JOÃO PESSOA
Político paraibano. Seu assassinato, que tem motivo passional, é o estopim da Revolução de 1930. João Pessoa Cavalcanti de Albuquerque (24/1/1878 - 26/7/1930) nasce em Umbuzeiro e forma-se em direito. Por influência do tio, Epitácio Pessoa, em 1913 é nomeado auditor da Marinha. Em 1920 torna-se ministro do Supremo Tribunal Militar, elegendo-se presidente da Paraíba (equivalente a governador) em 1928. Dois anos mais tarde concorre a vice-presidente da República, na chapa liderada por Getúlio Vargas, mas perde a eleição, que se suspeita ter sido fraudada para favorecer o candidato da situação, Júlio Prestes. Em fevereiro de 1930, José Pereira Lima, chefe político de Princesa e correligionário de João Pessoa, rompe com ele e domina a cidade. Na ação repressiva, a polícia invade a casa de um aliado de Pereira Lima, João Dantas, e confisca a correspondência amorosa que o último mantém com uma moça da capital. As cartas são publicadas no jornal A União, órgão do governo do estado. Para se vingar, no dia 26 de julho Dantas mata João Pessoa a tiros numa confeitaria no Recife. O fato serve de pretexto para a revolução de 1930.