Cantora gaúcha. Uma das mais importantes intérpretes da geração pós-bossa-nova. Elis Regina Carvalho da Costa (17/3/1945-19/1/1982) nasce em Porto Alegre. Aos 11 anos, apresenta-se na Rádio Farroupilha, cantando no programa Clube do Guri. Em 1959 é contratada pela Rádio Gaúcha. Vai para o Rio de Janeiro no início da década de 60, onde faz apresentações na televisão e grava o disco Viva a Brotolândia. Continua a viver em Porto Alegre e grava mais dois discos no Rio de Janeiro, até mudar-se para esta cidade, em 1964, e passar a cantar em boates. Projeta-se nacionalmente em 1965, ao vencer o 1º Festival da Música Popular Brasileira, em São Paulo, em que canta Arrastão, de Edu Lobo e Vinicius de Moraes. Logo em seguida, ao lado de Jair Rodrigues, passa a apresentar o programa O Fino da Bossa, na TV Record, que dura até 1967. Nesse ano se casa com o compositor Ronaldo Bôscoli. Nesse período grava Upa, Neguinho, de Edu Lobo e Gianfrancesco Guarnieri (1968), grava vários discos e faz uma aclamada temporada no Teatro Olympia, de Paris. Em 1972 separa-se de Bôscoli e muda-se para São Paulo, onde se casa com o pianista e arranjador César Camargo Mariano, no ano seguinte. Em 1974 grava, nos Estados Unidos, com Tom Jobim, o disco Elis & Tom, um dos pontos altos de sua carreira como intérprete. No disco, canta clássicos de Jobim, como Águas de Março e Corcovado. Consagrada, fica mais de um ano em cartaz em São Paulo com o show Falso Brilhante, gravado em disco de 1976. O show inclui a música O Bêbado e a Equilibrista, de João Bosco e Aldir Blanc, que passa a ser cantada em atos públicos em que se pedia a anistia aos exilados no regime militar. Separada de César Camargo Mariano, morre em São Paulo, de overdose de cocaína, aos 36 anos e no auge da carreira. Deixa três filhos, João Marcelo (de seu primeiro casamento), Maria Rita e Pedro, do segundo.