Político cubano (13/8/1927-), presidente de Cuba de 1959 a 2008. Filho de rico fazendeiro, nasce em Mayari, forma-se em direito e defende de graça camponeses, operários e prisioneiros políticos. Destaca-se em manifestações contra o ditador Fulgencio Batista, que ficou no poder de 1952 a 1959 com o apoio dos americanos. Em 1953, depois de liderar uma tentativa de golpe, é condenado a 15 anos de prisão. Anistiado em 1955, muda-se para o México, de onde chefia um grupo, no qual se inclui Ernesto Che Guevara, que viaja a Cuba de balsa em 1956 para lutar contra o exército de Batista. Após três anos de guerrilha, Fidel toma o poder em janeiro de 1959 e, desde então, governa o país. Organiza uma reforma agrária e expropria empresas nacionais e estrangeiras, caminhando para o socialismo e afastando-se dos Estados Unidos (EUA), que decretam bloqueio econômico ao país em 1960. Cuba passa a depender economicamente da União Soviética (URSS). Saúde e educação são prioridades do governo de Fidel, mas não há liberdade política nem de imprensa. Com o colapso da URSS, que suspende a ajuda no início dos anos 90, Fidel começa a reformar a economia em crise. Impõe racionamento de gêneros e permite a entrada de empresas de capital estrangeiro e o estabelecimento de negócios privados. Além disso, amplia a liberdade religiosa. Em 1996, visita o Vaticano acompanhado de 16 carros com um forte esquema de segurança. Em 1998, recebe o papa em Cuba. Fidel Castro tem nove filhos. O primeiro, com Mirta Diaz Balart, com quem permaneceu casado de 1948 a 1954 e os demais com outras mulheres. Em abril de 2000, participa em Havana da Cimeira Sul, para a qual foram convocados todos os países-membros do Grupo dos 77, bem como a China. De volta de uma viagem à África do Sul em setembro de 2001, faz uma escala em Brasília para conversar com então presidente brasileiro Fernando Henrique Cardoso e almoçar com o presidente de honra do PT, Luís Inácio Lula da Silva. Em 2002, recebe o ex-presidente Jimmy Carter, o primeiro estadista americano a pisar em solo cubano em mais de 40 anos. Respondendo a pressões internas e externas para a democratização do país, Fidel convoca um referendo em que a população, com 99% dos votos válidos, escolhe a permanência do sistema socialista no país. Em 2003, a prisão de dissidentes e a execução de três homens que seqüestraram um barco para sair da ilha provoca intensos debates sobre a continuidade do regime cubano e da permanência de Castro no poder. Fidel Castro renuncia ao poder em fevereiro de 2008, ao alegar não ter condições de comandar o país por problemas de saúde.