JOAQUIM GONÇALVES LEDO
Jornalista e político fluminense. É um dos vanguardistas no processo de independência do Brasil. Joaquim Gonçalves Ledo (11/12/1781-19/5/1847) nasce no Rio de Janeiro. Não tem formação acadêmica, mas alcança projeção na vida pública. De modesto empregado no Arsenal de Guerra, passa a oficial-maior da Contadoria. Defensor da independência, funda o jornal Revérbero Constitucional Fluminense, em 1821, com o cônego Januário da Cunha Barbosa. Membro da mesma maçonaria que dom Pedro I, é um dos incentivadores do Dia do Fico, quando o príncipe regente anuncia sua decisão de permanecer no Brasil. Redige alguns dos mais importantes documentos políticos da época, como o manifesto de 1º de agosto de 1822, considerado o estopim do processo que desencadeia o rompimento com Portugal. Por divergências políticas, é perseguido por José Bonifácio Andrada e Silva e impedido de cumprir seu mandato de deputado. Viaja então para a Argentina, onde pede asilo. Retorna ao cargo entre 1826 e 1831, período em que faz oposição ao governo do imperador. Além de manifestos e artigos políticos, deixa o drama O Órfão. Morre em sua fazenda, em Cachoeira do Macacu, na região norte do Rio de Janeiro, aos 65 anos.