclo, entre eles Água-Mãe (1941), o primeiro ambientado fora do Nordeste e Fogo Morto (1943), considerado seu melhor romance. Morre no Rio de Janeiro.



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Quinta-feira, 21 DE Fevereiro DE 2008

JOSÉ MARIA

Líder messiânico. Pregador e curandeiro, atrai grande número de fiéis que deflagram a campanha do Contestado. Miguel Lucena Boaventura (?-22/10/1912) deserta do Exército do Paraná em 1911 e começa a pregar no município catarinense de Campos Novos, já com o nome de José Maria. Nada se sabe sobre sua vida antes dessa data. Afirma ser irmão e sucessor do monge João Maria - religioso e andarilho que se tornou famoso na região em 1896. Sua fama como curandeiro se espalha rapidamente e, em pouco tempo, cerca-se de uma multidão de adeptos: parte deles pertence a famílias que ficaram sem moradia nem emprego após o fim da obra da estrada de ferro SP-RS. Ele não aprecia penitências ou o celibato, tornando-se companheiro de algumas de suas seguidoras. Como Antônio Conselheiro, líder de Canudos, ele prega a restauração da monarquia, organiza acampamentos e cria uma guarda pessoal. Com o aumento do número de fiéis e a agitação social na região, instala-se nas proximidades do Rio Corrente, em Curitibanos. Atacado pelas autoridades de Santa Catarina, que temem perturbações, parte para Campos do Irani, atual município de Palmas, no Paraná, território então chamado de Contestado e reivindicado pelos governos dos dois estados. Lá organiza grupos armados para evitar novos ataques do governo. Sua atitude é considerada início de rebelião, e o governo decide reprimir o movimento. Dessa vez, José Maria morre fuzilado. Sua morte provoca o começo de uma série de violentos conflitos na região, que duram até 1916, envolvem 20 mil rebelados e causam 3 mil mortes.



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Quinta-feira, 21 DE Fevereiro DE 2008

JOSÉ MAURÍCIO NUNES GARCIA


Compositor fluminense. Um dos principais nomes da música erudita no Brasil. José Maurício Nunes Garcia (22/9/1767-30/4/1830) nasce no Rio de Janeiro. Filho de mulatos e órfão de pai aos 6 anos de idade, dedica-se à música sacra como autodidata, tocando viola e cravo e cantando em coral de igrejas. Estuda filosofia, línguas, retórica e teologia. Sua primeira composição é a antífona Tota Pulchra es Maria (1783). Em 1792 ordena-se padre. Passa, então, a lecionar música, tendo como um de seus alunos Francisco Manuel da Silva, autor do Hino Nacional brasileiro. Torna-se, em 1798, mestre-de-capela e professor de música da Catedral da Sé do Rio de Janeiro. No ano seguinte ingressa na Irmandade de Nossa Senhora do Rosário. Cria alguns sermões, com destaque para Das Dores, Da Penitência e Dos Inocentes. Em 1808 é mestre de música da Capela Real, depois Capela Imperial. Seguidor do músico alemão Joseph Haydn, destaca-se como compositor e regente - é o escolhido para reger a missa celebrativa da elevação do Brasil a Reino Unido. Sua obra começa típica do barroco, termina com traços românticos e chega a mais de 400 composições entre missas, salmos, hinos, motetes, antífonas e também uma ópera, Le Due Gemelle (1808). Uma parte considerável de sua obra se perde e a outra é encontrada espalhada por diversas igrejas. De suas composições destacam-se Sinfonia Fúnebre (1790), Missa em Si Bemol (1801), Zemira (1803) e Tantum Ergo (1809), missa fúnebre considerada obra-prima da música sacra brasileira. Em 1819 rege o Requiem, de Wolfgang Amadeus Mozart, pela primeira vez no Brasil.



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Quinta-feira, 21 DE Fevereiro DE 2008

JOSÉ MINDLIN

Empresário e advogado paulista. É o criador da Metal Leve, uma das principais exportadoras de autopeças do país. José Ephim Mindlin (8/9/1914-) nasce na cidade de São Paulo, filho de imigrantes judeus russos. Como o pai, participa ativamente da vida cultural da cidade - convive na infância com artistas como a bailarina Anna Pavlova e o pintor Lasar Segall. Aos 15 anos, é contratado como repórter do jornal O Estado de S. Paulo, pelo qual participa da Revolução de 1930. Dois anos depois, ingressa na Faculdade de Direito do Largo São Francisco. Forma-se em 1936 e atua como advogado durante 15 anos. Torna-se industrial por acaso, quando é procurado por clientes para redigir um contrato de sociedade com uma fábrica alemã de pistões. Eles desistem do negócio e Mindlin junta-se a outros quatro empresários para, em 1950, criar a Metal Leve. Por quatro décadas, a indústria é uma das principais produtoras e exportadoras de autopeças do país. Com o Plano Real (1994), a empresa passa a enfrentar dificuldades financeiras por causa do câmbio sobrevalorizado, que reduziu as exportações e abriu o mercado nacional para as autopeças importadas. Em 1996, a Metal Leve é vendida para as empresas Mahle e Cofap. Dono da maior biblioteca particular da América Latina, atualmente Mindlin sededica aos livros, paixão que cultiva desde os 13 anos, quando entrou pela primeira vez num sebo de São Paulo e comprou o Discurso sobre a História Universal (1740), do bispo francês Jacob Bossuet - primeiro exemplar de uma coleção que hoje chega a 30 mil títulos. Em 1997 publica a autobiografia Uma Vida entre Livros - Reencontro com o Tempo. É presidente do Conselho Editorial de O Estado de S. Paulo e membro do Conselho da Fundação Vitae - Apoio à Cultura, Educação e Promoção Social. Récem-operado de catarata. O Prêmio José Mindlin de Gestão do Design, promovido pela Unidade de Competitividade Industrial (COMPI) da CNI (Confederação Nacional da Indústria), é criado em 1996. Ele integra o Programa Brasileiro de Design (PBD), do qual a CNI é responsável pelo subprograma de "Conscientização, Promoção e Difusão do Design". Em 2002, seu acervo particular de 30 mil livros vira tema de documentário – Biblioteca Mindlin, Um Mundo em Páginas –,produzido por Cristina Pereira e exibido pela TV Cultura. Em 2004 publica Memórias Esparsas de uma Biblioteca, que versa sobre a sua paixão pelos livros.


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Quinta-feira, 21 DE Fevereiro DE 2008

JOSÉ OLYMPIO

Editor paulista. Fundador da José Olympio Editora, lança escritores importantes como Guimarães Rosa, Gilberto Freire, Jorge Amado e Carlos Drummond de Andrade. José Olympio Pereira Filho (10/12/1902-3/5/1990) nasce em Batatais. Muda-se para a capital paulista, aos 16 anos, para estudar direito. Com a ajuda do padrinho, Altino Arantes, governador do estado na época, arruma emprego na livraria Garaux. Envolve-se com o trabalho e desiste da advocacia para seguir a carreira de livreiro. Passa a viver no Rio de Janeiro, no final da década de 20, influenciado pelo escritor Humberto de Campos, escritor que vem a editar mais tarde. Em 1939 compra a biblioteca de Alfredo Pujol, membro da Academia Brasileira de Letras recém-falecido, e com o acervo abre sua própria livraria. Começa a José Olympio Editora em 1934, com a preocupação de estimular o interesse pelos livros. Inova na edição gráfica dos exemplares e aposta em tiragens ousadas, como a de 10 mil exemplares de Banguê, do então desconhecido José Lins do Rego. Investe ainda em títulos de pequeno potencial comercial, como A História do Brasil, de Pedro Calmon, ou A História dos Fundadores do Império do Brasil, de Otávio Tarquínio de Souza. Dá preferência a autores nacionais, que chegam a ocupar 90% de seu catálogo, mas publica autores estrangeiros, como Tolstói, Rousseau, Voltaire, Balzac e George Sand. A política de independência editorial leva a dificuldades financeiras, e a empresa sofre intervenção do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social. Na década de 80 é vendida ao empresário Henrique Sérgio Gregori. Afastado da editora, passa seus últimos anos em casa. Morre no Rio de Janeiro.



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Quinta-feira, 21 DE Fevereiro DE 2008

JOSÉ PANCETTI

Pintor e artista plástico paulista. Dono de um estilo extremamente original, representado em marinhas coloridas e auto-retratos e paisagens com toques de melancolia. José Pancetti (18/6/1902-10/2/1958) nasce em Campinas, filho de imigrantes italianos, mas é criado no tradicional bairro do Brás, na capital paulista. Seu pai, Giovanni Gianinni, trabalha nas obras do Teatro Municipal de São Paulo, mas, por causa das poucas oportunidades que encontra no Brasil, resolve voltar com a família para Pietra Santa, na Itália. Pancetti entra para a Marinha mercante italiana em 1919 e viaja pelo mundo até desembarcar em Santos, em 1922, onde decide fixar-se. Trabalha, então, como pintor de paredes, garçom e carpinteiro até que, cansado dos trabalhos temporários, entra para a Marinha de Guerra do Brasil. É como marinheiro que Pancetti faz suas primeiras incursões pela pintura. Desenha, especialmente - a pedido de seus superiores e colegas -, alguns esboços sobre o Minas Gerais, navio em que servia. No início da década de 30, participa, no Rio de Janeiro, do Núcleo Bernadelli, movimento de oposição ao modernismo paulista. Começa a desenvolver seu estilo próprio de pintura, que, despojado de grandes artifícios e sofisticação, avança na contramão dos pintores modernistas, cada vez mais influenciados pelos artistas europeus. Não se prende a modismos nem cultua os grandes nomes do gênero. Faz questão de realçar que sua grande mestra é a intuição, "pintando com o coração, com a pele, com os olhos e com a vida nas mãos", segundo suas próprias palavras. Seus auto-retratos e suas paisagens de Campos do Jordão, São João del Rei e Angra dos Reis figuram entre as grandes obras da pintura brasileira do século XX. Pancetti morre no Rio de Janeiro. Para comemorar os 40 anos de sua morte, o Espaço Cultural da Marinha, em São Paulo, realiza uma grande exposição de sua obra, que hoje é muito disputada por colecionadores. Seu quadro Marinhas com Figuras, de 1951, foi leiloado em 1998 por 77 mil dólares.



publicado por LUCIANO às 05:25

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