JOSÉ SARNEY
Político maranhense. Primeiro presidente civil após o regime militar de 1964 de 1964. José Ribamar Ferreira de Araújo Costa (24/4/1930-) nasce em Pinheiro. Adota o nome Sarney em homenagem ao pai, Sarney de Araújo Costa. Formado em direito, em 1954 entra para a política como suplente de deputado federal pela União Democrática Nacional (UDN) e cumpre dois mandatos como deputado federal eleito, de 1958 a 1965. É um dos líderes do grupo progressista da UDN, que defende, entre outras bandeiras, a reforma agrária no início dos anos 60. Em 1964, posiciona-se contra o golpe militar que depõe o presidente João Goulart. Após a instituição do bipartidarismo (1965), adere ao partido governista, a Aliança Renovadora Nacional (Arena). É governador do seu estado (31/1/1966 a 15/3/1971). Como senador, nos dois primeiros mandatos (de 1971 a 1985), torna-se um dos principais representantes políticos do regime militar. Em 1979, após o fim do bipartidarismo, participa da fundação do Partido Democrático Social (PDS). Deixa o PDS em 1984, por ser contrário à escolha de Paulo Maluf para disputar a eleição indireta à Presidência da República. Entra no Partido do Movimento Democrático Brasileiro (PMDB) e é indicado pela Frente Liberal como vice-presidente na chapa de Tancredo Neves. Assume a Presidência em abril de 1985, com a morte de Tancredo. Restabelece a eleição direta para presidente, promulga a nova Constituição e implanta quatro planos de estabilização econômica, sem sucesso. Deixa a Presidência da República e elege-se senador, cargo que exerce desde 1991. Em 1996 atua como presidente do Senado. É também escritor de poesias, contos e ensaios e membro da Academia Brasileira de Letras desde 1981. Publica, entre outras obras, A Canção Inicial (poesias, 1952), Marimbondos de Fogo (poesias, 1979) e O Dono do Mar (romance, 1995). Em 2000, lança o romance Saraminda. Em 2003, volta à presidência do Senado, e sob o governo Lula, mantém-se como um dos principais personagens da política nacional.