HERMES DA FONSECA
Militar gaúcho. É o sexto presidente da República e governa entre 1910 e 1914. Hermes Rodrigues da Fonseca (9/5/1855 - 9/9/1923) nasce na cidade de São Gabriel, na mesma família do primeiro presidente do país, marechal Deodoro da Fonseca, de quem é sobrinho. Estuda na Escola Militar, onde é aluno de Benjamin Constant. É capitão ajudante-de-ordem do tio quando da proclamação da República. Participa da causa desde 1878, como um dos fundadores do Clube Republicano do Círculo Militar, responsável pela articulação do movimento que derruba a monarquia. De 1899 a 1904 comanda a Brigada Policial do Rio de Janeiro. É comandante da Escola Preparatória e Tática do Realengo quando chega a marechal, em 1906, nomeado pelo presidente Rodrigues Alves. Indicado para o cargo de ministro da Guerra do governo Afonso Pena, reorganiza o Exército e introduz o serviço militar obrigatório (1908). É eleito presidente em 1910, com o apoio dos conservadores. No governo, pratica uma política chamada por ele de salvacionista, que pretende recuperar para os militares a influência já exercida anteriormente na esfera pública brasileira. Em 1913, aos 58 anos e ainda na Presidência, casa-se com Nair de Teffé, de 27, filha do almirante Antônio Luís Hoonholtz, o barão de Teffé. Após deixar o poder, em 1914, Hermes da Fonseca envolve-se em diversos incidentes políticos, entre eles a Revolta do Forte de Copacabana (1922), que o leva à prisão por seis meses. Libertado, retira-se para Petrópolis, onde morre poucos meses depois.