ARTHUR DA COSTA E SILVA


Militar gaúcho. Segundo presidente da República no governo militar iniciado em 1964, decreta o Ato Institucional N.º 5 (1968), iniciando o período de maior repressão política do regime. Arthur da Costa e Silva (3/10/1902 - 17/12/1969) nasce em Taquari, filho de portugueses. Estuda no Colégio Militar de Porto Alegre e na Escola Militar do Realengo, no Rio de Janeiro, e faz carreira nos movimentos tenentistas da década de 20. Em 1922 chega a ficar preso durante três meses por se recusar a combater o levante militar contra o presidente eleito Artur Bernardes, conhecido como Revolta dos Dezoito do Forte. Em 1924 participa de novo levante tenentista e planeja incorporar-se às forças rebeldes lideradas por Luís Carlos Prestes, mas é impedido por uma crise de apendicite que o leva ao hospital. Chega ao posto de general-de-exército em 1961, mas perde o comando do 4º Exército no governo do presidente João Goulart, por reprimir manifestações estudantis. Toma parte na conspiração que derruba o presidente e é um dos signatários do Ato Institucional N.º 1, que decreta o regime militar em 1964. Com a posse de Castello Branco, assume o Ministério da Guerra. Empossado presidente em 15 de março de 1967, radicaliza a repressão política. Em 1968, diante da crise provocada pelo discurso do deputado Márcio Moreira Alves na Câmara, considerado ofensivo às Forças Armadas, edita o Ato Institucional N.º 5 (AI-5), que lhe dá poderes para fechar o Parlamento, cassar políticos e professores, indicar governadores e prefeitos. Vítima de uma trombose em agosto de 1969, é substituído na Presidência por uma junta militar. Morre no mesmo ano no Rio de Janeiro.