HENRY KISSINGER


Político norte-americano de origem alemã (27/5/1923-). Recebe o Prêmio Prêmio Nobel da Paz de 1973. Nascido em Fürth, na Alemanha, Henry Alfred Kissinger imigra com a família para os Estados Unidos (EUA) em 1939, para fugir da perseguição nazista aos judeus. Forma-se em contabilidade e, em 1954, cursa pós-graduação em Harvard. Projeta-se ao publicar Armas Nucleares e Política Externa (1957). É conselheiro político dos presidentes Dwight Eisenhower, John Kennedy e Lyndon Johnson. Em 1969 junta-se ao governo de Richard Nixone toma parte nas negociações para o fim da participação dos EUA na Guerra do Vietnã. Em 1973, torna-se secretário de Estado, posto que mantém na administração de Gerald Ford. Em 1969, participa ativamente do início das Conversações para a Limitação de Armas Estratégicas, conhecidas como Acordo Salt, com a União Soviética. Em 1972, organiza a visita de Nixon à China, primeiro contato oficial dos dois países desde a ascensão do governo comunista ao poder. Em 1974 e 1975, toma a iniciativa de pacificar o Oriente Médio, onde há disputa de territórios entre judeus e árabes. Em 1976, inicia gestão semelhante de pacificação na África do Sul, dividida pelo apartheid (política de segregação racial). Abandona a política e torna-se conferencista e comentarista durante a década de 90. Visita o Brasil várias vezes, a última em 1995. Escreve diversos livros, inclusive suas memórias, Anos de Renovação, cujo terceiro volume vem à luz em 1999. Em 2001, a Corte Suprema da Justiça do Chile relaciona Kissinger com a morte de dois cidadãos chilenos: um general em 1970 e um jornalista em 1973. O ex-secretário de estado também é associado à Operação Condor, a vasta operação de repressão organizada nos anos 70 e 80 pelas ditaduras do Cone Sul. Por ter agido sempre nos bastidores, porém, suas supostas ligações com crimes políticos não são comprovadas e ele não vai a julgamento. Desde que deixou o governo, trabalha como consultor internacional, escritor e palestrante sobre política em vários países. Em 2002, é destacado pelo governo americano para liderar a comissão que investiga supostas falhas da inteligência americana no episódio de 11 de setembro, mas pede demissão algumas semanas depois, depois que foram apontados potenciais conflitos de interesse envolvendo as investigações e a firma de consultoria em política e negócios de Kissinger.



publicado por LUCIANO às 13:16