CAFÉ FILHO
Político potiguar. Presidente da República, assume o cargo após o suicídio de Getúlio Vargas, em agosto de 1954, e fica no poder até novembro de 1955. João Fernandes Campos Café Filho (3/2/1899 - 20/2/1970) nasce em Natal, filho de um senhor de engenho falido. Trabalha como comerciário para estudar direito na Academia de Ciências Jurídicas e Comerciais do Recife. De volta a Natal, passa em um concurso público para procurador da Justiça e põe em prática sua posição contrária à oligarquia local, defendendo trabalhadores humildes. Torna-se alvo de ataques das elites e chega a ser preso durante uma greve de trabalhadores em 1923. Entra para a política depois de participar da Revolução de 1930. Elege-se deputado federal em 1934 e exerce o mandato até a instauração do Estado Novo, em 1937. Em 1945, com a redemocratização, é novamente eleito para a Câmara dos Deputados e integra a bancada da oposição, assumindo posições esquerdistas. Em 1950, por imposição do governador de São Paulo, Adhemar de Barros, participa da chapa de Getúlio Vargas como vice-presidente. Chega a propor a própria renúncia e a do presidente como solução para a crise política de 1954. Com o suicídio de Vargas, em agosto do mesmo ano, assume a Presidência. Entrega o cargo a Carlos Luz, presidente da Câmara dos Deputados, em novembro do ano seguinte, após sofrer um ataque cardíaco. Ele recupera-se, mas é impedido de voltar pelos militares, que buscam garantir a posse do presidente eleito Juscelino Kubitschek . Em 1961 é nomeado pelo governador Carlos Lacerda ministro do Tribunal de Contas do Estado da Guanabara. Morre no Rio de Janeiro.